Estudo controverso aponta que carne vermelha previne cancer; entenda a polêmica científica
vbhtrx
13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h28)1 de 1 Carne vermelha — Foto: Divulga??oPor anos, as autoridades de saúde têm alertado contra o
Estudo controverso aponta que carne vermelha previne cancer; entenda a polêmica científica
1 de 1 Carne vermelha — Foto: Divulga??o
Por anos,ancerentendaapolêmicacientíroulette wheel european as autoridades de saúde têm alertado contra o consumo de carne vermelha, como setor de pesquisas sobre o cancer da Organiza??o Mundial da Saúde a classificando como “provavelmente cancerígena para humanos”. Mas um novo estudo controverso questiona essa posi??o, sugerindo que a proteína animal talvez possa proteger contra mortes pelo cancer ao invés de causá-las.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancer (International Agency for Research on Cancer ou IARC, em inglês), a qual faz parte da OMS, há muito tempo classificou como possivelmente cancerígenas as carnes vermelhas, incluindo carne bovina, suína, carne de cordeiro e carneiro.
Carnes processadas como bacon e salsicha s?o classificadas como cancerígenas definitivas. Essa avalia??o reflete diversos estudos que associam a carne vermelha ao cancer colorretal, formando a base para recomenda??es dietéticas de restri??o alimentar.
No entanto, a nova pesquisa da Universidade Canadense McMaster sugere o oposto: na verdade, pessoas que consomem mais proteína animal talvez tenham um menor risco de morte por cancer. Mas, antes de sair correndo para comprar um pacote de salsicha, há alguns pontos importantes que você deve considerar.
Os métodos do estudo contêm nuances importantes que complicam suas conclus?es. Em vez de examinar especificamente a carne vermelha, os pesquisadores analisaram o consumo de “proteína animal”, uma categoria ampla que inclui carne vermelha, aves, peixes, ovos e laticínios. Essa distin??o é significativa, pois peixes, particularmente as variedades oleosas como cavala e sardinha, s?o associados à prote??o contra o cancer.
VEJA TAMBéM:
Ao agrupar todas as proteínas animais, o estudo pode ter capturado os efeitos protetivos do peixe e de certos laticínios, ao invés de provar a seguran?a da carne vermelha.
Os próprios laticínios apresentam um quadro complexo na pesquisa sobre o cancer. Alguns estudos sugerem que eles reduzem o risco de cancer colorretal, enquanto potencialmente aumentam o risco de cancer de próstata. Essas evidências conflitantes ressaltam como a ampla categoria de “proteína animal” dificulta as distin??es importantes entre os diferentes tipos de alimento.
O estudo, que foi financiado pela National Cattlemen’s Beef Association, o principal grupo de lobby da indústria de carne bovina dos Estados Unidos, apresenta diversas outras limita??es. Fundamentalmente, os pesquisadores n?o distinguiram entre carnes processadas e n?o processadas – uma distin??o que inúmeros estudos mostraram ser vital.
Carnes processadas, como bacon, salsichas e fatiados, consistentemente apresentam maiores riscos de cancer do que cortes frescos e n?o processados. Além disso, a pesquisa n?o examinou tipos específicos de cancer, tornando impossível determinar se os efeitos protetores se aplicam de forma ampla ou a canceres específicos.
Curiosamente, o estudo também examinou proteínas vegetais, incluindo leguminosas, nozes e produtos de soja, como tofu, e foi descoberto que elas n?o tinham um efeito protetor forte contra a morte causada pelo cancer.
Essa descoberta contradiz pesquisas anteriores que sugerem que as proteínas vegetais est?o associadas à redu??o do risco de cancer, adicionando outra camada de complexidade a um quadro já complexo.
Essas descobertas n?o diminuem os benefícios à saúde já estabelecidos pelos alimentos de origem vegetal, que fornecem fibras, antioxidantes e outros compostos associados à redu??o do risco de doen?as.
LEIA TAMBéM:
Os alimentos que a OMS considera cancerígenos; veja listaUma fatia de bacon por dia é suficiente para ‘aumentar risco de cancer’, diz estudo
N?o se trata de um sinal verde
Mesmo que as conclus?es do estudo sobre a proteína animal se mostrem precisas, elas n?o devem ser interpretadas como um sinal verde para o consumo ilimitado de carne. O consumo excessivo de carne vermelha continua associado a outras condi??es graves de saúde, incluindo doen?as cardíacas e diabetes. O segredo é a modera??o e o equilíbrio.
As pesquisas conflitantes destacam a complexidade da ciência da nutri??o, onde isolar os efeitos de alimentos individuais se mostra extremamente difícil. As pessoas n?o comem nutrientes isolados – elas consomem combina??es complexas de alimentos como parte de padr?es de estilo de vida mais amplos. é mais importante focar nos padr?es alimentares no geral do que se concentrar em alimentos individuais.
Um prato balanceado, com várias fontes de proteína, muitos vegetais, frutas e alimentos minimamente processados, continua sendo o melhor caminho, com base em evidências, para se manter saudável.
Embora esse último estudo acrescente uma nova dimens?o ao debate sobre a carne, é improvável que seja a palavra final. à medida que a ciência da nutri??o continua a evoluir, a abordagem mais prudente continua sendo a menos drástica: modera??o, variedade e equilíbrio em tudo.
*Ahmed Elbediwy é professor sênior de Bioquímica Clínica e de Biologia do Cancer na Universidade de Kingston.
*Nadine Wehida é professor sênior de Genética e Biologia Molecular na Universidade de Kingston.
**Este texto foi publicado originalmente no site do The Conversation Brasil.
NEWSLETTER GRATUITA
Argentina's wild new coastal escape.txt
GRáFICOS
BBC Audio Amazing Sport Stories.txt
Navegue por temas