Dólar sobe e volta aos R$ 5,60, mesmo com as exce??es ao tarifa?o; Ibovespa cai
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h43)O dólar fechou em alta de 0,19% nesta quinta-feira (31), cotado em R$ 5,6008. O Ibovespa, principal
Dólar sobe e volta aos R$ 5,60, mesmo com as exce??es ao tarifa?o; Ibovespa cai
O dólar fechou em alta de 0,ólarsobeevoltaaosRmesmocomasexce??esaotarifa?loteria dos sonhos das 1919% nesta quinta-feira (31), cotado em R$ 5,6008. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve queda de 0,69%, aos 133.071 pontos.
Sem outros eventos importantes, os investidores continuam a avaliar os efeitos do tarifa?o no Brasil, agora considerando a longa lista de exce??es determinadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Junto com a confirma??o da tarifa de 50% contra o país, o governo norte-americano indicou que ficam de fora mais de 700 itens, abrangendo setores estratégicos como suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e determinados tipos de metais e madeira.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou em entrevista ao Mais Você, da TV Globo, que a estimativa é de que 35,9% das exporta??es brasileiras sejam afetadas agora pelo tarifa?o.
O mercado também avaliou hoje a decis?o do Comitê de Política Monetária do BC, que decidiu interromper o ciclo de alta da taxa básica de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano.
O dólar fechou em alta de 0,19% nesta quinta-feira (31), cotado em R$ 5,6008. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve queda de 0,69%, aos 133.071 pontos.
Sem outros eventos importantes, os investidores continuam a avaliar os efeitos do tarifa?o no Brasil, agora considerando a longa lista de exce??es determinadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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?? Junto com a confirma??o da tarifa de 50% contra o país, o governo norte-americano indicou que ficam de fora mais de 700 itens, abrangendo setores estratégicos como suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e determinados tipos de metais e madeira.
Em análise para o Estúdio i, o jornalista Thomas Traumann diz que Trump fez 'recuo considerável' ao abrir 'lista de exce??es gigante' no tarifa?o. "Nós estamos assistindo, ao mesmo tempo, a um grande avan?o na piora das rela??es políticas entre Brasil e EUA, mas a um recuo considerável na quest?o comercial."
?? O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou em entrevista ao Mais Você, da TV Globo, que a estimativa é de que 35,9% das exporta??es brasileiras sejam afetadas agora pelo tarifa?o.
Ele destacou que um programa de apoio aos setores afetados já está pronto e será anunciado nos próximos dias. "A negocia??o [com os EUA] n?o terminou hoje, ela come?a hoje".
"é um perde-perde. Nos atrapalha em mercado, emprego e crescimento, e encarece os produtos americanos", afirmou.
?? O mercado também avaliou hoje a decis?o do Comitê de Política Monetária do BC, que decidiu interromper o ciclo de alta da taxa básica de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano.
O colegiado destacou o cenário de incertezas e sinalizou que os juros devem permanecer nesse patamar nas próximas reuni?es. Pelo tom do comunicado, diminuiu a expectativa de cortes ainda em 2025.
Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.
??Dólar
Acumulado da semana: +0,71%;Acumulado do mês: +3,08%; Acumulado do ano: -9,37%.
??Ibovespa
Acumulado da semana: -0,34%;Acumulado do mês: -4,17%; Acumulado do ano: +10,63%.
Tarifa?o no Brasil
O presidente dos EUA assinou na última quarta-feira (30) o decreto que imp?e uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Inicialmente previstas para entrar em vigor nesta sexta-feira (1o), as taxas foram adiadas para 6 de agosto.
Segundo a Casa Branca, a medida foi adotada em resposta a a??es do governo brasileiro que representariam uma “amea?a incomum e extraordinária à seguran?a nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
O anúncio oficializa o percentual mencionado pelo republicano em carta enviada a Lula neste mês e afirma que a ordem executiva foi motivada por a??es que “prejudicam empresas americanas e os direitos de liberdade de express?o de cidad?os americanos”, além de afetar a política externa e a economia do país.
