Dólar recua e fecha em R$ 5,47, com tens?o Brasil-EUA e ata do Fed no radar; bolsa sobe
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h54)O dólar fechou a sess?o desta quarta-feira (20) em queda de 0,48%, cotado em R$ 5,4729. Já o Ibovesp
Dólar recua e fecha em R$ 5,47, com tens?o Brasil-EUA e ata do Fed no radar; bolsa sobe
O dólar fechou a sess?o desta quarta-feira (20) em queda de 0,ólarrecuaefechaemRcomtens?qual o valor da lotofácil de 20 números48%, cotado em R$ 5,4729. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em alta de 0,17%, aos 134.667 pontos. O avan?o do veio após o índice despencar mais de 2% na véspera.
Investidores continuaram a reagir à decis?o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que proibiu restri??es "decorrentes de atos unilaterais estrangeiros" por parte de empresas ou institui??es que atuam no Brasil — o que pode influenciar a aplica??o da Lei Magnitsky no país.
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A decis?o é importante porque pode piorar a rela??o do Brasil com os Estados Unidos e interferir nas tentativas de negocia??o do governo brasileiro sobre as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. (Entenda mais abaixo)
?? O cenário tem aumentado o sentimento de cautela entre investidores, e analistas já avaliam que o clima de tens?o deve perdurar ao longo desta semana. A maior percep??o de risco trouxe uma valoriza??o do dólar na véspera e a forte queda das a??es do setor bancário, que resultou em uma perda de R$ 41,9 bilh?es em valor de mercado ao setor.
Decis?o de Dino: entenda as dúvidas geradas e como bancos podem ser afetados
Hoje, a maioria dos papéis do segmento financeiro fecharam em alta, recuperando parte das perdas de ontem. (Veja mais abaixo)
?? Em meio às tens?es entre o STF e os EUA, e com o tarifa?o como pano de fundo, a desaprova??o do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu, embora ainda represente 51% da popula??o. Já a aprova??o subiu três pontos percentuais, chegando a 46%.
A pesquisa também indicou que 55% dos brasileiros consideram que tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto o seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) est?o agindo mal diante do tarifa?o de Trump.
?? Na agenda econ?mica doméstica, o Banco Central (BC) divulgou o fluxo cambial semanal, que mostra a entrada e saída de dólares no país. Em agosto, até o dia 15, o Brasil registrou um total positivo de US$ 149 milh?es (R$ 815,4 milh?es).
?? Já nos EUA, os investidores acompanharam a divulga??o da ata do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, sobre a última reuni?o de política monetária.
O documento indicou que quase todos os participantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) consideraram apropriado manter os juros inalterados, indicando que levaria tempo para ter mais clareza sobre a magnitude e a persistência dos efeitos das tarifas de Trump sobre a infla??o norte-americana.
O mercado busca sinais sobre os próximos passos do Fed, que podem refor?ar ou frustrar as expectativas de corte de juros na reuni?o de setembro.
?? Ainda sobre os juros nos EUA, come?a nesta quarta-feira o Simpósio de Jackson Hole, evento que reúne banqueiros centrais de diversos países. Na sexta-feira, está previsto o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
??Dólar
Acumulado da semana:+1,38%;Acumulado do mês: -2,28%; Acumulado do ano: -11,44%.
??Ibovespa
Acumulado da semana: -1,23%;Acumulado do mês: +1,20%; Acumulado do ano: +11,96%.
Decis?o de Dino afeta bancos
A decis?o de Dino proferida no início da semana continua a pesar nas a??es do setor financeiro. Isso porque além de indicar que leis e determina??es de outros países n?o têm validade automática no Brasil por uma quest?o de soberania nacional, o ministro também proibiu institui??es financeiras brasileiras de atender ordens de tribunais estrangeiros sem autoriza??o expressa do STF.
A decis?o bate de frente com a imposi??o da Lei Magnitsky por parte do governo dos EUA e levanta dúvidas sobre os eventuais impactos para bancos e empresas que operam no Brasil e no exterior.
Com isso, os bancos sofreram uma forte queda no preg?o de ontem, puxando o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, para baixo. No preg?o de hoje, a maioria dos papéis de bancos fechou em alta, aliviando parte das perdas. Veja abaixo:
Banco do Brasil (BBAS3): +0,51%Bradesco (BBDC4): +0,13%;BTG (BPAC11): -1,15%Itaú (ITUB4): +0,17%Santander (SANB11): +2,08%
Nesta quarta-feira, em entrevista à agência de notícias Reuters, o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que tribunais brasileiros podem punir institui??es financeiras nacionais que bloquearem ou confiscarem ativos domésticos em resposta às ordens norte-americanas.
O ministro reconheceu que a atua??o da Justi?a dos EUA em rela??o aos bancos brasileiros que têm opera??es nos Estados Unidos "é da aplica??o da lei norte-americana".
"Agora, da mesma forma, se os bancos resolverem aplicar a lei internamente, eles n?o podem. E aí eles podem ser penalizados internamente", disse à Reuters.
A san??o com a Lei Magnitsky foi imposta a Moraes em julho pelo governo de Donald Trump, bloqueando todos os eventuais bens do ministro nos EUA, assim como qualquer empresa que esteja ligada a ele. Moraes também n?o pode realizar transa??es com cidad?os e empresas norte-americanas — usando cart?es de crédito de bandeiras do país, por exemplo.
