Consumo de ado?antes pode acelerar declínio cognitivo, aponta estudo da USP
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h18)1 de 1 Consumo de ado?antes pode acelerar declínio cognitivo, aponta estudo da USP — Foto: Adobe
Consumo de ado?antes pode acelerar declínio cognitivo, aponta estudo da USP
1 de 1 Consumo de ado?antes pode acelerar declínio cognitivo,?antespodeacelerardeclíjogos do brasileir?o série a 2016 aponta estudo da USP — Foto: Adobe Stock
O uso elevado de ado?antes artificiais pode levar a consequências inesperadas para a saúde cerebral a longo prazo, apontou um estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de S?o Paulo (FMUSP), publicado nesta quarta-feira (3), na Neurology, revista médica da American Academy of Neurology.
A pesquisa acompanhou, durante cerca de oito anos, 12.772 adultos em todo o Brasil, com idade média de 52 anos.
Estudos anteriores mostraram a associa??o do uso de ado?antes artificiais com outras doen?as, como doen?as cardiovasculares, cancer, diabete e obesidade. Mas este foi o primeiro grande estudo, com mais de 12.000 pessoas, seguidas por mais de oito anos a mostrar a associa??o com o declínio cognitivo, segundo a autora e professora da disciplina de Geriatria da FMUSP, Dra. Claudia Kimie Suemoto.
Os ado?antes artificiais analisados no estudo s?o encontrados principalmente em alimentos ultraprocessados, como águas saborizadas, refrigerantes, bebidas energéticas, iogurtes e sobremesas de baixa caloria. Alguns também s?o utilizados como ado?antes de uso individual. Veja a lista:
AspartameSacarinaAcessulfame-KEritritolXilitolSorbitol E tagatose
A autora do estudo e professora da disciplina de Geriatria da FMUSP, Dra. Claudia Kimie Suemoto, afirma que ado?antes de baixa ou nenhuma caloria s?o frequentemente vistos como alternativa saudável ao a?úcar, mas os resultados sugerem que alguns deles podem ter efeitos negativos sobre a saúde cerebral:
“Observamos que pessoas que consomem maiores quantidades de ado?antes tendem a apresentar um declínio cognitivo mais rápido, especialmente aquelas com diabetes. é importante destacar, porém, que o estudo n?o estabelece rela??o de causa e efeito”, detalhou Suemoto.
Foram realizados testes cognitivos no início, meio e no final do estudo, para acompanhar as habilidades de memória, linguagem e raciocínio ao longo do tempo. As avalia??es analisaram aspectos como fluência verbal, memória de trabalho, recorda??o de palavras e velocidade de processamento.
Os participantes que ingeriam maiores quantidades (média de 191 mg/dia) apresentaram um declínio cognitivo 62% mais rápido em memória e habilidades de pensamento em compara??o com os que consumiam menos (média de 20mg/dia). Esse efeito corresponde a 1,6 ano de envelhecimento cerebral antecipado.Já o grupo intermediário, que consumiu uma média de 64 mg/dia, apresentou queda 35% mais rápida, o que equivale a 1,3 ano.
Veja outros destaques do estudo:
Entre os ado?antes individuais, o consumo de aspartame, sacarina, acessulfame-k, eritritol, sorbitol e xilitol foi associado a declínio mais rápido na cogni??o geral, especialmente na memória;Para o aspartame, a quantidade analisada é equivalente a uma lata de refrigerante;N?o foi encontrada associa??o entre o consumo de tagatose e o declínio cognitivo.
Resultados por idade
Pessoas com menos de 60 anos que consumiram as maiores quantidades de ado?antes apresentaram declínios mais rápidos na fluência verbal e na cogni??o geral, em compara??o com aquelas que consumiram menores quantidades.
O diabetes foi apontado como um fator associado a um declínio mais rápido entre os participantes que consumiam maiores quantidades de ado?antes.
Suemoto destaca que as pessoas com diabetes tendem a usar ado?antes artificiais com mais frequência como substitutos do a?úcar. Ela afirma que s?o necessárias mais pesquisas para confirmar os resultados e avaliar se outras alternativas ao a?úcar, como purê de ma??, mel, xarope de bordo ou a?úcar de coco, podem ser op??es eficazes.
Embora o estudo tenha encontrado liga??es, ele n?o prova que os ado?antes causam declínio cognitivo.
O estudo utilizou como base os dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), um levantamento multicêntrico que acompanha a saúde de servidores públicos de Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, S?o Paulo e Vitória.
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