The Town 2023: O que deu certo e o que deu errado na estreia do festival em S?o Paulo?
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h33)Festival durou cinco dias, divididos em duas semanas, com cerca de 500 mil ingressos vendidos.Palco
The Town 2023: O que deu certo e o que deu errado na estreia do festival em S?o Paulo?
Festival durou cinco dias,jogo sexta feira treze divididos em duas semanas, com cerca de 500 mil ingressos vendidos.
Palco The One, que teve parcerias nacionais e atra??es internacionais menores, foi considerado um dos acertos.
A potência e a qualidade do som de todos os palcos foi considerada imbatível e havia torres com caixas de som espalhadas pelo espa?o.
O palco Skyline foi criticado pela ausência de inclina??o e pelo tamanho dos tel?es.
A dificuldade de locomo??o, as filas constantes para os banheiros e os shows com pouco público foram pontos negativos.
A primeira edi??o do festival The Town terminou neste domingo (10), em S?o Paulo. Em cinco dias divididos em duas semanas de evento, cerca de 500 mil ingressos foram vendidos para a estreia do evento no Autódromo de Interlagos. Bruno Mars, Maroon 5, Post Malone e Foo Fighters foram as atra??es principais.
Abaixo, o g1 lista o que deu certo e o que deu errado na estreia do festival irm?o mais novo do Rock in Rio, que volta a acontecer em 2024. A edi??o de 2025 do The Town, por sua vez, também está confirmada. Os eventos devem acontecer uma vez a cada dois anos.
RANKING DO G1: Os melhores e os piores shows do The Town 2023... Os destaques e as decep??es do festivalVOTE NA ENQUETE: Qual foi o melhor show do The Town?
O QUE DEU CERTO
Palco The One
O palco The One apostou em parcerias entre artistas brasileiros (no mesmo modelo do palco Sunset do Rock in Rio) e em atra??es nacionais e internacionais menos conhecidas do público.
Faz parte da dinamica do Rock in Rio (e agora do The Town) a ideia de que artistas que em uma edi??o tocaram em um palco possam ser escalados para um palco diferente no festival seguinte. Mais recentemente, isso aconteceu com Ludmilla. N?o será surpresa se J?o e Ne-Yo, por exemplo, mudarem o lugar de sua apresenta??o no The Town 2025.
Além da programa??o, o palco The One teve sua parte técnica aprovada por f?s: a inclina??o melhorava a visibilidade, os tel?es tinham uma boa disposi??o e as telas menores cravejadas em toda estrutura eram charmosas e funcionais.
Som
1 de 7 J?o se apresenta no The Town 2023 — Foto: Luiz Gabriel Franco/g1
A potência e qualidade do som de todos os palcos foi imbatível. Com certeza, a press?o sonora foi o grande destaque desta edi??o do festival, quando o assunto é música. A instala??o de mais torres com caixas de som espalhadas pelo espa?o ajudou a propagar o som. Reclama??es sobre o volume dos shows foi uma constante no Rock in Rio 2022, o que pode ter explicado tamanha preocupa??o com esse quesito no The Town.
SAIBA MAIS: O que explica o volume mais baixo ou mais alto nos shows dos festivais? Veja um guia completa sobre o som em eventos
Bruno Mars duplo
Quem reclamou por ter Bruno Mars fechando duas noites do The Town teve que voltar atrás. Apenas aceite. Talvez o hitmaker havaiano tenha feito os dois melhores shows do festival: nos dias 3 e 10 de setembro. Era de se esperar um grande espetáculo vindo de Mars. N?o apenas pelos hits, mas pelas últimas apresenta??es feitas no Brasil em 2017.
O cantor provou por que é um dos melhores artistas da atualidade. Em performances milimetricamente calculadas, mostrou seus sucessos com nível altíssimo de execu??o, dan?ou cheio de gingado e brincou muito com o público em português. Fez até mesmo a plateia cantar o sucesso sertanejo "Evidências", em vers?o instrumental tocada pelo tecladista John Fossitt.
Entretenimento
2 de 7 Público curte quarto dia de The Town 2023 — Foto: Luiz Gabriel Franco/g1
Já virou clichê afirmar que o Rock in Rio e seu irm?o mais novo paulistano n?o s?o apenas um festival de música. O negócio aqui é música e muito mais: parque de divers?es, musical contando a história do Rock in Rio, sess?o exibindo um documentário sobre a história do festival, filas para ganhar brindes, pra?a de alimenta??o... é possível curtir só shows e tentar escapar dessas outras atra??es? Claro. Mas a maioria do público pareceu aprovar a diversidade de atra??es n?o t?o musicais.
