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As crises s\u00e3o recorrentes, mas o im\u00f3vel nunca perdeu valor', diz CEO da construtora Patriani

Conhecida no mercado imobiliário por ser uma empresa moldada para a sucess?o familiar,aponte os diversos interesses em jogo durante a guerra do paraguai a Patriani optou por dar uma guinada nesse perfil quando anunciou, há um ano, Mauricio Soler como CEO da companhia.Executivo com mais de 20 anos no setor, Soler chegou à construtora de Valter Patriani em 2021 como diretor financeiro (CFO). Em pouco tempo, acabou abra?ando a vice-presidência de praticamente todos os departamentos, exceto o de constru??o.

Maurício Soler, CEO da Patriani, no escritório da empresa em Santo André - Danilo Verpa/Folhapress Em forte expans?o nos últimos anos, a Patriani vai se estabelecendo no setor como uma empresa de público definido. S?o imóveis que miram clientes de classe média, acima dos 40 anos, e que oferecem detalhes pouco usuais para o segmento. Entre os exemplos est?o as fazendas solares no terra?o e elevadores regenerativos, garagens adaptadas para carros elétricos, ventila??o cruzada entre c?modos, janelas elétricas, fechadura biométrica, manta acústica e a possibilidade de customizar o apartamento durante a obra. Leia mais 'Somos beneficiadas por poder dividir decis?es', diz CEO de incorporadora que divide cargo com executiva Rentabilidade de imóveis em SP, Rio e BH chega a 19,1% e supera níveis pré-pandemia Alugar escritório ficou mais complexo, diz CEO de consultoria imobiliária A mudan?a na estrutura de gest?o, afirma o atual CEO, decorreu da necessidade de estruturar melhor a governan?a e preparar Bruno Patriani, hoje com 34 anos, para tocar uma empresa com maior robustez no futuro. Ele segue na opera??o, dividindo a presidência com o pai, um ex-executivo da CVC.Sobre as oscila??es do mercado e a crescente taxa de juros, ele afirma: "As crises s?o recorrentes, mas o imóvel nunca perdeu valor". Diz também que é "claríssimo" que S?o Paulo terá escassez de imóveis, algo que, segundo ele, já acontece em algumas regi?es.Existe no mercado uma vis?o de que a Patriani é uma 'empresa de sucess?o garantida', já que um dos sonhos do Valter é fazer da Patriani uma empresa comandada pelos filhos. Como foi essa troca de comando?Cheguei à Patriani em 2021 como CFO e estou nesse mercado há mais de 20 anos. A Patriani estava para alcan?ar seu primeiro R$ 1 bilh?o de VGV [valor geral de vendas] na época. No entendimento do Valter era preciso refor?ar a empresa. Ele viabilizou o negócio, deu o DNA, fez o que imaginava de uma empresa. Depois precisou refor?ar todo o time. Como sempre trabalhei em empresas de capital aberto, trouxe toda a parte de governan?a e profissionais que possibilitaram isso.Depois de um ano, assumi como vice-presidente de finan?as, comercial, marketing, tudo menos constru??o. Fui implantando outras metodologias e seguindo o conceito da Patriani. No ano passado, o Valter falou, "você assumiu tudo isso aqui, foi bem, agora me ajuda na constru??o". E aí eu virei CEO.O Bruno Patriani segue na opera??o?O Bruno continua o trabalho de sucess?o, ele é o futuro da Patriani, mas ele é um rapaz novo, que teve a vivência dentro da própria Patriani. O Valter, sabiamente, colocou pessoas de mercado, n?o só eu, mas outros executivos, que já viveram experiências fora, e o Bruno está adquirindo essa experiência conosco. Estou como CEO e o Bruno é o presidente. Ele e o Valter atuam como um conselho. Todo o direcionamento estratégico da companhia é do Valter, ele direciona os caminhos que a empresa tem que tocar e eu sou um executor desses caminhos.