Padr?o Global da Indústria para a Gest?o de Rejeitos (GISTM): até 2025, todas as barragens de rejeitos da Vale estar?o aderentes
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 12h02)1 de 4 Antes e depois da barragem 8B, em Nova Lima (MG), que foi a primeira a ser descaracteriza
Padr?o Global da Indústria para a Gest?o de Rejeitos (GISTM): até 2025, todas as barragens de rejeitos da Vale estar?o aderentes
1 de 4 Antes e depois da barragem 8B,?oGlobaldaIndústriaparaaGest?odeRejeitosGISTMatétodasasbarragensderejeitosdaValeestar? em Nova Lima (MG), que foi a primeira a ser descaracterizada. — Foto: Divulga??o
A Vale assumiu o compromisso formal de adequar todas as suas 48 barragens de rejeitos (incluindo diques e empilhamentos drenados) nos negócios de Ferrosos e Metais Básicos no Brasil e no resto do mundo ao Padr?o Global da Indústria para a Gest?o de Rejeitos (GISTM, em inglês) até 2025. Neste mesmo ano, a empresa tem o objetivo de n?o ter mais barragens em nível de emergência 3 no Brasil.
Na prática, uma barragem de rejeitos completamente aderente ao GISTM significa que a estrutura teve sua fiscaliza??o, monitoramento e a transparência das informa??es relativas a ela aprimorados. Além disso, a estrutura também passa a receber a avalia??o contínua de auditorias e inspe??es realizadas de forma independente. O objetivo principal do GISTM é garantir dano zero às pessoas ou ao meio ambiente em torno da barragem durante todo seu ciclo de vida, do projeto até seu fechamento.
O GISTM foi criado em 2020, a partir de uma iniciativa do Programa das Na??es Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) e do Conselho Internacional de Minera??o e Metais (ICMM, em inglês), estabelecendo um novo marco para a seguran?a das barragens como o primeiro padr?o global do setor. O Padr?o classifica as barragens de rejeitos de acordo com o potencial de danos às pessoas e ao meio ambiente em caso de ruptura, a exemplo do que também faz a Política Nacional de Seguran?a de Barragens (PNSB).
As rigorosas práticas internacionais do GISTM envolvem 77 requisitos relacionados à gest?o de barragens de rejeitos em todo o ciclo de vida da estrutura, desde o projeto até o seu fechamento. Nele, há previs?o de a??es em áreas como: envolvimento das comunidades afetadas, direitos humanos, engenharia, governan?a, revis?es técnicas, prepara??o para emergências e divulga??o pública de dados sobre a seguran?a das barragens.
A ado??o do GISTM faz parte de uma profunda transforma??o na gest?o de barragens da Vale desde o rompimento da barragem em Brumadinho. Além disso, de 2019 para cá, uma das principais a??es para evitar novas rupturas é a elimina??o das barragens a montante. Já foram investidos R$ 5 bilh?es no Programa de Descaracteriza??o da mineradora. Das 30 estruturas que usam o método de constru??o com alteamentos a montante, nove já foram eliminadas (seis em Minas Gerais e três no Pará). Até o fim deste ano, mais três barragens têm conclus?o prevista, quando a empresa completará 40% do seu Programa ou 12 de 30 estruturas completamente descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente.
Monitoramento por 24h e tecnologia aliada à seguran?a
A complexidade das obras que envolvem a elimina??o das estruturas, levando em conta as características de cada uma e do material depositado em seus reservatórios, tem apoio da tecnologia. No caso das barragens em nível crítico, a solu??o foi trabalhar com equipamentos n?o tripulados, retirando os trabalhadores das áreas de risco.
Foram investidos cerca de R$ 82 milh?es para desenvolver, junto a fornecedores, a tecnologia de opera??o remota. E é do Centro de Opera??es Remotas, na capital mineira, que os trabalhadores operam equipamentos - como tratores, escavadeiras e caminh?es - com uma vis?o total da área e dos comandos das máquinas.
