'Primeira' airfryer tinha o tamanho de um canil e era de madeira com tela de galinheiro; conhe?a a história do aparelho
yimlmwq
13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h06)O primeiro protótipo da airfryer parecia mais uma engenhoca de laboratório do que um eletrodoméstico
'Primeira' airfryer tinha o tamanho de um canil e era de madeira com tela de galinheiro; conhe?a a história do aparelho
O primeiro protótipo da airfryer parecia mais uma engenhoca de laboratório do ?aahistógato no jogo do bichoque um eletrodoméstico: era do tamanho de um canil e feita com madeira, alumínio e tela de galinheiro.
A inven??o nasceu nos Países Baixos, em meados dos anos 2000, quando o engenheiro Fred van der Weij decidiu tentar resolver um problema doméstico: fritar sem óleo, sem sujeira e sem riscos.
Em 2011, a airfryer chegou ao Brasil como um produto europeu de luxo e pre?o salgado: R$ 1.100, em uma época em que o salário mínimo era R$ 545.
1 de 2 'Primeira' airfryer tinha o tamanho de um canil e era de madeira com tela de galinheiro; conhe?a a história do aparelho — Foto: Divulga??o
O primeiro protótipo da airfryer parecia mais uma engenhoca de laboratório do que um eletrodoméstico: era do tamanho de um canil e feita com madeira, alumínio e tela de galinheiro.
A inven??o nasceu nos Países Baixos, em meados dos anos 2000, quando o engenheiro Fred van der Weij decidiu tentar resolver um problema doméstico: fritar sem óleo, sem sujeira e sem riscos.
Os primeiros testes foram um desastre, mas, alguns protótipos (e anos) depois, Fred acertou a m?o e viu sua cria??o ganhar o mundo.
Piores ideias para fazer na airfryer: usar carv?o, esquentar sopa e cozinhar latas?Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp
Em 2011, a airfryer chegou ao Brasil como um produto europeu de luxo e pre?o salgado: R$ 1.100, em uma época em que o salário mínimo era R$ 545. Quem trouxe a inven??o foi a Philips, que já havia apresentado o produto na Europa um ano antes.
A promessa era que o aparelho traria praticidade, saúde e tecnologia para a cozinha, mas a nova tecnologia também veio acompanhada por desconfian?a e rumores de que poderia estar contaminando a comida com substancias nocivas.
De lá para cá, muita coisa mudou. Hoje, há airfryers com forno, modelos tamanho família e até vers?es que custam por volta de R$?300. Conhe?a a história por trás dessa inven??o que virou parte essencial da cozinha de muitos brasileiros.
A história da airfryer come?ou com um inc?modo
A ideia do eletroportátil surgiu em 2005, quando Fred van der Weij conversava com um vizinho sobre como as fritadeiras de imers?o – aquelas que precisam ser mergulhadas em óleo quente para fritar os alimentos – eram perigosas, engorduradas e pouco saudáveis.
Em entrevista dada à BBC em 2024, Suus van der Weij, filha do inventor, revela que Fred se p?s a trabalhar naquela mesma noite para construir um primeiro protótipo de um novo eletrodoméstico.
O aparelho criado era enorme, improvisado com madeira e alumínio, e usava tela de galinheiro no lugar do cesto.
No primeiro teste com comida – batatas fritas congeladas –, o resultado foi desastroso. “As batatas ainda estavam congeladas, mas as pontas estavam queimadas. Estavam metade murchas, metade congeladas, suadas. Estavam nojentas”, disse Suus, rindo.
Fred seguiu experimentando. Com o segundo protótipo, menor, o primeiro acerto veio. “Foi o primeiro petisco que ele deixou na cor certa. As batatas ficaram amarelas e o frikandel (tipo de salsicha holandesa) ficou marrom”, lembrou a filha.
Fred ainda construiu mais dois protótipos antes de apresentar a vers?o final para a Philips. O anúncio oficial do produto aconteceu somente em 2010, na feira IFA, em Berlim, evento onde as marcas de eletr?nicos exp?em suas novidades.
