Amea?a invisível: Fentanil avan?a sem controle na América Latina

Saiba como atuam os voluntários que ajudam pacientes de cancer a atravessar a doen?a

A técnica de enfermagem Miriam Carneiro nunca tinha se engajado em trabalhos voluntários até passar pela experiência mais desafiadora de sua vida: a descoberta e o tratamento de um cancer de mama. O diagnóstico foi em 1990,áriosqueajudampacientesdecanceraatravessaradoen?slot fruit party e a alta do Instituto Nacional de Cancer (INCA) só veio em 2015. Hoje aposentada, ela está semanalmente junto a outros integrantes do INCAvoluntário para oferecer aos pacientes escuta, cafezinho, abra?o, ajuda com amarra??o de len?os e tudo o mais que estiver a seu alcance e lhes trouxer conforto e bem-estar. — O que vivi no período em que fui paciente no Inca me fez sentir muita gratid?o e vontade de retribuir, já que estou curada e feliz — diz Miriam, aos 67 anos, m?e e avó de quatro netos. — Algumas pessoas chegam bem tristes, desanimadas devido à queda do cabelo, com medo do desconhecido. Muitas n?o têm rede de apoio, foram abandonadas pelos maridos quando veio o diagnóstico e o tratamento come?ou. Ao mesmo tempo, tem as sorridentes, confiantes, cheias de fé… é contagiante; volto para casa com aquela li??o de vida. Os participantes do INCAvoluntário circulam pelos ambulatórios e salas de espera das unidades do instituto n?o só distribuindo afeto e humanizando o ambiente hospitalar, mas também divulgando oficinas de artesanato, bijuteria e maquiagem e atividades culturais e de lazer. S?o muitas as frentes do grupo, formado em 2003 e composto por ex-pacientes, parentes e amigos deles, além de ex-funcionários do Inca já aposentados. O objetivo: melhorar a autoestima e a qualidade de vida de quem enfrenta o cancer, e também de suas famílias. Outra iniciativa Focado em mulheres, o projeto Cura Rosa, criado pela consultora de negócios Thais Brasileiro, também é multifacetado. A iniciativa nasceu ano passado, de sua própria jornada como paciente oncológica. Já s?o 96 membros, no Rio e em outros estados. O acolhimento é diário, via Whatsapp. E todo mês é realizado um encontro presencial na Paróquia S?o José Operário, na Ilha do Governador, perto da casa de Thais. — Temos voluntárias advogadas, psicólogas, assistentes sociais, fisioterapeutas oncológicas… Desde o início, percebi como conhecimento e fé fizeram a diferen?a pra mim, e isso me motivou a apoiar outras mulheres — lembra. — Eu já tinha feito meu primeiro trabalho voluntário ainda menina, aos 16 anos, porque sempre gostei de ajudar, de ouvir e incentivar. Mas nunca tinha feito nada estruturado por mim e por uma causa específica. A demanda maior, ela conta, é por conforto emocional e empatia. Quem chega está no início do tratamento. Quer conversar e compartilhar suas muitas angústias. Quem se disp?e a ajudar atesta: fazer trabalho voluntário faz bem à saúde. — As pessoas que me procuram no Instagram e entram no grupo est?o confusas com o volume de informa??es e o choque da notícia. Mas com escuta ativa e troca de experiências, conseguimos esclarecer dúvidas e legitimar emo??es. é muito lindo e especial o vínculo que criamos. N?o é clichê: só quem passa sabe o que é, por mais amorosa que seja a rede de apoio. A gente se fala diariamente por mensagem. Essa conex?o é necessária. Temos também um podcast, em que profissionais multidisciplinares respondem a perguntas de forma muito didática. Agente de viagens, Jociane Monteiro, de 47 anos, vale-se de sua atua??o na área turística em seu voluntariado. Em 2019, ela criou o Amigas do Peito por Aí, que leva grupos a museus, teatros, passeios ao Corcovado e pelas ruas do centro do Rio. Eles também fazem pequenas viagens. — Quando um ser humano se disponibiliza a ajudar o outro que está passando pela mesma situa??o, o resultado é diferente. Dores emocionais e físicas n?o se comparam, mas temos quase uma “linguagem própria”, de igual pra igual — acredita Jociane, em remiss?o desde 2018. — O primeiro passeio que fizemos, em 2019, foi para o teatro. Levamos 40 pacientes, sendo que uma boa parte nunca tinha visto uma pe?a sequer. Ela conta que a ideia era fazer um passeio a cada dois ou três meses, mas logo as participantes já estavam perguntando pelo seguinte. — Esse suporte ajuda muito na saúde emocional de quem está ferido pelos olhares quando passa de len?o ou peruca — afirma Jociane. Relaxamento Fundadora do Instituto Zen Cancer, a instrutora de ioga Luciana Lobo se orgulha de ter, em seis anos, mobilizado 160 voluntários no Brasil e 47 em Portugal — país ao qual chegou em 2022. Quase todos, mulheres. O número de pacientes nos dois países supera 800. Os benefícios das práticas de relaxamento s?o físicos, emocionais e além: ver os voluntários bem e já curados motiva quem está chegando. — Quando recebi o diagnóstico do cancer de mama, vi que era uma oportunidade maravilhosa de se colocar no lugar do outro. Isso virou um mantra pra mim. às vezes, o paciente se mantém forte em casa e com amigos, tentando passar que está bem. Quando chega a um espa?o seguro, pode deixar aflorar a emo??o. Mais recente Próxima 'Essa doen?a quer exterminar minha família e eu seria a próxima', diz artista que retratou luta contra o cancer em pinturas Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ 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