Agropecuária cresce 10% no segundo trimestre na compara??o anual e impulsiona economia do período
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 22h44)A agropecuária cresceu 10,1% no segundo trimestre de 2025, em rela??o a igual período do ano passado
Agropecuária cresce 10% no segundo trimestre na compara??o anual e impulsiona economia do período
A agropecuária cresceu 10,áriacrescenosegundotrimestrenacompara??oanualeimpulsionaeconomiadoperíquem faz 12 pontos na lotofácil ganha quanto1% no segundo trimestre de 2025, em rela??o a igual período do ano passado, impulsionando o crescimento de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do período.
Em rela??o aos três primeiros meses do ano, a agropecuária ficou praticamente estável, com recuo de 0,1%.
O crescimento do setor se deve, principalmente, às estimativas de recorde nas colheitas de soja e de milho este ano.
O IBGE estima que a produ??o dos dois cultivos deve ter alta de 14,2% e 19,9%, respetivamente, em rela??o a 2024.
O resultado do segundo trimestre também foi impactado pelas proje??es de alta anual na colheita de arroz (17,7%), algod?o (7,1%) e café (0,8%.
1 de 1 Milho pronto para colheita. — Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA
A agropecuária cresceu 10,1% no segundo trimestre de 2025, em rela??o a igual período do ano passado, impulsionando o crescimento de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do período.
Os dados foram divulgados nesta ter?a-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em rela??o aos três primeiros meses do ano, a agropecuária ficou praticamente estável, com recuo de 0,1%.
??O crescimento do setor se deve, principalmente, às estimativas de recorde nas colheitas de soja e de milho este ano. O IBGE estima que a produ??o dos dois cultivos deve ter alta de 14,2% e 19,9%, respetivamente, em rela??o a 2024.
??O resultado do segundo trimestre também foi impactado pelas proje??es de alta anual na colheita de arroz (17,7%), algod?o (7,1%) e café (0,8%).
??Participa??o do agro no PIB deve crescer este ano
Justamente pela estimativa de colheita recorde de gr?os, a participa??o do agro no PIB deve crescer este ano, prevê Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócios.
Mas a proje??o dele é feita com base no PIB agro calculado pela Confedera??o da Agricultura e Pecuária (CNA), que leva em conta n?o somente as atividades feitas dentro das porteiras (plantios e cria??o de animais), como também fora delas, na agroindústria e nos servi?os ligados ao agronegócio.
Hoje, o IBGE só considera as atividades de dentro da porteira para calcular a participa??o do agro na economia. Segundo essa metodologia, o setor tem uma participa??o de 6,5% no PIB.
Mas quando se considera toda a agroindústria e os agrosservi?os, essa participa??o sobe para 23%, e pode avan?ar para cerca de 29% este ano com a supersafra de gr?os, diz Cogo.
Esmagamento recorde de soja
Quando se olha para o PIB fora da porteira, o segundo trimestre é mais impactado pelo esmagamento da soja para a produ??o de óleo e farelo do que pela colheita do gr?o, que é concentrada nos três primeiros meses do ano, explica Plinio Nastari, CEO da Datagro Consultoria.
Apesar disso, ele pontua que houve um atraso na colheita este ano, o que acabou empurrando parte dessa atividade para o segundo trimestre.
Ao final dessa safra, a Datagro prevê uma colheita recorde de soja de 173,5 milh?es.
"O Brasil teve recordes históricos de esmagamento de soja em mar?o, abril e maio. E a expectativa é de que esses dados se confirmem em junho também, fechando o segundo trimestre com recordes históricos consecutivos", detalha a analista de gr?os da Datagro, Giovana Cavalca.
O Brasil também exportou grandes volumes de soja no período, mesmo em um cenário de superoferta nos EUA e na Argentina, houve demanda pelo produto nacional.
O Brasil ganhou, por exemplo, parte do mercado norte-americano de soja na China, após tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o que tem gerado reclama??es de produtores do país.
Atraso no milho, mas colheita recorde
A colheita total de milho também será recorde nesta temporada, com previs?o de 137,8 milh?es de toneladas, segundo a Datagro.
No entanto, Carlos Cogo ressalta que o impacto dessa atividade no PIB deve ser mais significativo no terceiro trimestre, já que a colheita de gr?o também atrasou este ano.
Giovana, da Datagro, detalha que o cenário é consequência dos atrasos no plantio de soja e de chuvas atípicas no início de junho.
Café foi beneficiado por pre?os elevados
No setor do café, o principal destaque foi a receita das exporta??es, que bateu recorde tanto no 2o trimestre, quanto no acumulado do primeiro semestre, afirma a Datagro.
De janeiro a junho, o Brasil vendeu US$ 7,52 bilh?es em café para o exterior, uma alta de 40,6% em rela??o ao mesmo período do ano passado, impulsionado pelos altos pre?os no mercado internacional.
As cota??es est?o em alta porque a demanda por café no mundo está maior do que a produ??o dos países.
"O cenário para o café é muito positivo, n?o pelo volume de produ??o, mas pelos pre?os. A tendência é que o bom desempenho se mantenha no segundo semestre, mesmo com possível recuo nos pre?os", diz Daniel Pinhata, analista de café da Datagro.
Em rela??o ao tarifa?o dos EUA, Pinhata diz que o cenário é de incerteza diante de muitos contratos que foram paralisados.
No dia 6 de agosto, empresas norte-americanas passaram a pagar uma taxa de 50% pelo café brasileiro, após decreto assinado por Trump.
"No curto prazo, a substitui??o é muito complicada. Se a tarifa??o persistir até o próximo ano, os EUA podem procurar outras fontes, e o Brasil pode aumentar a sua presen?a nos mercados europeu, japonês e chinês", diz Pinhata.
"Contudo, devido ao déficit de oferta global, o cenário para o Brasil é mais positivo no geral", complementa.
Pinhata explica que o Brasil será praticamente o único país que terá uma boa quantidade de café arábica para exportar neste segundo semestre.
De agosto a dezembro, por exemplo, o país costuma enviar para fora cerca de 15 milh?es de sacas de café, enquanto a Col?mbia, 5 milh?es, e o Peru, 2 milh?es.
"é um cenário complicado para os Estados Unidos, que vive um cenário de estoques reduzidos", comenta.
Cana-de-a?úcar sofreu impacto de secas e incêndios
Já o setor de cana-de-a?úcar entrou na safra 2025/26 com sintomas de "ressaca" da forte seca e dos casos de incêndios ocorridos em 2024, cenário que provocou uma queda de 14,5% na produ??o de a?úcar no 2o trimestre deste ano, em rela??o a igual período do ano passado.
é o que afirma o economista sênior da Datagro Bruno Wanderley Freitas.
"O segundo trimestre espelha os impactos dessa 'ressaca', mas é um retrato que n?o será replicado nos trimestres seguintes", destaca Freitas.
A produ??o de etanol também caiu no segundo trimestre, na compara??o anual. O percentual de queda foi de 14,3%, para 9,74 bilh?es de litros.
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