é verdade que tem mais boi no Brasil do que pessoas? E em Santa Catarina?
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 12h09)O Brasil tem mais bois do que pessoas. O efetivo bovino atingiu 234,4 milh?es de cabe?as ao final de
é verdade que tem mais boi no Brasil do que pessoas? E em Santa Catarina?
O Brasil tem mais bois do que pessoas. O efetivo bovino atingiu 234,4 milh?es de cabe?as ao final de 2022, conforme a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, enquanto o Censo 2022 mostra que a popula??o do Brasil chegou a 203,0 milh?es de pessoas. A nível local, a realidade difere. O número de pessoas somou 7,6 milh?es, mas os rebanhos bovinos totalizaram 4,4 milh?es de cabe?as.
Além da venda de carne in natura para o mercado interno e externo, a produ??o leiteira contempla uma das principais atividades relacionadas a essa cadeia no estado. Assim como a ordenha do leite, a produ??o de itens relacionados, como queijos, fomenta toda uma cadeia produtiva de itens artesanais e manufaturados, distribuídos em feiras ou para cooperativas e grandes redes.
A cadeia produtiva do leite padece de um pouco mais de aten??o, pois desse meio dependem inúmeras famílias, que geram emprego e garantem a permanência das gera??es mais jovens na sucess?o familiar e mantém a produ??o rural como uma via econ?mica,, avalia a Associa??o Catarinense de Criadores de Bovinos (ACCB).
Elencamos 10 das curiosidades sobre o rebanho bovino no estado, confira:
Quais as principais ra?as de bovinos em Santa Catarina?
As principais ra?as de leite produzidas em SC s?o Holandês e Jersey, informa a Associa??o Catarinense de Criadores de Bovinos (ACCB), entidade sem fins lucrativos detentora da emiss?o de Registro Genealógico em todo território catarinense, que fomenta o servi?o de Controle Leiteiro Oficial e Classifica??o Linear das Ra?as.
Enquanto isso, entre janeiro e setembro deste ano, os leil?es de touros em Santa Catarina que tiveram valores mais expressivos foram de ra?as como Angus, Braford, Brahman, Brangus, Charolês, Devon, Hereford, Limousin, Nelore e Simental. As informa??es s?o de estudo do projeto de extens?o permanente desenvolvido pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) “Conex?o Udesc e Produ??o Animal”. Os trabalhos possuem coordena??o do professor Diego de Córdova Cucco.
Qual é a produ??o de bovinos?
Entre janeiro a agosto deste ano, foram abatidos 395,5 mil bovinos em Santa Catarina, uma diminui??o de 4,2% na compara??o com montante no mesmo intervalo do ano passado, conforme dados da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), sistematizados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extens?o Rural de Santa Catarina (Epagri) e divulgados no Observatório Agro Catarinense. No ano passado, foram abatidas 738,7 mil cabe?as.
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Além disso, para o leite, o estado contempla 9,1% da produ??o nacional, totalizando 3,2 bilh?es de litros produzidos em 2022, segundo o IBGE.
O quanto o estado catarinense exporta de bovinos?
No acumulado de 2023 até o fim de agosto, o estado de Santa Catarina exportou 790,6 toneladas de carne bovina, com receitas de US$ 2,8 milh?es, quedas de 48,0% e de 56,6%, respectivamente, em rela??o às exporta??es do mesmo período de 2022, conforme o Boletim Agropecuário de setembro da Epagri.
S?o aproximadamente quantas propriedades e animais no Estado?
De acordo com a Cidasc, o estado conta com 234 mil propriedades agropecuárias, sendo 187 mil delas com bovinos. O efetivo de rebanhos bovinos era de 4,4 milh?es de cabe?as ao final do ano passado, segundo tabelas técnicas da PPM do IBGE. Já o número de vacas ordenhadas era de 834,6 mil. Segundo a Cidasc, do rebanho total em 2022, 74,3% dos animais eram fêmeas e 25,7% machos.
Como é a distribui??o nas propriedades?
A produ??o ocorre em diversas propriedades, mas as áreas de maior concentra??o est?o, de forma geral, no planalto Serrano e Meio Oeste. “Esse mapa é gerado a partir do nosso banco de dados, onde o azul mais escuro significa maior densidade e o azul mais claro menor densidade”, destaca a coordenadoria regional da defesa sanitária animal da Cidasc de Chapecó.
Enquanto 32,7 mil produtores destinaram animais para abates em estabelecimentos com inspe??o no ano passado, os abates para autoconsumo, por sua vez, foram realizados por 51,1 mil produtores em 2022, de acordo com a Cidasc.
O que falta para maior difus?o da produ??o?
A Associa??o Catarinense de Criadores de Bovinos (ACCB) aponta uma série de fatores que podem auxiliar a elevar a produ??o no estado, incluindo a redu??o de propaga??o de notícias falsas sobre a produ??o leiteira e realiza??o de marketing positivo a respeito da produ??o e investimentos que o produtor rural realiza para o conforto e bem-estar dos animais.