Aprova??o do governo Lula sobe
A aprova??o do governo Lula (PT) subiu três pontos e chegou a 46%, segundo pesquisa Quaest divulgada hoje. Já a desaprova??o oscilou dois pontos para baixo, mas ainda representa 51% da popula??o.
Veja os números:
Aprova: 46% (eram 43% na pesquisa de julho);Desaprova: 51% (eram 53%);N?o sabe/n?o respondeu: 3% (eram 4%).
A diferen?a entre aprova??o e desaprova??o é a menor desde janeiro de 2025, quando havia empate técnico: 49% desaprovavam o governo Lula, enquanto 47%, aprovavam naquele mês.
Fluxo cambial
Em meio à avers?o ao risco dos investidores, durante a tarde o BC divulgou os dados semanais do fluxo cambial.
Em agosto até o dia 15, houve um total positivo de US$ 149 milh?es, em movimento puxado pela via financeira.
Pelo canal financeiro, contabilizou-se entradas líquidas de US$ 687 milh?es. Por este canal s?o realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras opera??es.
Já pelo canal comercial, o saldo foi negativo em US$ 538 milh?es.
Olhando para a semana passada, de 11 a 15 de agosto, o fluxo total foi positivo em US$ 31 milh?es. No acumulado do ano, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$ 14,692 bilh?es
Ata do Fed
Os dois membros do Federal Reserve que discordaram da decis?o do banco central dos Estados Unidos de deixar a taxa de juros inalterada no mês passado pareceram isolados em seu apoio à redu??o dos juros já naquele encontro, segundo a ata da reuni?o divulgada hoje.
"Quase todos os participantes consideraram apropriado manter a faixa da taxa de juros entre 4,25% e 4,50% nesta reuni?o", diz a ata do encontro de 29 e 30 de julho
Os diretores Michelle Bowman e Christopher Waller votaram contra a decis?o de deixar os juros inalterados, favorecendo, em vez disso, uma redu??o de 0,25 ponto percentual para proteger a economia de um enfraquecimento ainda maior do mercado de trabalho. Foi a primeira vez desde 1993 que mais de um diretor discordou de uma decis?o de política monetária.
Dados divulgados logo após o encontro refor?aram os alertas desses membros, ao mostrar uma cria??o de empregos abaixo do esperado, aumento do desemprego e queda na participa??o da for?a de trabalho — além de uma revis?o que eliminou mais de 250 mil vagas antes contabilizadas.
No entanto, os dados desde ent?o têm fornecido muni??o para o grupo mais preocupado com o risco de que o agressivo regime tarifário de Trump reacenda a infla??o.
A redu??o dos juros nos EUA é uma pauta frequentemente defendida por Trump. O republicano já chegou a xingar o atual presidente da institui??o, Jerome Powell, reiterando que o banqueiro central está atrasado na condu??o da política monetária norte-americana.
Em um novo capítulo, nesta quarta-feira, o republicano pediu que a diretora do Fed, Lisa Cook, renuncie, intensificando seus esfor?os para ganhar influência sobre o Fed — agora, com base em alega??es feitas por um de seus aliados sobre as finan?as pessoais da executiva.
"Cook deve renunciar, agora!!!", escreveu Trump em suas redes sociais.
Bolsas globais
Os principais índices de Wall Street operam em queda, com o Nasdaq atingindo o menor nível em duas semanas. A press?o sobre as a??es de tecnologia, que vinham liderando a recupera??o do mercado desde abril, reflete a cautela dos investidores diante do simpósio do Federal Reserve em Jackson Hole.
Com isso, na abertura dos mercados, o Dow Jones perdia 0,04%, o S&P 500 caía 0,62% e o Nasdaq recuava 1,28%.
Já os mercados europeus apresentam desempenho misto, refletindo a recente queda das a??es de tecnologia nos EUA. Embora n?o haja um motivo específico para o movimento, analistas apontam fatores como o aumento da influência do presidente Donald Trump sobre o setor e um cenário global de maior cautela.
Entre os principais índices, o STOXX 600 registra leve alta de 0,14%, enquanto o DAX da Alemanha recua 0,38%. O FTSE 100 do Reino Unido sobe 0,27%, o CAC 40 da Fran?a avan?a 0,02% e o FTSE MIB da Itália apresenta queda de 0,20%.
Na ásia, as a??es da China subiram para o nível mais alto desde 2015, impulsionadas pela migra??o de fundos para o mercado acionário, em meio à redu??o das tens?es comerciais e à atua??o de Pequim contra a concorrência excessiva
O índice de Xangai avan?ou 1,04%, encerrando o dia em 3.766 pontos, enquanto o CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve alta de 1,14%, a 4.271 pontos. O índice Hang Seng, referência de Hong Kong, subiu 0,17%, a 25.165 pontos.
Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 1,51%, a 42.888 pontos. Em Seul, o Kospi caiu 0,68%, a 3.130 pontos, e em Taiwan, o Taiex teve baixa de 2,99%, a 23.625 pontos. Já em Cingapura, o Straits Times se valorizou 0,08%, a 4.219 pontos, e em Sydney, o S&P/ASX 200 avan?ou 0,25%, a 8.918 pontos.
1 de 1 Cota??o do dólar mostra menor confian?a na economia brasileira devido a gastos e dívidas do governo — Foto: Jornal Nacional/ Reprodu??o
*Com informa??es da agência de notícias Reuters
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