Inpe: alertas de desmatamento caem 45% na Amaz?nia e batem recorde no Cerrado
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h05)1 de 1 Foto aérea mostra uma área desmatada durante uma opera??o de combate ao desmatamento pert
Inpe: alertas de desmatamento caem 45% na Amaz?nia e batem recorde no Cerrado
1 de 1 Foto aérea mostra uma área desmatada durante uma opera??o de combate ao desmatamento perto de Uruara,baixar governor of poker 2 completo gratis em portugues no Pará, em 21 de janeiro de 2023. — Foto: Reuters
O acumulado de alertas de desmatamento na Amaz?nia Legal foi de 4.314,76 km2 entre agosto de 2023 e julho de 2024 (o equivalente ao tamanho de Cuiabá), de acordo com números oficiais do governo federal divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Quando comparado ao último levantamento do Inpe, houve uma queda de 45,7% do total da área desmatada entre as duas temporadas - a maior queda proporcional já registrada para o período. Na edi??o anterior, esse número foi de 7.952 km2, entre agosto de 2022 e julho de 2023.
Os números s?o do relatório anual do Sistema de Detec??o de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que mostra os alertas mensais – e que já sinalizava quedas na devasta??o nos últimos meses no bioma.
Com essa redu??o, a taxa divulgada este ano é a menor de toda a série histórica do bioma, que come?ou em 2015.
Em julho, porém, foram registrados 666 km2 de alertas de desmatamento na Amaz?nia, um aumento de 33% em compara??o com o mesmo mês de 2023 (500 km2), após uma redu??o de 55% em rela??o a julho de 2022 (1.487 km2), último ano do governo Jair Bolsonaro (PL).
Recorde no Cerrado
No Cerrado, que vem registrando altas taxas de desmatamento desde o ano passado, os novos números do Inpe pintam um panorama completamente diferente.
O bioma registrou um recorde de desmate nessa última temporada: 7.015 km2 de alertas de desmatamento, um aumento de 9%.
Na edi??o anterior, esse número foi de 6.341 km2, entre agosto de 2022 e julho de 2023. A série histórica do Inpe para o Cerrado come?ou em 2017.
Segundo especialistas, o aumento do desmatamento no segundo maior bioma da América do Sul é causado por vários fatores. áreas com Cadastro Ambiental Rural (CAR) lideram os alertas, por exemplo, mostrando que proprietários registrados também desmatam. A falta de reconhecimento das terras de povos tradicionais, com apenas 8% do bioma protegido, também agrava a situa??o.
"O Cerrado é atualmente a principal fronteira agrícola para a produ??o de commodities. A gente vê no bioma o avan?o do cultivo de soja acompanhado pelo desmatamento, especialmente na regi?o do Matopiba (Maranh?o, Tocantins, Piauí e Bahia)", explica Bianca Nakamato, especialista de Conserva??o do?WWF-Brasil.
"Esse avan?o traz consigo diversas amea?as, incluindo viola??es de direitos humanos e a perda de biodiversidade. Com a chegada da época seca, a propens?o a incêndios aumenta significativamente. Apenas em julho, mais da metade das queimadas ocorreram na fronteira agrícola, particularmente no Maranh?o e em Tocantins", acrescenta.
Além disso, meses após o anúncio da sua retomada, o governo federal ainda n?o concluiu seu plano de a??o específico para o bioma (Plano de A??o para Preven??o e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado), ao contrário da Amaz?nia.
Com isso, em 2023, o Cerrado foi responsável por 61% do desmatamento no país, enquanto a Amaz?nia respondeu por 25%.
No Cerrado, 1.110.326 hectares foram desmatados em 2023, um aumento de 68% em rela??o a 2022, de acordo com dados do Relatório Anual de Desmatamento (RAD 2023) do MapBiomas.
Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, avalia que o governo foi eficaz no combate ao crime, mas falhou em controlar o desmatamento no Cerrado.
Ele atribui essa situa??o em parte às autoriza??es de desmatamento concedidas pelos governadores da regi?o, que, segundo ele, agem contra a preserva??o ambiental e aumentam os números de desmatamento.
"Existem pessoas que desejam prejudicar a imagem do país e apoiar o desmatamento. Esses agentes, que contribuem para o aumento do desmatamento e destrui??o, est?o presentes no governo, no Congresso e até em parte do Supremo Tribunal. Portanto, é uma tarefa árdua para os setores que trabalham para reduzir esses números manter os índices atuais ou diminuí-los ainda mais", argumenta.
Ainda segundo os novos dados do Inpe, entre os quatro estados da Matopiba, apenas a Bahia apresentou uma redu??o no desmatamento de agosto de 2023 a julho de 2024, com uma queda de 52,4%. Em contraste, houve aumentos de 58,6% no Tocantins, 31% no Maranh?o e 14,7% no Piauí.
Os dados do Deter indicam, porém, uma revers?o no crescimento das áreas sob alerta de desmatamento nos últimos quatro meses, comparados ao mesmo período do ano anterior. De abril a julho, houve uma diminui??o de 24,8%. Em julho, foram registrados 444 km2 de desmatamento, uma redu??o de 26,7%.
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