Produ??o de óleos essenciais com rejeitos vira solu??o natural para combate a pragas nas lavouras
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14 Sep 2025(atualizado 14/09/2025 às 09h04)Pesquisadores do Ifes, em Alegre, no Sul do Espírito Santo, têm alcan?ado avan?os significativos no
Produ??o de óleos essenciais com rejeitos vira solu??o natural para combate a pragas nas lavouras
Pesquisadores do ??odeóleosessenciaiscomrejeitosvirasolu??loteria itatiaiaIfes, em Alegre, no Sul do Espírito Santo, têm alcan?ado avan?os significativos no uso de óleos essenciais, como os de gengibre e pimenta-rosa, para o controle de pragas e doen?as nas planta??es da regi?o.
O projeto come?ou em 2016 e tem como objetivo desenvolver alternativas naturais para o combate a pragas, sem os impactos ambientais e à saúde dos produtores causados por produtos químicos convencionais.
A ideia inicial era utilizar os rejeitos da produ??o de gengibre e pimenta-rosa. A partir daí, também foram escolhidos outros dois cultivos agrícolas importantes para a economia capixaba para a realiza??o de mais testes: banana e mam?o.
Pesquisadores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Alegre, no Sul do Espírito Santo, têm alcan?ado avan?os significativos no uso de óleos essenciais, como os de gengibre e pimenta-rosa, para o controle de pragas e doen?as nas planta??es da regi?o. O produto é extraído dos rejeitos desses cultivares, de espécimes que seriam descartados.
O projeto come?ou em 2016 e tem como objetivo desenvolver alternativas naturais para o combate a pragas, sem os impactos ambientais e à saúde dos produtores causados por produtos químicos convencionais.
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1 de 5 Pesquisadores encontram na produ??o de óleos essenciais uma solu??o natural para o combate a pragas no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
A ideia inicial era utilizar os rejeitos da produ??o de gengibre e pimenta-rosa. A partir daí, também foram escolhidos outros dois cultivos agrícolas importantes para a economia capixaba para a realiza??o de mais testes: banana e mam?o. Hoje, a pesquisa já expandiu para produtos como o morango.
O professor de Química e responsável pelo projeto, Luciano Menini, explicou que a extra??o dos óleos essenciais desses produtos pode gerar bioinseticidas e fungicidas eficientes, com a vantagem de serem compostos naturais.
“Os produtores tinham uma demanda para utilizar os rejeitos da produ??o, que s?o materiais que n?o s?o utilizados para exporta??o. Ent?o, com essa demanda, come?amos a trabalhar com a produ??o do óleo essencial, tanto de pimenta-rosa quanto de gengibre”, explica Menini.
Controle de doen?as e aumento da vida útil da banana
2 de 5 Pesquisadores encontram na produ??o de óleos essenciais uma solu??o natural para o combate a pragas no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
Após a extra??o do óleo, o próximo passo é analisar sua composi??o química e concentra??o. O óleo é misturado com água para criar uma emuls?o, que é testada em laboratório para verificar sua eficácia como fungicida e bioinseticida.
O uso de óleos essenciais tem mostrado resultados promissores no controle de fungos, como o Chloridium musae, que causa manchas marrons em bananas.
A mestre em agroecologia e integrante da pesquisa, Maria Alice Brand?o, explicou que, ao realizar os testes com o óleo de gengibre, foi possível observar uma significativa diferen?a nos resultados.
"Após 48 horas de aplica??o, a banana tratada com o óleo n?o apresentou o desenvolvimento do fungo, enquanto a outra, sem aplica??o, foi bastante afetada pela doen?a", afirmou.
3 de 5 Pesquisadores encontram na produ??o de óleos essenciais uma solu??o natural para o combate a pragas no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
O professor Luciano explicou que, além dos testes em laboratório demonstrarem bons resultados no controle de doen?as, a banana que recebe o extrato apresenta até dez dias de aumento na vida útil de prateleira.
Os resultados iniciais s?o animadores também para o mam?o.
"No caso do mam?o, os testes em laboratório in vitro apresentaram bons resultados. Já no caso da banana, foram feitos testes in vitro e in vivo com resultados excelentes", apontou.
Controle também de ácaros
4 de 5 Pesquisadores encontram na produ??o de óleos essenciais uma solu??o natural para o combate a pragas no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
Outro foco importante da pesquisa é o controle biológico de ácaros, praga que destrói culturas, como a do morango. Os pesquisadores est?o testando a eficácia dos óleos de gengibre e pimenta-rosa na redu??o da popula??o de ácaros rajados.
O professor de entomologia, Vitor Dias Pironavi, destacou a seguran?a desses produtos para o agricultor.
“A toxicidade desses óleos é muito baixa para os seres humanos, já se encontram nos nossos alimentos, o que torna esses produtos uma op??o segura para os produtores”, ressaltou Vitor.
A pesquisa do Ifes é uma das muitas iniciativas que buscam alternativas mais sustentáveis e eficazes para o agronegócio, promovendo a saúde das planta??es, dos produtores e do meio ambiente.
Com os resultados positivos obtidos até agora, a expectativa é que os óleos essenciais se tornem uma solu??o acessível e eficiente para os agricultores da regi?o, com o potencial de ser expandida ainda mais para outros estados e cultivos.
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Produ??o no ES
5 de 5 Pesquisadores encontram na produ??o de óleos essenciais uma solu??o natural para o combate a pragas no Espírito Santo. — Foto: TV Gazeta
De acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extens?o Rural (Incaper), no Espírito Santo s?o colhidas aproximadamente 4 mil toneladas de pimenta-rosa, das quais, após beneficiamento, 1,2 mil tonelada s?o comercializadas e exportadas anualmente.
Tanto o seu cultivo como o extrativismo e a extra??o do óleo essencial para a produ??o de diversos produtos geram renda e bem-estar social para os integrantes da cadeia produtiva, especialmente para produtores rurais e extrativistas.
Já em rela??o ao gengibre, a produ??o estadual se concentra em oito municípios capixabas, sendo os três mais significativos Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina e Domingos Martins.
Em 2022, a cultura atingiu a entrada em 41 países, com um volume total de 19,5 mil toneladas.
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