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Gêmeos tiram a mesma nota na reda??o do Enem e querem seguir carreira na mesma área em MG

Enzo e Enrico Soares Oliveira,êmeostiramamesmanotanareda??odoEnemequeremseguircarreiranamesmaánomes de jogos de terror de 18 anos, s?o formandos do ensino médio em Patrocínio, no Alto Paranaíba.

Eles fizeram o Enem 2024 e tiraram a mesma nota na reda??o, 960 pontos.

Também conseguiram quase a mesma nota na média simples, com apenas 10 pontos de diferen?a entre um e outro.

Eles contam que sempre se compararam nos estudos, mantendo uma competi??o amigável em rela??o aos desempenhos.

Os gêmeos querem estudar em cursos da área agro e aguardam Sisu para passarem na UFU.

1 de 2 Enzo, à esquerda, e Enrico, à direita, com as respectivas provas do Enem — Foto: Acervo familiar/Reprodu??o

Os gêmeos Enzo e Enrico Soares Oliveira, de 18 anos, s?o formandos do ensino médio em Patrocínio, no Alto Paranaíba. Como outros milh?es de estudantes, fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em novembro de 2024, na esperan?a de pleitear uma vaga em uma institui??o federal de ensino.

A surpresa, contudo, veio ao ver o resultado da prova: eles tiraram a mesma nota, 960 pontos, na reda??o e conseguiram quase a mesma nota na média simples, com apenas 10 pontos de diferen?a entre um e outro.

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"No dia que saiu, eu já vi o meu resultado. Mas o login do Enzo n?o estava funcionando, ent?o demorou uns 30 minutos para ele conseguir ver a nota. Acho que fiquei mais tenso que ele. Eu só contei meu resultado quando ele conseguiu ver o dele, ficamos felizes demais da conta", conta Enrico.

Eles estavam sozinhos no momento do resultado, mas logo enviaram os resultados para os pais, que ficaram muito orgulhosos.

"Meu pai até brincava que n?o podíamos tirar menos de 900. Sempre tivemos uma cobran?a rígida, mas agradecemos eles, nossos pais sempre nos apoiaram", explica o jovem.

Muita sintonia e disputa saudável

Os irm?os contam, ainda, que sempre se compararam nos estudos, mantendo uma competi??o amigável em rela??o aos desempenhos. Ao longo dos anos, eles tiveram uma rotina de estudos muito parecida e, vez ou outra, um se empenhava mais que o outro para determinadas disciplinas.

"Na escola, quando um tinha uma nota melhor que o outro, n?o dava outra: no trimestre seguinte era ultrapassado pelo outro. Sempre tivemos uma disputa saudável, pelo menos, um n?o tem ciúme da nota do outro", relata Enrico.

Apesar da competi??o rotineira, o sentimento de fraternidade entre eles foi predominante durante as prepara??es e realiza??o da prova.

"Antes de abrir o caderno pra ver o tema eu só pensava se meu irm?o ia se sair bem. Como treineiros, fizemos a prova na mesma sala, mas na hora do 'vamos ver' fomos colocados até em escolas diferentes. Fiquei sossegado só quando fui escrever sobre o tema, que foi tranquilo", conta.

Contratempo inesperado

Apesar da facilidade com a reda??o, Enrico conta que, no caso dele, o segundo dia foi mais complicado que o primeiro. A dificuldade, contudo, n?o se deu devido às provas de Ciências da Natureza e Matemática do segundo dia, mas sim por outra raz?o: ele só estava enxergando de um olho.

"Quando eu e o Enzo éramos pequenos, passamos por uma cirurgia nos dois olhos. A gente tinha ceratocone, que deixa a córnea em formato c?nico, e atrapalha a vis?o. O objetivo da cirurgia era corrigir a córnea, a do Enzo tecnicamente deu certo, mas a minha funcionou só de um olho", conta Enrico.

Por isso, o jovem precisou entrar na lista de espera para o transplante de córnea. Foram dois meses de espera até que, na ter?a-feira entre o primeiro dia de provas do Enem e o segundo, ele recebeu a informa??o de que tinha uma córnea disponível.

"Fiz o transplante na ter?a mesmo. No domingo de provas, só enxergava de um olho, mas deu tudo certo, agora estou na fase de cicatriza??o."

Mesmo com o contratempo, as notas devem possibilitar uma aprova??o na Universidade Federal de Uberlandia (UFU) pelo Sistema de Sele??o Unificada (Sisu), cujas notas ser?o divulgadas no domingo (26).

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Rotina similar

Os irm?os contam que sempre tiveram uma rotina similar de estudos. Estudaram na mesma escola e fizeram cursinho de reda??o com a mesma professora, érika Telini. Além disso, ambos colaboravam nos negócios da família, em especial na zona rural, enquanto estudavam.

"N?o vou mentir, às vezes quando uma reda??o minha estava atrasada, eu copiava a do meu irm?o. Mas isso também me ajudou a ter ideias diferentes, além de que eu auxiliava ele também. Mas, mesmo vendo as mesmas aulas, nosso leque era muito amplo, ent?o as abordagens utilizadas na reda??o n?o foram t?o parecidas", afirma Enrico.

Eles acreditam que foram bem direcionados ao longo do 3° ano do ensino médio, ao ver bons repertórios e abordarem diversos temas enquanto treinavam.

"No fim, a similaridade das notas veio de muito esfor?o", explica.

2 de 2 Enrico e Enzo sonham trabalhar na área de agropecuária — Foto: Acervo familiar/Reprodu??o

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