Tenho o poder de mudar a vida das pessoas', diz primeira ju\u00edza cadeirante de SP
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h18)Para Rebecka Martins Gomes, 28, escrever uma pe?a jurídica é muito mais do que trabalho. "é um exerc
Tenho o poder de mudar a vida das pessoas', diz primeira ju\u00edza cadeirante de SP
Para Rebecka Martins Gomes,cartelas para bingo vazia 28, escrever uma pe?a jurídica é muito mais do que trabalho. "é um exercício de liberdade, onde eu sinto que n?o tenho os limites que o meu corpo me imp?e", afirma. Empossada no último dia 21, ela é a primeira juíza tetraplégica de S?o Paulo.Mesmo esse exercício de liberdade n?o é simples. Sem controle sobre os movimentos dos dedos, ela digita com as m?os invertidas, usando o dorso. "Eu tenho uma movimenta??o parcial dos bra?os, mas n?o das m?os. Por isso, sou considerada tetraplégica", explica.Além dela, outros seis juízes com algum tipo de deficiência foram aprovados. O TJ-SP (Tribunal de Justi?a de S?o Paulo) afirma que ela é a primeira magistrada cadeirante do estado. Segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justi?a), dos quase 19 mil juízes do país, 270 declararam ter algum tipo de deficiência.
Rebecka Martins Gomes, recém-empossada juíza, na Escola Paulista da Magistratura, em SP - Allison Sales/Folhapress As deficiências físicas e motoras, visuais e auditivas s?o as mais comuns, mas há casos também de deficiências psicossociais, mentais e intelectuais. N?o há informa??es precisas no levantamento sobre cadeirantes e tetraplégicos. A paix?o pelo direito e o desejo de ser juíza vieram como consequência do acidente que lhe deixou tetraplégica. "Sinto que, como juíza, eu tenho o poder de decidir, de mudar a vida das pessoas", afirma.Em maio de 2009, quando Rebecka tinha 12 anos, o carro de sua família foi atingido por outro automóvel em uma estrada do Espírito Santo, quando a família viajava para a Bahia. Seu pai, Eduardo, quebrou uma das pernas. A menina, que estava no banco traseiro, atrás do pai, fraturou duas vértebras do pesco?o e teve uma les?o na medula. A m?e, Alexandra, e a irm?, Sara, n?o tiveram ferimentos.Rebecka precisou ainda ser submetida a uma traqueostomia e fez sess?es de fonoaudiologia para voltar a falar. No meio do tratamento teve uma neuropatia grave, que provocou também uma parada cardiorrespiratória.Ela perdeu o restante do ano escolar e só conseguiu voltar a frequentar as aulas no ano seguinte. "Ela chorava muito de ter de ficar em casa e assim que conseguimos que pudesse sair de casa, sem risco de infec??es, demos um jeito para que ela voltasse a estudar", diz a m?e.O retorno n?o foi fácil, por mais que a escola tentasse se adaptar às novas necessidades da aluna. No come?o, ela passava de duas a três horas nas aulas. Dores causadas por ficar muito tempo sentada e a dificuldade de manter o tronco reto atrapalhavam a rotina.O apoio das tias maternas e dos amigos de Novo Horizonte, bairro de Serra, na regi?o metropolitana de Vitória, onde a família mora, foram fundamentais. "Tinha sempre um amigo para ficar comigo na sala de aula na hora do recreio ou das aulas de educa??o física", conta a juíza.A família se apoiava também na fé. Evangélicos, eles frequentam a Assembleia de Deus, e muitos dos amigos que a ajudavam eram fiéis da mesma igreja.
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