Intersexo, agênero e birromantico: movimento LGBTQIAP+ se renova e incorpora emblemas e letras pouco conhecidos
zqcimrowz
13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h27)A novidade se deu oficialmente durante a 27a Parada do Orgulho LGBTQIAP+, no Rio de Janeiro, no mês
Intersexo, agênero e birromantico: movimento LGBTQIAP+ se renova e incorpora emblemas e letras pouco conhecidos
A novidade se deu oficialmente durante a 27a Parada do êneroebirromajogos star vs as for?as do malOrgulho LGBTQIAP+, no Rio de Janeiro, no mês passado: a bandeira símbolo do arco-íris ganhou uma figura amarela com um círculo roxo, representando o movimento intersexo; as paletas rosa, azul e branco, do orgulho trans; e listras marrom e preta em referência à luta antirracista. A vers?o ultrapassa o visual e atualiza a representatividade de um movimento que se renova o tempo todo e incorpora novos emblemas e letras, muitas vezes desconhecidos fora da comunidade LGBTQIAP+. Para os que lutam por visibilidade até mesmo dentro do movimento, gestos assim s?o cruciais. —é uma vitória. O “i” veio pra ficar. Estamos rompendo barreiras, mesmo que muita gente n?o queira — diz Amiel Vieira, que se define como intersexo, termo para pessoas que nasceram com anatomia reprodutiva ou sexual e/ou padr?o de cromossomos que n?o podem ser classificados como sendo tipicamente masculinos ou femininos. Pedido a Augusto Aras: Procurador-geral de SP quer contestar indulto de Bolsonaro'O amor da família faz falta': Sem-teto de SP contam como passar?o o Natal Doutorando em Bioética pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e cofundador da Associa??o Brasileira de Intersexo (Abrai), Amiel, de 40 anos, foi criado desde pequeno como menina. Só descobriu a intersexualidade aos 33. — Meus pais foram orientados a n?o dizer que eu era uma pessoa intersexo. Passei por uma cirurgia de mutila??o, fui transformado em menina. Tinha uma desconfian?a, mas sempre calada. Até que achei uma carta-relatório de médicos entre os documentos dos meus pais — conta. Amiel Vieira só descobriu que era intersexo aos 33 anos — Foto: Leo Martins Até hoje, diz Amiel, é uma luta para mudar mentalidades que ainda chamam intersexo de hermafrodita, termo pejorativo que apareceu até em novelas, mas de maneira espetacularizada, longe da representatividade desejada. — Algumas vezes, até em passeatas (da comunidade LGBTQIAP+) nos perguntam o que estamos fazendo ali. Dizem que nossa quest?o é biológica, n?o tem a ver com um movimento ligado à identidade de gênero ou orienta??o sexual — diz Amiel. — Mas aí é que o movimento intersexo nasce plural. Sou intersexo, trans masculino, deficiente, muitas coisas juntas. N?o dá pra deixar uma parte de mim em casa. Lutar pelo reconhecimento da própria existência é uma constante dentro do movimento. A estudante de psicologia I.L.S, que preferiu ter seu nome preservado, se identifica como assexual desde os 15 anos, e frequentemente ouve que a assexualidade — ausência total, parcial, condicional ou circunstancial de atra??o sexual — é “celibato” ou “moralismo”. — é comum falarem que a assexualidade n?o existe, que é frescura. Já ouvi até que n?o deveríamos fazer parte da comunidade pois n?o levamos um soco na rua por ser assexual — conta I., hoje com 21 anos. Rótulos e organiza??o Vez ou outra, declara??es na mídia destacam denomina??es menos visibilizadas da comunidade, muito além do L (lésbicas), G (gays), B (bissexuais) e T (transexuais). Foi assim quando a filha do apresentador Tadeu Schmidt, Valentina, de 20 anos, assumiu-se queer este ano. Usado principalmente por jovens, e muito mais nos Estados Unidos, o termo foi teorizado em universidades americanas, inclusive em obras da filósofa Judith Butler, e se refere a pessoas cuja orienta??o sexual n?o é exclusivamente heterossexual. — é uma tendência da juventude. O queer seria a pessoa n?o-binária, fluida — explica o sexólogo Toni Reis, ativista em diversidade sexual há mais de 30 anos, diretor-executivo da organiza??o Dignidade e um dos organizadores do “Manual de comunica??o LGBTI+”. — S?o pessoas que n?o querem se autodefinir, se s?o lésbicas, gays, trans. Querem ser livres. E a palavra queer dá essa conota??o de liberdade, de n?o querer rótulos. Para Reis, há um debate sobre representatividade: — Claro que para algumas pessoas isso pode ser confuso. Mas é importante dar visibilidade a todos. Mesmo dentro do movimento LGBTQIAP+, esse desafio aparece: — Nossa sociedade é patriarcal e machista. Ent?o o poder do homem, dos gays, acaba sendo maior que o de outras orienta??es sexuais e identidades de gênero. Mas nos últimos anos há outras "letras" se fortalecendo. Quanto mais, melhor A descoberta da identidade de pessoas LGBTQIAP+ n?o acontece de uma vez, tampouco de uma hora para a outra. é um processo que perpassa vários momentos da vida. Foi assim, pelo menos, com o escritor e professor May Mortari, de 30 anos, que se vê como parte de três letras da sigla: assexual, agênero, birromantico e bissexual. A bissexualidade veio primeiro, aos 13 anos, num processo que, conta ele, foi “muito natural”. — Mas fui descobrir a assexualidade aos 26, quando entendi que queria me relacionar com as pessoas, mas n?o precisava de um envolvimento sexual, poderia ser de maneira romantica — diz. Daí a birromanticidade. — Foi um processo mais difícil. A sociedade n?o está pronta para entender que existem pessoas que n?o sentem atra??o sexual — conclui. Embora nunca tenha se enxergado como uma mulher ou como um homem, May só teve contato com a n?o-binariedade e a ageneridade quando adulto. — Só recentemente passei a me entender como uma pessoa n?o-binária, que n?o se encaixa nos parametros de homem e de mulher. Demorei muito tempo para entender que a minha express?o de gênero é agênero. Eu n?o me vejo como um gênero (específico). Para May, no mundo ideal, n?o existiriam rótulos. Mas, hoje, crê, as siglas s?o necessárias para que todos se sintam pertencentes e contemplados. — O que eu sabia sobre mim na adolescência era que eu n?o tinha vontade de ser visto como mulher ou homem e que n?o gostava da ideia de envolvimento sexual. Mas isso para mim era uma “coisa” sem nome. Eu me achava estranho, esquisito — relata. — A partir do momento em que as pessoas levantaram as quest?es de assexualidade e ageneridade, eu me vi ali. Ficar sem uma identidade é algo que nos deixa perdidos. Faz muito mal. O cenário tem avan?ado. Hoje há ao menos 37 redes nacionais, com mais ou menos letrinhas do que outras, que lutam pelos direitos da comunidade. — As letrinhas s?o apenas rótulos políticos, para reivindicarmos direitos e políticas públicas. Usamos para organiza??o — diz Toni. — Mas espero que nos próximos 20, 30, 40 anos, n?o precisemos mais dessas letras. Espero que possamos ser apenas seres humanos. Mais recente Próxima Homem é condenado à pris?o perpétua pelo assassinato de estudante brasileira na Argentina Inscreva-se na Newsletter: Jogo Político Inscrever :root { --news-contextualizada-font: OGloboTitleFontBold,OGloboTitleFontFallback; --news-contextualizada-primary-color: #1e4c9a; } Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ 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