Os números que levaram OMS a decretar fim da emergência global de covid-19
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h31)1 de 4 Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, declarou o fim da emergência global relaciona
Os números que levaram OMS a decretar fim da emergência global de covid-19
1 de 4 Tedros Adhanom Ghebreyesus,úmerosquelevaramOMSadecretarfimdaemergêg1 mega sena diretor da OMS, declarou o fim da emergência global relacionada à covid — Foto: REUTERS
A Organiza??o Mundial da Saúde (OMS) acaba de anunciar o fim da emergência de saúde pública global relacionada à covid-19.
Durante uma coletiva de imprensa, o biólogo etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, anunciou que resolveu acatar as orienta??es de um comitê criado para analisar a situa??o da doen?a causada pelo coronavírus.
"Há 1.221 dias, a OMS ficou sabendo de um aumento de casos de pneumonia em Wuhan, na China. No dia 30 de janeiro de 2020, [...] eu declarei que estávamos numa emergência de saúde pública de importancia internacional, o mais alto nível de alarme", contextualizou ele.
"Em três anos, a covid-19 virou nosso mundo de cabe?a para baixo. Quase 7 milh?es de mortes foram registradas, mas nós sabemos que esse número é bem maior e chega pelo menos a 20 milh?es de óbitos."
Na sequência, Ghebreyesus explicou que, nos últimos 12 meses, a pandemia entrou numa "tendência de queda", gra?as "ao aumento da imunidade populacional por meio da vacina??o e das infec??es".
Ainda segundo o diretor-geral da OMS, essas estatísticas s?o analisadas de perto por um comitê de emergência da entidade. O órg?o decidiu, ent?o, "que era hora de diminuir o nível de alerta".
Mas que dados s?o esses? E o que eles indicam sobre as tendências recentes da covid-19?
Todas as semanas, a OMS divulga um relatório sobre a doen?a, com os números de casos, hospitaliza??es e mortes por regi?o do global. O mais recente desses documentos foi publicado na quinta-feira (4/5).
O primeiro gráfico mostra que os registros de casos e mortes por covid-19 têm se mantido relativamente estáveis desde abril de 2022.
A única exce??o na série aparece em dezembro do ano passado, devido à grande onda que acometeu a China e alguns outros países asiáticos — representada na coluna rosa em 12 de dezembro no gráfico a seguir.
2 de 4 — Foto: OMS/DIVULGA??O
Quando olhamos a situa??o das Américas, a tendência de estabilidade (ou até de queda) se mantém.
A última grande onda de casos e mortes por covid-19 na regi?o aconteceu entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 — e esteve relacionada ao espalhamento da variante ?micron do coronavírus.
Desde ent?o, os números até aumentaram ligeiramente entre maio e julho de 2022, mas voltaram a cair logo na sequência.
A situa??o é similar nas demais regi?es do planeta, com pequenas varia??es locais.
3 de 4 — Foto: OMS/DIVULGA??O
O cenário de estabilidade se repete, mais uma vez, nos trechos do relatório da OMS que analisam as interna??es ou a necessidade de colocar o paciente com covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Esses números ficaram cada vez menores e est?o no menor patamar desde que a doen?a virou uma emergência global.
No gráfico a seguir, a primeira parte reflete as hospitaliza??es, e a segunda foca especificamente nas interna??es em UTI.
4 de 4 — Foto: OMS/DIVULGA??O
Especificamente sobre as novas vers?es do coronavírus, a OMS n?o declarou nenhuma nova linhagem do patógeno como "variante de preocupa??o" desde a ?micron, em novembro de 2021.
No entanto, uma série de derivadas da ?micron s?o acompanhadas de perto pelas autoridades e ganharam a classifica??o de "variantes de interesse". é o caso da XBB.1.5 e da XBB.1.16.
Há outras sete que s?o "variantes sob monitoramento": BA.2.75, CH.1.1, BQ.1, XBB, XBB.1.9.1, XBB.1.9.2 e XBF.
N?o é o fim da covid
A OMS dava mostras que mudaria o status da covid-19 há algum tempo.
Na quarta-feira (3/5), a entidade publicou um outro relatório em que discutia a necessidade de transi??o de uma resposta de emergência para um cuidado de longo prazo da doen?a.
O texto alerta que, embora os registros de casos e mortes estejam no nível mais baixo desde o início da pandemia, milh?es de pessoas ainda se infectam e morrem todas as semanas por causa do coronavírus.
E, mesmo no anúncio sobre o fim da emergência global de covid-19, Ghebreyesus deixou claro que a doen?a continuará a ser um problema de saúde pública.
"Esse vírus chegou para ficar. Ele ainda está matando e continua a sofrer muta??es. O risco segue, pois novas variantes podem surgir e causar novas ondas de casos e mortes", alertou o diretor-geral.
"A pior coisa que qualquer país pode fazer agora é usar essa notícia como uma raz?o para baixar a guarda, desmantelar os sistemas que foram construídos ou falar às pessoas que a covid-19 n?o gera mais preocupa??es", continuou.
"O que nosso anúncio significa é que as na??es devem fazer uma transi??o do 'modo emergência' para lidar com a covid-19 junto com as demais doen?as infecciosas."
Por fim, Ghebreyesus declarou que esse é um "momento de celebra??o, pois chegamos aqui gra?as às habilidades e à dedica??o dos profissionais de saúde, da inova??o dos pesquisadores de vacinas, das duras decis?es tomadas por governos e pelos sacrifícios que todos fizemos como indivíduos, famílias e comunidades".
"Mas, por outro lado, esse é um momento de reflex?o. A covid-19 deixou — e continua a deixar — cicatrizes profundas no nosso mundo", disse ele.
"E essas cicatrizes precisam servir como um lembrete permanente do potencial de novos vírus surgirem, com consequências devastadoras", concluiu o diretor-geral da OMS.
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