Saiba como o Brasil está explorando o lítio, usado nas baterias de celulares, laptops e veículos elétricos
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 22h48)O Jornal Nacional vai mostrar, a partir desta quinta-feira (21), a importancia estratégica de um met
Saiba como o Brasil está explorando o lítio, usado nas baterias de celulares, laptops e veículos elétricos
O Jornal Nacional vai mostrar,áexplorandoolítiousadonasbateriasdecelulareslaptopseveículoselébest slot casinos new jersey a partir desta quinta-feira (21), a importancia estratégica de um metal fundamental para a indústria em todo o planeta. A matéria-prima das baterias dos celulares, dos laptops, dos veículos elétricos. Tudo isso precisa de lítio para funcionar, e o Brasil tem 8% das reservas mundiais.
O futuro movido a carros elétricos parece estar a quil?metros de distancia do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Mas o lugar é hoje estratégico para a transi??o energética. Mais um paradoxo nessa terra de contradi??es, onde baixos indicadores sociais convivem com tesouros escondidos. A comerciante Cleusa Neves Lima, de 66 anos, guarda recorda??es do garimpo do ouro. Eram do pai dela.
“As bateias. Tem as grandes, duas grandes, uma média e uma pequena. As grandes, era a que tirava o cascalho e a pequenininha era para apurar o ouro. Aí ele tirou e mandou fazer um cord?o”, conta.
As pedras nas paredes de algumas casas s?o lembran?a de um tempo de prosperidade. A minera??o sempre foi protagonista na história dessa regi?o. Desde o século XVIII, se sabia que havia ouro, depois diamante e uma grande variedade de pedras de maior e ou de menor valor. Hoje em dia, já n?o é mais assim. Mas ainda existe um interesse muito grande pelo que está debaixo do ch?o.
Lítio: o mais leve dos metais, matéria-prima das baterias que s?o o cora??o dos carros elétricos. E, por lá, lítio tem aos montes. O subsolo do Vale do Jequitinhonha guarda 85% das reservas brasileiras.
A equipe do Jornal Nacional foi até as profundezas da mina que está há mais tempo em opera??o na regi?o – 32 anos. Um labirinto de vias e túneis subterraneos para carros e máquinas, com ventila??o e controle de temperatura e de atividade sísmica. Percorremos cerca de 2 km e descemos a mais de 200 m da superfície, onde outras galerias est?o sendo abertas.
O interior da mina é como se fosse um prédio de ponta cabe?a. Cada nível seria, ent?o, um andar. O veio do minério está na parte mais clara, que é justamente o que interessa para minera??o. Percebe-se que vem lá de cima e desce em dire??o ao subsolo. Isso quer dizer que no próximo nível, que seria o andar de baixo, também vai ter um ponto de explora??o.
Um pared?o gigante de rocha branca: é nessa rocha que ficam os cristais de um mineral chamado espodumênio - de onde é extraído o lítio. Alguns s?o bem grandes, bem fáceis de se ver.
"A nossa rocha, o pegmatito, é composto por diversos minerais. Ent?o, a gente consegue ver um pouco de muscovita, feldspato, alguns pontos de quartzo. Essa massa esverdeada seria os minerais do espodumênio, que seria onde estaria o lítio”, diz Carlos Ribeiro, coordenador de geologia da CBL.
Do lado de fora da mina, essa rocha, que tem vários minerais, é triturada. O espodumênio é separado, carregando o lítio, que n?o existe sozinho na natureza. é esse concentrado que os fabricantes compram para usar baterias. A mineradora tem capacidade para produzir 45 mil toneladas desse material por ano, e tem planos de até triplicar esse número em quatro anos.
“A maior demanda é no setor de baterias, que responde hoje por mais de 90% do mercado mundial de lítio, da demanda mundial de lítio. Agora, o mercado interno sempre foi o foco. Como, por exemplo, a indústria farmacêutica, temos a indústria ceramica, a indústria de graxas, lubrificantes. Ent?o, o lítio tem muitas aplica??es relevantes e a gente sempre atendeu elas todas no Brasil”, afirma Vinícius Alvarenga, presidente da Companhia Brasileira de Lítio.
A corrida pelo lítio trouxe vizinhos para a mineradora brasileira. Em 2023, uma multinacional canadense também come?ou a explorar o lítio no Vale do Jequitinhonha. A capacidade inicial de produ??o é de 270 mil toneladas de concentrado de espodumênio por ano para exporta??o. A companhia opera uma mina a céu aberto.
“Na nossa vis?o, se existia um metal em uma cadeia de fornecimento em que em algum momento nós seremos recompensados com um prêmio verde, seria justamente em uma das cadeias de fornecimento que levaria para as baterias dos carros elétricos, que s?o os materiais de bateria. Porque nós sabíamos que no final, lá da ponta, você tem um consumidor que está preocupado com a sustentabilidade daquele carro verde dele”, diz Ana Cabral, presidente da Sigma Lithium.
A mais de 1 mil km de distancia, em S?o Paulo, uma fabricante de ?nibus elétricos tem capacidade para produzir 1,8 mil veículos por ano. As baterias s?o enormes. N?o s?o feitas só de lítio, mas, mesmo assim, cada uma leva 150 kg do metal, de acordo com a empresa. E um ?nibus como esse, precisa de seis baterias. Nesse caso, quanto mais lítio, melhor.
“Nós temos vantagem, nós temos minério, temos lítio aqui no Brasil. Ent?o, é muito importante que se entre nessa quest?o tecnológica de se desenvolver e de se produzir o lítio, extrair o lítio e ter toda a cadeia da tecnologia dentro do país. Isso é fundamental n?o só para os ?nibus que s?o fornecidos dentro do país, mas para todo o mercado de exporta??o”, afirma Ieda de Oliveira, diretora-executiva da Eletra.
Na sexta-feira (22), você vai conhecer aspectos econ?micos do lítio. Como a produ??o movimenta o mercado internacional e gera interesse pelo Vale do Jequitinhonha.
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