"é um trabalho pioneiro no mundo. E n?o servirá apenas para descaracteriza??o de barragens. No futuro, poderemos usar essa tecnologia para outras atividades na opera??o, afastando riscos, reduzindo impactos e aumentando a seguran?a", afirma o gerente Executivo de Engenharia de Barragens da Vale, Frank Pereira.
A tecnologia de opera??o remota já está em uso integralmente nas atividades de remo??o dos rejeitos da barragem B3/B4, na Mina Mar Azul, em Nova Lima (MG), atualmente em nível de emergência 3. A estrutura já teve cerca de 40% dos rejeitos retirados e a meta é alcan?ar 50% até o final deste ano. A solu??o está sendo expandida para as opera??es de descaracteriza??o das outras duas barragens da empresa nas mesmas condi??es: a Sul Superior, em Bar?o de Cocais (MG); e a Forquilhas III, em Itabirito (MG).
2 de 4 Equipamentos s?o operados remotamente no Centro de Opera??es Remotas — Foto: Divulga??o
A tecnologia também é uma das grandes aliadas para o monitoramento das barragens da Vale. Hoje, a companhia conta com três modernos Centros de Monitoramento Geotécnico no Brasil, com atua??o de 24 horas por dia, 7 dias por semana, para acompanhamento contínuo das estruturas. Além disso, o Sistema de Gest?o de Rejeitos e Barragens (TDMS) da empresa prevê práticas de melhorias contínuas, além do acompanhamento externo permanente das condi??es de cada barramento e da realiza??o do monitoramento por equipes operacionais com profissionais experientes em comportamento de rejeitos de minera??o.
Um futuro com solu??es sustentáveis
Buscar saídas para que haja, no futuro, a redu??o da necessidade de barragens é uma das apostas da Vale. O processamento a seco do minério de ferro, sem uso de água e sem a gera??o de rejeitos, vem crescendo nas opera??es da empresa. Em 2021, o beneficiamento a umidade natural, método que dispensa o uso de água na concentra??o do minério e n?o tem impacto em barragens, representou 70% da produ??o da Vale no Brasil.
A empresa também vem ampliando o empilhamento dos rejeitos em estado sólido, reduzindo a disposi??o em barragens. Foram instaladas quatro plantas de filtragem de rejeitos em opera??es de Minas Gerais, com investimentos de R$ 6,2 bilh?es entre 2019 e 2022.
Outra solu??o é reaproveitar parte do rejeito que seria descartado em barragens na produ??o de Areia Sustentável, que vai para a constru??o civil, pavimenta??o de ruas e estradas e fabrica??o de blocos. “Essa estratégia de desenvolvimento de coprodutos, a partir do tratamento do rejeito, incentiva a economia circular dentro das nossas opera??es e a perspectiva é que essa tendência ocupe um espa?o importante da nossa agenda no futuro”, complementa André Vilhena, gerente de Novos Negócios da Vale.
Na mina Viga, em Congonhas (MG), esse processo já está em escala industrial e tem capacidade para processar 200 mil toneladas do insumo por ano. Em S?o Gon?alo do Rio Abaixo (MG), a mina Brucutu processou 250 mil toneladas do material no ano passado. Em 2022, a Vale projeta fabricar 1 milh?o de toneladas de Areia Sustentável e, em 2023, dobrar o volume. Cada tonelada de areia representa uma tonelada a menos de rejeito sendo disposta em pilhas ou barragens.
3 de 4 Obtida no tratamento dos rejeitos de minério de ferro das opera??es na mina Viga, a areia sustentável pode substituir a areia natural extraída de leitos de rios — Foto: Divulga??o
Há, ainda, outro caminho sustentável para o rejeito. Desde 2020, a Fábrica de Blocos instalada na mina do Pico, no município de Itabirito (MG), operada exclusivamente por mulheres, faz blocos e pisos para a constru??o civil, usando como matéria-prima principal o rejeito da atividade de minera??o. A planta tem a coopera??o técnica do Centro Federal de Educa??o Tecnológica (CEFET-MG) para o desenvolvimento dos produtos.
4 de 4 Na Fábrica de Blocos, a opera??o é 100% feminina. — Foto: Divulga??o
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