O QUE DEU ERRADO
Deslocamento entre palcos
3 de 7 Público curte o show do Bar?o Vermelho no The Town 2023 — Foto: Luiz Gabriel Franco/g1
Quem vai ao Rock in Rio está acostumado a espa?os planos e a caminhadas n?o t?o grandes para curtir a maioria das atra??es e ativa??es. A organiza??o do The Town tentou (e conseguiu) manter essa característica. A ideia foi tornar o Autódromo de Interlagos mais plano e aproximar os palcos e outras áreas de lazer. Mesmo assim, o deslocamento foi um dos pontos fracos. F?s reclamaram da dificuldade de ir e vir de um espa?o para outro do evento. A distancia entre os lugares era, no geral, pequena. Mesmo assim, todos passaram por apertos e perrengues no deslocamento. Era necessário se espremer ou estudar bem o mapa do evento para andar pela Cidade da Música. Filas em ativa??es de marcas também atrapalharam a circula??o de público em vários pontos.
Roberta Medina, vice-presidente do festival, disse ao g1 que o deslocamento é o "calcanhar de Aquiles" do festival. "A gente já identificou isso e estamos trabalhando com a prefeitura nas próximas obras que est?o planejadas, agora conhecendo o parque e vendo como funciona a circula??o do público, para que isso n?o se repita, porque n?o é bom para ninguém e é desconfortável." No primeiro fim de semana, houve problema na entrada de f?s no autódromo. A circula??o de pessoas quando os port?es se abriam, no entanto, melhorou a partir do segundo fim de semana.
Palco Skyline
4 de 7 Público sentado próximo ao palco Skyline no The Town 2023 — Foto: Rafael Leal /g1
O palco Skyline recebeu muitas críticas negativas do público. A ausência de inclina??o, a altura do palco e o tamanho dos tel?es foram aspectos considerados pontos fracos do lugar onde se apresentaram as atra??es mais famosas. A disposi??o dos palcos sem tantas arquibancadas naturais (formadas pelos gramados do autódromo) e a grande quantidade de estruturas de equipamentos da equipe técnica do festival atrapalharam a vis?o dos f?s.
Filas nos banheiros
As filas para ir ao banheiro foram alvo de reclama??es de muitos f?s. Em festivais desta propor??o, é natural passar por perrengues, mas as muvucas na frente dos sanitários pareceram bem maiores do que as de eventos deste porte. Conseguir ir ao banheiro no intervalo de shows importantes ou logo depois de apresenta??es muito aguardadas costuma ser mais complicado, é claro. O problema é que a ida ao sanitário era cercada de contratempos também durante os shows.
Plateias vazias
Foram muitos os casos de shows certos nos horários e lugares errados. O soul contagiante de Leon Bridges e o indie rock carismático do Wet Leg deram azar: tocaram para plateias vazias no palco The One. Esses foram dois exemplos de shows que poderiam ter acontecido mais cedo, sem a concorrência de headliners. Os f?s preferiram ficar sentados perto do palco Skyline do que conhecer uma boa novidade.
O palco de eletr?nica, o New Dance Order, teve ainda mais problemas para lotar o espa?o. No domingo (10), havia menos de 20 pessoas em uma das festas no horário do show de Bruno Mars. A cerca de um quil?metro e meio de distancia da principal área do festival, o palco era o mais afastado do evento, o que contribuiu para que seu público fosse menor. Se as últimas apresenta??es do palco de festas e DJs fossem após os headliners, a plateia poderia ter sido maior. Ao menos, combinaria com a energia de "after" famosa na cena eletr?nica.
O que diz o festival?
O g1 também selecionou dúvidas do público do festival para serem respondidas por Roberta Medina, vice-presidente do evento (veja no vídeo do topo).
Público - Por que o tel?o do palco Skyline é t?o pequeno?
Roberta Medina - Ele n?o ficou t?o pequeno. O palco, na verdade, é maior do que o palco do Rock in Rio em termos de cenografia. O tel?o do Rock in Rio tem 8,5 metros por 8 metros e esse aqui tem 10,5 metros por 6 metros. Ele é ligeiramente mais estreito, mas ele é mais largo. E por quê? O Rio é mais alto, mas a capta??o de imagem é 'wide', aí ele n?o aproveita a parte de baixo de qualquer forma, teria que ser um equipamento específico e que pode interferir na performance do artista. A gente optou por ir pro 'wide' mesmo.
