Bitcoins: os jovens irm?os acusados de um dos maiores golpes com a criptomoeda da história
zjxy
15 Sep 2025(atualizado 15/09/2025 às 09h36)1 de 2 Criptografia em torno das negocia??es de bitcoin torna quase impossível rastrear o caminh
Bitcoins: os jovens irm?os acusados de um dos maiores golpes com a criptomoeda da história
1 de 2 Criptografia em torno das negocia??es de bitcoin torna quase impossível rastrear o caminho do ?osacusadosdeumdosmaioresgolpescomacriptomoedadahistó3 numero da mega sena ganhadinheiro — Foto: Getty Images via BBC
Contas de clientes vazias, até US$ 3,6 bilh?es (quase R$ 18 bilh?es) desaparecidos e dois jovens na mira.
Ameer e Raees Cajee, de 18 e 20 anos respectivamente, come?aram a operar em 2019 a plataforma de criptomoedas Africrypt, fundada por ambos na áfrica do Sul.
Segundo denúncia apresentada à polícia por advogados de um grupo de investidores, centenas de usuários deixaram de ter acesso a suas contas nas mesmas semanas em que o bitcoin atingiu sua máxima histórica, em abril de 2021.
A moeda virtual mais famosa do mundo chegou a valer US$ 63.226 por unidade.
Opera??o da PF mira grupo suspeito de desviar R$ 1,5 bilh?o em negocia??es de criptomoeda, em CuritibaQuem é quem na 'guerra' das criptomoedas (e como isso pode te afetar)Bitcoin: entenda o que é e os riscos de investir
Naquele mês, o diretor de opera??es da Africrypt, Ameer Cajee, o mais velho dos irm?os, informou aos clientes que a empresa havia sido vítima de um ciberataque e que por isso a plataforma havia suspendido as opera??es.
“Nosso sistema, as contas dos clientes, suas carteiras e nossos registros foram comprometidos”, afirmou em um email.
69 mil bitcoins desaparecidos?
No mesmo email, Ameer Cajee aconselhava os investidores a n?o buscarem as “vias legais”, já que isso “só atrasaria o processo de recupera??o dos fundos faltantes”.
Depois do envio dessa mensagem, em 13 de abril, os irm?os desapareceram por alguns dias.
O advogado John Oosthuizen, que representa a dupla, afirmou à BBC que os fundadores da Africrypt negam categoricamente qualquer participa??o no “furto” ou que tenham fugido com os recursos. “N?o há qualquer base para essa acusa??o.” Ambos “sustentam que a plataforma foi hackeada e que foram vítimas de um furto”.
Oosthuizen afirma ainda que os dois irm?os n?o procuraram a polícia depois do sumi?o das criptomoedas e que, por terem recebido amea?as de morte, a primeira rea??o deles foi garantir a seguran?a de seus familiares e preparar um dossiê para provar o ocorrido às autoridades (algo que n?o foi entregue até hoje à polícia).
O advogado dos irm?os se recusou a confirmar quantos bitcoins sumiram. Mas a denúncia de clientes enviada à unidade de elite da polícia da áfrica do Sul, conhecida como Hawks (Falc?es, em tradu??o livre), aponta que milhares de bitcoin “desapareceram completamente”.
O sumi?o de quase 69 mil bitcoins, que valiam no pico quase US$ 4 bilh?es, representaria a maior perda em dólares ligada a criptomoedas.
2 de 2 Cada bitcoin chegou a valer mais de R$ 360 mil no pico em abril de 2021 — Foto: Getty Images via BBC
Seguindo o rastro
A investiga??o encomendada pelo escritório de advocacia de clientes afetados revelou que os fundos da plataforma foram transferidos para contas e carteiras na própria áfrica do Sul.
Mas depois o rastro das criptomoedas se perde porque "diversos nós da dark web e ferramentas de criptografia foram usados ??na opera??o", afirmam os advogados.
Isso se refere a tecnologias que podem tornar quase impossível o rastreamento de bitcoins. Para o escritório de advocacia, a análise desse processo refuta a possibilidade de ter sido um ataque hacker.
Além disso, tudo parece indicar que "os funcionários da Africrypt perderam o acesso às plataformas de suporte ao cliente sete dias antes do suposto ataque hacker", dizem os advogados.
Esquema Ponzi?
A Autoridade do Setor Financeiro da áfrica do Sul (FSCA) disse em nota à imprensa no fim de junho que os ativos criptografados n?o s?o regulamentados na áfrica do Sul "e, consequentemente, o FSCA n?o está em posi??o de tomar qualquer a??o regulamentar."
E é que, como acontece em muitos outros países, as autoridades financeiras da áfrica do Sul n?o têm jurisdi??o sobre esse tipo de golpe, uma vez que as criptomoedas n?o s?o legalmente reconhecidas como produtos financeiros.
O comunicado de imprensa disse que Africrypt "estava oferecendo retornos excepcionalmente altos e irrealistas semelhantes aos oferecidos por esquemas de investimento ilegal comumente conhecidos como Ponzi (piramide financeira)." Em linhas gerais, isso consiste em usar dinheiro de novos investidores para pagar dividendos aos mais antigos.
A BBC perguntou à polícia sul-africana se havia uma investiga??o em curso, mas a institui??o n?o havia respondido até o momento da publica??o desta reportagem.
Segundo grande fiasco na áfrica do Sul
Em seu site agora fora do ar, Africrypt se descrevia como "uma empresa de investimento focada exclusivamente em criptomoeda e tecnologia de blockchain."
A empresa dizia aos investidores que, em apenas alguns anos, passou de uma plataforma gerenciada por uma única pessoa trabalhando em seu quarto para "uma das maiores e mais bem-sucedidas empresas de comércio e inteligência artificial da áfrica".
A agência de notícias financeiras Bloomberg lembrou que o "fiasco" com Africrypt ocorreu pouco tempo depois do colapso, no ano passado, de outra plataforma de bitcoin sul-africana, aMirror Trading International.
Até 23 mil moedas digitais foram ent?o comprometidas, a pre?os em torno de US$ 1,2 bilh?o (R$ 6 bilh?es), de acordo com um relatório da Chainalysis.
As perdas dos investidores da Africrypt podem ser até três vezes maiores.
NEWSLETTER GRATUITA
Márcio Velho da Silva explica o que é gest?o de resíduos sólidos e por que você deveria se importar Saftec Digital Valor Econ?mico.txt
GRáFICOS
MasterChef_-_BBC_News.txt
Navegue por temas