Gato Larry é personagem ilustre da política britanica
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 19h58)A Cr?nica do JH apresenta um personagem da política britanica, presente em todos os últimos governos
Gato Larry é personagem ilustre da política britanica
A Cr?nica do épersonagemilustredapolíticabritacomo realizar uma rifa pela loteria federalJH apresenta um personagem da política britanica, presente em todos os últimos governos. Um único detalhe: ele n?o é humano.
O correspondente Pedro Vedova apresenta Larry, o gato - um ilustre morador da casa número 10 de Downing Street, o endere?o oficial do primeiro-ministro britanico. E é o próprio Larry quem conta essa história:
A imprensa até tá acostumada com ratos na política. Mas ratazana já era demais...
Pra botar ordem na casa, o governo britanico foi me buscar num abrigo.
Ganhei fun??o oficial e tudo: ?Larry, o Gr?o-Ca?ador de Ratos. Um cargo do século dezesseis.
O trabalho parecia moleza: cumprimentar convidados, inspecionar a seguran?a e testar móveis pra soneca...
Só que ninguém me falou dos jornalistas.
Toda vez que eu vou patrulhar a Downing Street, cameras viram na minha dire??o.
Saco! Fiquei famoso. Todo mundo queria uma foto com o patr?o da época (David Cameron) e outro engravatado (Barack Obama).
Os jornalistas faziam de tudo por uma exclusiva. E alguém vazou que meu chefe n?o gostava de mim. O David Cameron precisou jurar que a gente se dava bem
A verdade é que eu aprendi a ser político... E deu certo. O primeiro-ministro renunciou depois do plebiscito do Brexit, mas eu consegui ficar.
Sair da Uni?o Europeia era só o que a nova patroa falava. Eu nem quis cruzar o caminho dela na posse. N?o foi supersti??o, foi instinto.
Theresa May assumiu que é mais chegada a cachorro; que eu sou o dono do peda?o, mas que na cadeira dela eu n?o sentava.
A quest?o é que o meu território também é o número 10, a chefia do governo. A casa 11 é o ministério da Economia, onde fica o Gladstone - um gato tranquil?o. O meu problema mora no ministério das Rela??es Exteriores.
O Palmerston é zero diplomacia. Sempre quis me ver pelas costas - um barraco que deu na BBC.
Tiveram até que chamar a polícia.
Esse nosso arranca-rabo virou tema no Parlamento. Uma deputada falou assim: “Larry tá numa situa??o lastimável. Será que é saudade do ex-primeiro-ministro?”.
Situa??o lastimável era a da Theresa May. O acordo do Brexit dela foi rejeitado três vezes e ela ainda quis tentar uma quarta! Achou que tinha sete vidas e caiu do telhado.
Coitada: mesmo de saída ainda teve que receber o ‘rei da selva’ (Donald Trump). Beleza: a juba é bacana, bem lambida. Mas eu nem quis chegar perto. Algo me disse que num ia acabar bem...
Num sei se eu sou alérgico a cabelo de gente ou a político. A disputa pra ser o novo primeiro-ministro me arrepiou. Tentaram me fazer de cabo eleitoral, mas eu sou escaldado.
Eu n?o fui com o focinho do favorito. Pensei em trancar a fechadura, mas foi tarde demais: Boris Johnson acabou eleito.
Logo na primeira semana, o patr?o demitiu ministros à be?a. Só que o ‘Gr?o-Ca?ador-de-Ratos’ aqui ficou no cargo. Se mexesse comigo, a popula??o ia querer opinar. E a última coisa que o Boris quer é um novo plebiscito.
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