Agora, se o pessoal quer, a gente vai avaliar se tem que ser maior na próxima, n?o tem problema, mas acho que ficou bacana. Podemos aumentar, a gente vai aprender muito com esse terreno. A gente entendeu agora como é que as pessoas circulam. A gente, com certeza, vai pensar em posicionamento de palco de forma diferente. Tem o compromisso da prefeitura de continuar investindo no espa?o para dar mais conforto do público. Tem muitos aprendizados.
5 de 7 Palco Skyline, no The Town — Foto: Divulga??o/The Town
Público - Existe a possibilidade de ter um dia só de metal?
Roberta Medina - Existe sempre. A gente já teve um Rock in Rio com três dias de metal. E aí tem muito mais a ver com a disponibilidade de agenda de artistas para compor um dia da dimens?o do The Town do que da nossa própria vontade. A gente adora.
Público - Como funciona e quais s?o os critérios quando precisa repor uma banda que cancelou?
Roberta Medina - O primeiro ponto é quando foi o cancelamento em rela??o a data do show, para saber se a organiza??o, seja ela qual for, tenha tempo de reagir. A gente opta por sempre tentar substituir. Existem situa??es em que a substitui??o n?o é possível.
Aconteceu em Las Vegas, a gente tirou um artista do Revolution Stage e passou para o Palco Mundo. Você vai gerindo a grade do dia, se n?o for possível substituir.
6 de 7 Joss Stone se apresenta no The Town 2023 — Foto: Divulga??o
Quando se tem mais antecedência, ainda tem algum tempo de consultar o mercado e ver qual é o artista daquela linha de atua??o que poderia vir. Aí, volta para o ponto zero a curadoria para aquele espa?o. Ent?o, depende muito da situa??o do cancelamento. Agora, é uma dor de cabe?a gigantesca.
Nós adotamos como critério que se um headliner do Palco Mundo ou do Skyline cancelar a gente abre a possibilidade de pedir reembolso para quem n?o vai ao evento. Se a pessoa entrou aqui, 75% da experiência é o resto. Mas a gente entende, a gente sabe que o headline move a escolha do dia. Quando é um artista do resto da grade, aí já n?o faz sentido porque a oferta é muito maior e aí já n?o se coloca o reembolso.
Público - Por que tem tantas ativa??es no meio da passagem do público?
Roberta Medina - Na verdade tem três ativa??es, ou quatro, que ficaram ali em uma reta, que ficou mais constrangida de circula??o e é verdade. A gente já identificou isso e estamos trabalhando com a prefeitura nas próximas obras que est?o planejadas, agora conhecendo o parque e vendo como funciona a circula??o do público, para que isso n?o se repita, porque n?o é bom para ninguém e é desconfortável.
O que a gente já p?de fazer é: como a gente tem uma via de saída de emergência atrás, o que a gente tem feito pontualmente, ao longo do dia, é na hora termina o show no Skyline, abre essa via, escoa o pessoal que quer passear para o resto do parque, fecha a via e tira aquela press?o. Definitivamente, é nosso calcanhar de Aquiles.
Público - Por que a organiza??o optou por uma única entrada, enquanto outros festivais oferece várias?
Roberta Medina - A gente tem duas entradas, n?o é uma só. Tem o port?o pra galera que vem do trem e tem o port?o pra galera que vem de ?nibus ou pelos aplicativos e taxis, que param no bloqueio. Ent?o, s?o duas grandes entradas.
Na entrada do ?nibus tem uma altera??o física do lado de fora que vai ser feita que vai fazer o acesso ficar mais agradável. A gente n?o tem nenhum desafio em termos de volume de entrada. No domingo passado e neste, até umas 5 horas da tarde v?o ter umas 80 mil pessoas aqui dentro, o que é muito rápido. N?o é um problema de catraca.
7 de 7 Fila para o segundo dia do festival The Town em SP — Foto: Paola Patriarca/g1
O que a gente identificou? O público de S?o Paulo chega bem cedo. A gente viu que algumas pessoas já n?o lembravam do horário às 2 da tarde e ent?o a galera chegou às 10 da manh? e o port?o só abre às 2. Ficou 4 horas na fila. Mas n?o é um problema de fila, é porque chegou muito cedo.
Entendendo isso, durante a semana, depois do primeiro fim de semana, refor?ar a abertura às 2 da tarde. Quinta e sábado foram muito suaves, ninguém ficou esperando. Hoje [domingo, 10], o público é muito animado e eles chegaram cedo de novo. A gente conseguiu abrir 40 minutos mais cedo para tirar a galera lá de fora, mas era para abrir às 2 horas da tarde.
A gente já aprendeu que a festa em S?o Paulo tem que come?ar mais cedo, porque no Rio a galera chega a partir do meio-dia.
The Town 2023: Shows do festival
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