Em entrevista ao programa Mais Você, da TV Globo, Alckmin sugeriu que as tarifas podem, eventualmente, contribuir para a queda no pre?o dos alimentos no Brasil, pois parte da produ??o pode ser redirecionada ao mercado interno.
Segundo o vice-presidente, os pre?os de alimentos como arroz, feij?o, óleo de soja e algumas frutas já apresentam tendência de queda.
"E caiu por quê? Porque caiu o dólar, o clima ajudou e a safra é recorde. Se a safra é 10% maior, o pre?o cai. Se é 10% menor, ele sobe”, respondeu. “A boa notícia é que há uma tendência de queda do pre?o dos alimentos.”
Alckmin foi questionado sobre a possibilidade de queda nos pre?os de carne, café, frutas e peixes — produtos diretamente afetados pela tarifa de 50%. “é difícil, peremptoriamente, afirmar, mas é óbvio que você vai ter que colocar mais desses produtos aqui dentro”, disse ele.
“Agora, muito da exporta??o é complementar, n?o está deixando de atender o mercado interno. Você atende o mercado interno e o resto você exporta”, acrescentou o vice-presidente.
E o resto do mundo?
Apesar do adiamento da tarifa para o Brasil, que passa a valer em 6 de agosto, os demais países devem come?ar a ser tarifados já a partir desta sexta-feira (1o). A nova exce??o é o México.
Nesta quinta-feira, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que obteve a suspens?o das tarifas de 30% que entrariam em vigor nesta sexta-feira, além de um prazo de 90 dias para negociar um acordo comercial.
“Tivemos uma conversa muito boa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Evitamos o aumento de tarifas anunciado para amanh? e conseguimos 90 dias para construir um acordo de longo prazo com base no diálogo", afirmou a presidente do México em publica??o no X.
Também nesta quinta-feira (31), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os EUA continuar?o negociando com o México e indicou que todos os países que ainda n?o fecharam acordo ou n?o receberam carta de Trump devem ser contatados pelo governo americano ainda hoje.
Juros no radar
Outro destaque do dia foram as decis?es de política monetária do Copom e do Fed, anunciadas na véspera. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, manteve as taxas de juros do país na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
A decis?o, anunciada na quarta-feira (30), veio dentro das expectativas do mercado, mas contraria os apelos de Trump, que há meses pressiona por cortes.
Em comunicado, o Fed reiterou as incertezas em torno dos possíveis impactos do tarifa?o, repetindo argumentos apresentados nas decis?es de junho e maio, mas reconhecendo avan?os nos indicadores econ?micos mais recentes.
"Indicadores recentes sugerem que o crescimento da atividade econ?mica se moderou na primeira metade do ano. A taxa de desemprego continua baixa, e as condi??es do mercado de trabalho permanecem sólidas. A infla??o segue um pouco elevada", diz o comunicado desta quarta-feira, reiterando que o BC dos EUA continuará a monitorar dados econ?micos.
O banco central dos EUA afirmou ainda que continuará monitorando os efeitos das informa??es econ?micas recebidas para embasar suas próximas decis?es, e reiterou que a incerteza em rela??o às perspectivas econ?micas permanece elevada — o que inclui o tarifa?o de Donald Trump.
Já o Copom interrompeu o ciclo de alta da taxa básica de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano.
"O Comitê tem acompanhado, com particular aten??o, os anúncios referentes à imposi??o pelos EUA de tarifas comerciais ao Brasil, refor?ando a postura de cautela em cenário de maior incerteza. Além disso, segue acompanhando como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros", diz o comunicado divulgado pelo BC.
Em outro trecho do comunicado, o Copom cita que “o ambiente externo está mais adverso e incerto em fun??o da conjuntura e da política econ?mica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos”. E que esse cenário exige cautela principalmente de países emergentes, diante da tens?o geopolítica.
O colegiado também enfatizou que vai continuar monitorando o cenário e, se necessário, poderá fazer ajustes na política monetária.
1 de 1 Notas de real e dólar — Foto: Amanda Perobelli/ Reuters
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