Influenciador promove mutir?o de limpeza em casa de acumuladora na Grande SP
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h36)Byanca do Prado, de Itaquaquecetuba, já acumulou quase uma tonelada de lixo na própria casa.Após enf
Influenciador promove mutir?o de limpeza em casa de acumuladora na Grande SP
Byanca do resultado quina concurso 3998Prado, de Itaquaquecetuba, já acumulou quase uma tonelada de lixo na própria casa.
Após enfrentar a perda dos pais, da avó, passar por violência e abandono, Byanca viu sua casa e sua vida serem tomadas pelo acúmulo de lixo.
A ex-catadora de material reciclável acumulou toneladas de objetos dentro de casa, entre roupas, restos de comida e móveis, deixando o espa?o intransitável.
Imagine chegar ao ponto de viver em um cenário dominado pelo lixo? Parece inimaginável, mas essa é a realidade de muitas pessoas que possuem transtorno de acumula??o. Como a dona de casa Byanca do Prado, que já acumulou quase 1 tonelada de lixo na própria casa, em Itaquaquecetuba na Grande SP.
Após enfrentar a perda dos pais, da avó, passar por violência e abandono, Byanca viu sua casa e sua vida serem tomadas pelo acúmulo de lixo. Influenciador Guilherme Gomes que tem projeto solidário comandou limpeza no imóvel onde ela vive.
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A história de Byanca é marcada pela dor, descaso e sofrimento silencioso. O cenário da casa onde vive impressiona. O lixo está espalhado por todos os lugares, s?o c?modos tomados pela desordem de objetos e também pelas memórias.
“Trazia muito lixo pra dentro de casa. Querendo ou n?o, eu tinha um companheiro que via eu acumulando e n?o me ajudava a me desfazer. Ele n?o ajudava, daí estava tudo acumulando”.
A ex-catadora de material reciclável acumulou toneladas de objetos dentro de casa, entre roupas, restos de comida e móveis, deixando o espa?o intransitável.
Tudo come?ou há cerca de dois anos, após as perdas na família. Quem percebeu a gravidade do problema foi a vizinha e também amiga Daniela de Araújo, que é técnica de enfermagem.
“Um dia, ela me viu comendo comida do lixo e me chamou pra dentro. Me deu um prato de comida e me perguntou se eu queria ajuda. Querendo ou n?o, eu estava com esse companheiro e estava fraca.
1 de 2 Byanca acumulou quase 1 tonelada de lixo em casa — Foto: Reprodu??o/Tv Diário
Daniela foi quem pediu ajuda para a amiga em uma rede social.
“De um tempo pra cá, ela tinha sumido, eu n?o tinha mais visto ela. E quando eu gravei a situa??o, eu n?o tinha mais contato com ela, até que um dia ela foi em casa e pediu pra tirar o entulho da minha casa. E eu contei que eu tinha feito, porque ela falou que achava que ia morrer nessa situa??o, muito magra, debilitada, sentindo muita dor. Depois de uns dias que a produtora do Gui me respondeu”, contou a técnica de enfermagem.
A mensagem chegou ao influenciador Guilherme Gomes. Ele tem um projeto solidário que oferece limpeza voluntária em casas de pessoas com depress?o e transtorno de acumula??o.
“Eu fui ajudando essas pessoas de forma voluntária e fui pegando gosto por aquilo. Cheguei a S?o Paulo só pra atender uma agenda de 15 dias e n?o voltei mais. Cada ser humano tem uma história, né?! A gente tem as nossas dificuldades do dia a dia, dificuldade da vida que a gente passa, e eu acho que pra mim poder olhar pra essas pessoas, com um olhar mais humano, porque isso daqui é o fundo do po?o literalmente, colocar uma escada lá pra pessoa subir de volta pra vida, é muito prazeroso”, destacou Gomes.
A situa??o da dona de casa já era conhecida pelos representantes dos moradores de Itaquaquecetuba. Desde 2024, a vereadora Lessandra Gon?alves acompanha o caso de Byanca e ajuda os animais que vivem com a ex-recicladora.
“A quest?o dos animais, quando eu vim aqui no ano passado, ela tinha uma gatinha com seis filhotes. Eu consegui doar esses filhotes. Tinha uma cachorrinha que também vivia nessa situa??o, uma moradora do bairro está cuidando. A gente precisa tratar a Byanca e os animais também”.
Com a ajuda do projeto, a casa onde Byanca mora vai passar por uma reforma, que inclui limpeza e novos móveis. Ela também deve passar por um tratamento psicológico. Neste período, seus animais de estima??o receber?o cuidados em uma clínica veterinária.
Segundo o veterinário Edson da Paiol, a única coisa que resta para as pessoas que vivem essa situa??o s?o seus animais.
“Geralmente,?eles pegam os animais de rua, ou um cachorro, ou um gato, e acabam sendo o companheiro dela. Como a partir de hoje a vida dela está sendo transformada, mudada, o Gui entra com o trabalho de limpeza da casa e o trabalho social, no caso da Byanca, o meu papel é pegar os animaizinhos, levar pra clínica para que eles passem por todos os tipos de exames e cirurgias necessárias”.
Byanca deixa um recado para quem também passa por isso.
“N?o perca a esperan?a. A esperan?a nunca morre”, declarou.
Transtorno de acumula??o
A psicologa Fernanda Miranda, de Mogi das Cruzes, explicou que quando a pessoa é diagnosticada com o transtorno acumulativo, ela precisa ser retirada do ambiente onde acumula os objetos e passar por amparo psicológico.
“Se você tira tudo de uma vez, você precisa desse apoio pra saber como ressignificar as coisas, os seus medos e inseguran?as. Porque sen?o, volta se a gente n?o cuidar, e transtorno é uma coisa séria”.
Ela relatou que a causa da doen?a pode ser atribuída a algum trauma que n?o foi bem gerido. Para preencher o vazio, a pessoa come?a a acumular as coisas. Ou ent?o, devido a uma escazes na infancia, a pessoa, na fase adulta, n?o sabe lidar com o que aconteceu e acumula.
“Eu poso dizer que a gente come?a na fase mais leve, a gente observa que quando ela vai se desfazer de algo, ela sofre. às vezes, aquela xícara da avó, às vezes o caderninho do filho da escola, é como se a gente estivesse desmerecendo algo da família e a gente come?a a sofrer muito por se desfazer daquilo. Ent?o, só o fato de sentir ansiedade por se desfazer de algo, você já está no nível leve”, pontuo
Já o nível moderado é quando a pessoa percebe que os objetos est?o acumulando e a casa já está desorganizada. Dessa forma, as pessoas se afastam porque n?o querem conviver com a desorganiza??o.
“E a gente tem um nível mais grave que é o que a gente viu. Que a pessoa realmente está em um estado insalubre e precisa de ajuda”.
Fernanda frisou que é importante observar os sinais que esses pacientes d?o logo no início do transtorno. Estudos mostram que entre 12 e 15 anos, a pessoa já come?a a acumular de alguma forma. “Com 20 anos já come?a a trazer prejuízos, e vai se agravando a cada década”.
2 de 2 Pets de Byanca v?o ficar em clínica durante revitaliza??o da casa — Foto: Reprodu??o/TV Diário
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