2 de 2 A airfryer original da Philips, apresentada na IFA Berlin 2010. — Foto: Henrique Martin/Arquivo pessoal
Meses depois, a Philips fechou um acordo para produ??o em escala e adquiriu a patente.
“Seria de se imaginar que ele teria se tornado um milionário. Isso n?o aconteceu”, disse Suus à BBC.
“Na maioria das vezes, os inventores n?o ganham tanto dinheiro quanto as pessoas que vendem suas inven??es. Mas ele ganhou um bom dinheiro, nós pagamos nossas dívidas e fomos em ótimas viagens”, contou Suus. Fred faleceu em 2022, aos 60 anos, vítima de cancer.
Um luxo com cara de Europa
A airfryer chegou ao Brasil em 2011, um ano depois de sua introdu??o na Europa. Por aqui, a novidade era difícil de explicar – e o valor, R$ 1.100, elevado para o consumidor local.
“Era totalmente de luxo. Era um eletrodoméstico bem caro. Se eu pegasse o liquidificador mais caro que a gente tinha no portfólio, a airfryer ia ser 4 ou 5 vezes mais cara”, conta Luciana Bulau, diretora de marketing da Philips na época.
A solu??o da empresa foi apostar na Polishop, conhecida por vender produtos inovadores e importados.
Deixar o nome do produto sem tradu??o foi, inclusive, uma decis?o conjunta entre as duas marcas.
“Trouxemos exclusividade pra Polishop, para testar o mercado, e eles mesmo falaram: vamos manter airfryer. Porque o consumidor brasileiro gosta dessas coisas mais com cara de ‘veio da Europa’”, explica Bulau.
“A tradu??o ia ficar péssima, porque ficaria ‘fritadeira a ar’. E ‘fritadeira’, no Brasil, já tinha um sentido mais pejorativo, remetia a fritura a óleo”, lembra Bulau.
Mesmo com o nome estrangeiro, o sucesso da airfryer no Brasil superou as previs?es. “Ninguém esperava, na época e com esse valor, que virasse um fen?meno”, conta Luciana Bulau.
“Vendeu muito. A gente n?o dava conta de trazer mais aparelhos para o país. O Brasil virou um caso de referência de ado??o da airfryer muito rapidamente”, diz ela.
Suspeitas sobre a seguran?a
Apesar do sucesso e da fama de ser saudável, a airfryer também enfrentou desconfian?a do público. Até hoje, boatos compartilhados nas redes sociais sugerem, sem comprova??o, que o aparelho poderia liberar metais pesados e substancias tóxicas.
Em um caso desmentido pelo Fato ou Fake, em 2025, uma mulher alega que o eletrodoméstico pode "soltar vapores tóxicos" e fazer com que uma batata cause "picos de insulina" no corpo.
No entanto, segundo a reportagem, n?o há nenhuma evidência científica de que airfryers vendidas no Brasil emitam substancias perigosas durante o uso.
A reportagem ainda destaca que todos os aparelhos legalmente comercializados passam por testes de seguran?a e desempenho conduzidos pelo Inmetro, justamente para avaliar se há qualquer tipo de risco químico ou físico.
Além disso, o g1 consultou professores e engenheiros especializados em ciência dos materiais, que refor?aram que os componentes utilizados nas fritadeiras — como o revestimento antiaderente e as pe?as metálicas — s?o estáveis nas temperaturas usuais de cozimento e n?o liberam toxinas ao entrar em contato com os alimentos.
Abaixo, veja alguns modelos modernos de airfryer. Eles custavam de R$ 320 a R$ 650, quando consultados nos principais sites de venda da internet, em julho.
Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo n?o possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclama??es em rela??o ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega dever?o ser direcionados diretamente ao lojista responsável.
NEWSLETTER GRATUITA
ASMR How whispering took over the internet.txt
GRáFICOS
BBC Audio Test Match Special No Balls The Grade Cricketer come to play.txt
Navegue por temas