“Precisamos incentivar as novas gera??es para que saibam como é produzido o leite, a fim de aumentar o consumo, que atualmente apresenta redu??o significativa. Ainda, é necessário reduzir o êxodo rural, fortalecendo o pequeno e médio produtor, incentivando as novas gera??es a permanecerem nas atividades e fomentar a tecnifica??o”, afirma o presidente da entidade, Enedi Zanchet.
A??es individuais do produtor também contribuem, como melhorar a eficiência da produ??o, sele??o de animais eficientes no rebanho.
Quais os principais pleitos do setor hoje?
Entre as demandas levantadas na última manifesta??o dos produtores juntamente com a ACCB, est?o a garantia de um pre?o mínino e freio a importa??es de leite dos países vizinhos do Mercosul, a ponto de n?o interferir negativamente no mercado nacional brasileiro.
“é preciso importar somente se de fato for necessário para atender a demanda por escassez interna. Quando importado do Conesul, que seja obrigatoriamente identificado no rótulo, garantindo a rastreabilidade”.
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Além disso, os produtores almejam a cria??o de um fundo para fixar subsídio para momentos de crise, que pode ser investido diretamente ao produtor.
Quando necessário importar leite ou derivados, a entidade sugere que seja de qualidade comprovada, através de análises de laboratórios credenciados ao Ministério da Agricultura (Mapa), ou órg?o de defesa sanitária animal estadual, e em condi??es de pre?o idênticas às brasileiras.
De acordo com a associa??o, o Mapa e as Secretarias de Agricultura deveriam investir em marketing positivo, mostrando os cuidados com saúde, nutri??o e bem-estar animal.
O governo federal poderia aumentar o aporte de valores dos sistemas “S” para projetos de inova??o tecnológica e reduzir os impostos que incidem diretamente ao produtor, no entendimento da entidade.
8. Quais as principais mudan?as na produ??o nos últimos anos?
Ao longo dos anos, a produ??o leiteira vem passando por transforma??es e vem avan?ando nas tecnologias utilizadas no meio rural. No entanto, Patricia Geraldo, superintendente técnica da ACCB, acredita que ainda est?o presentes muitas fazendas com baixa produtividade e com pouco investimento em tecnifica??o, fatores que interferem nos índices produtivos.
“Cada vez mais o mercado disponibiliza novas possibilidades de sistema de alta tecnologia, como por exemplo as ordenhadeiras robotizadas, informatizadas e digitais que oferecem relatórios completos dos animais enquanto desenvolvem o trabalho que antes era manual. Sistema estes, que além de se manterem operacionais por 24 horas, permitem que os animais escolham o momento que julguem mais ideal para que sejam ordenhados, gerando benefícios para o bem-estar do animal e redu??o da m?o de obra”.
A responsável técnica cita ainda outras tecnologias que est?o atualmente sendo difundidas nas fazendas, como o uso de colares com sensores que detectam comportamentos atípicos dos animais, processam os dados e enviam as informa??es para aplicativos, capazes elaborar relatórios, que contribuem no gerenciamento das a??es nas propriedades, além de investimentos em melhoramento genético e nutri??o animal.
9. Como a tecnologia é utilizada para monitoramento de ra?as e melhoramento animal?
Os softwares ganham espa?o nas propriedades contribuindo na gest?o das fazendas e possibilitando que as informa??es sejam concentradas, gerando mais assertividade na escolha das melhores decis?es de manejo, nutri??o, reprodu??o, e gerenciamento financeiro, acredita a ACCB.
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“Esses softwares s?o utilizados, inclusive no servi?o de Registro Genealógico das ra?as, como nosso caso, Ra?a Holandesa e Ra?a Jersey, permitido que o criador tenha em ao seu alcance uma ferramenta para gerenciar rebanho que possibilite a sele??o de animais eficientes, longevos”, completa Patricia Geraldo.
Dentro de melhoramento animal, o mercado disp?e de biotecnologias que na maioria das vezes s?o utilizadas por rebanhos de alto padr?o genético, como é o caso da gen?mica, IATF (Insemina??o em Tempo Fixo), TE (Transferência de Embri?es), FIV (Fertiliza??o In Vitro), pela necessidade de investir em m?o de obra e sistema especializado.
10. A nutri??o animal também pode ser beneficiada pela tecnologia?
Abrangendo também o mercado de nutri??o, os avan?os s?o constantes no desenvolvimento de sistemas que favorecem o melhor aproveitamento de pastagens em diferentes condi??es das diversas regi?es brasileiras, além de suplementa??es diretas aos bovinos, completa a ACCB.
“Os sistemas intensivos aliados aos demais investimentos contribuem no aumento da produ??o e conforto térmico das vacas, como é o caso do Free-stall, compost barn e cross ventilation. Porém devemos sempre destacar que a melhor tecnologia é a que o produtor consegue aderir sem comprometer o gerenciamento financeiro do seu negócio”, completa a técnica da entidade.
A maioria dos produtores de pequeno e médio porte necessitam de subsídios para investir em tecnologias e melhorar seu desempenho produtivo, no entanto.
Saiba mais sobre o agronegócio catarinense no canal Campo e Negócios no G1.
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