Renda fixa: veja quais s?o as boas oportunidades em 2025, com juros e infla??o em alta
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 22h27)Com a infla??o em alta, o BC deve manter a Selic em patamar elevado por mais tempo.O Tesouro Selic é
Renda fixa: veja quais s?o as boas oportunidades em 2025, com juros e infla??o em alta
Com a infla??o em alta,?oasboasoportunidadesemcomjuroseinfla??resultado da mega-sena que correu hoje o BC deve manter a Selic em patamar elevado por mais tempo.
O Tesouro Selic é uma boa op??o porque ele acompanha a taxa de juros do país.
O Tesouro IPCA+ também é uma boa alternativa porque o título protege o poder de compra do investidor e ainda garante um rendimento real.
Os títulos de rentabilidade prefixada n?o s?o t?o interessantes em um período em que os juros podem subir muito mais.
Os especialistas consideram que o investidor iniciante deve contar com títulos de prazos mais curtos na carteira.
1 de 2 Renda fixa tem boas oportunidades em período de juros elevados. — Foto: Divulga??o
Mais uma vez, o Brasil vive um bom momento para investimentos em renda fixa. Com as proje??es de infla??o indicando uma acelera??o dos pre?os, o Comitê de Política Monetária (Copom) voltou a subir os juros do país desde setembro, e indicou que deve continuar pelo menos até o meio de 2025.
A taxa básica de juros, a Selic, está em 13,25% ao ano. Os agentes do mercado financeiro esperam que ela chegue aos 15% ao ano até o meio do ano, atingindo o maior patamar em quase duas décadas.
Neste contexto, especialistas em renda fixa consideram que há muitas oportunidades boas para os investidores — dos mais iniciantes aos experientes. Porém, alguns cuidados também s?o importantes para que o investidor n?o escolha uma op??o menos vantajosa ou segura.
O g1 procurou especialistas em renda fixa para encontrar boas oportunidades para os investidores, dos iniciantes aos mais experientes.
Foram ouvidos Marilia Fontes, da Nord Research, Camilla Dolle, da XP Investimentos, Rafael Winalda, do Inter, e álvaro Frasson, do BTG Pactual. Abaixo, eles compartilham os títulos para ficar de olho em 2025 e explicam quais cuidados o investidor deve tomar.
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? Tesouro Selic (ou CDBs atrelados ao CDI)
A infla??o brasileira voltou a dar sinais de acelera??o. Como a arma de combate aos pre?os mais altos é a taxa de juros, o BC será obrigado a manter a Selic mais alta, por mais tempo.
Por isso, uma orienta??o de consenso entre os analistas é dar aten??o ao Tesouro Selic.
?? O Tesouro Selic faz parte do Tesouro Direto, uma plataforma de acesso aos títulos de investimento do Tesouro Nacional. Por meio dela, foi possível fracionar o valor dos títulos para torná-los mais baratos, o que democratizou o acesso a esse tipo de investimento para pessoas físicas.
O Tesouro Selic é uma boa op??o porque ele acompanha a taxa de juros do país. Hoje, portanto, rende perto dos 13,25% ao ano, pago dia a dia. Mas esses títulos também s?o conhecidos como pós-fixados, porque se houver altera??o da taxa Selic, a rentabilidade vai mudar.
A proje??o, inclusive, é de que os juros passem dos 15% ao ano em meados de 2025, maior patamar em quase duas décadas. S?o taxas muito altas, enquanto a proje??o da infla??o para o ano n?o chega aos 6%.
Isso faz com que o ganho real dessa aplica??o (que é o rendimento do investimento descontando a infla??o do período) seja muito elevado. O racional é o seguinte:
A expectativa para taxa Selic é de 15% ao ano em 2025, e de 12,5% ao final de 2026;A proje??o para a infla??o nestes mesmos anos é de 5,5% e 4,22%, respectivamente;Se essas proje??es se concretizarem, o ganho real seria de mais de 8% em cada ano.
As proje??es acima s?o do boletim Focus, relatório do BC que reúne as expectativas de mais de 100 institui??es financeiras.
Além do Tesouro Selic, as institui??es financeiras oferecem CDBs (Certificado de Depósito Bancário), que s?o títulos de renda fixa privados. Eles funcionam de forma muito parecida com os títulos do Tesouro Direto, mas o empréstimo do dinheiro é feito para bancos e outras financeiras.
Um dos títulos disponíveis tem rentabilidade atrelada ao CDI, um índice que acompanha a taxa Selic. Portanto, um CDB que rende 100% do CDI é muito parecido com o Tesouro Selic — e também pode ser uma boa oportunidade de investimento.
Winalda, do banco Inter, destaca que é preciso ter aten??o a três fatores:
Liquidez: o Tesouro Selic tem liquidez diária, o que significa que o investidor pode resgatar o dinheiro a qualquer momento, sem perdas. Parte dos CDBs de bancos n?o oferece a liquidez diária, e o investimento fica congelado até o prazo de vencimento, que pode ser consultado na hora da compra do título;Prazo de vencimento: caso o investimento n?o tenha liquidez diária, o investidor precisa estar organizado para n?o precisar daquele dinheiro antes do prazo. Um outro risco é o rendimento ficar aquém do esperado, já que n?o é possível mover aquele dinheiro para outro título;Emissor: o momento é de taxas mais altas para o investidor, mas é de mais risco para as empresas. é preciso conhecer bem o banco ou institui??o antes de comprar o CDB, para saber se n?o há algum risco de calote quando o título vencer.
Mesmo assim, os riscos s?o baixíssimos comparados a qualquer outro tipo de investimento, e com taxas t?o altas é possível ter uma rentabilidade de mais de 1% ao mês.
? Tesouro IPCA+
O Tesouro IPCA+ também é um título de Tesouro Direto, mas que paga uma taxa fixa somada ao índice de infla??o do período. Em períodos normais, já seria uma boa alternativa porque o título protege o poder de compra do investidor e ainda garante um rendimento real.
Mas há dois fatores importantes que deixam o investimento ainda melhor:
A perspectiva é de uma infla??o em alta, ent?o o Tesouro IPCA+ é uma boa ideia porque já corrige o dinheiro investido pelo índice de pre?os.A taxa extra do Tesouro IPCA+ passa por um período muito atrativo, pois os juros prefixados est?o em níveis historicamente altos, ultrapassando os 7%.
Tudo isso aconteceu porque o cenário de incerteza econ?mica aqui e lá fora faz com que o mercado pe?a juros mais altos para comprar títulos públicos brasileiros. Assim, o Tesouro é obrigado a emitir os títulos com taxas mais altas.
?? Uma observa??o importante: a rentabilidade prometida só está garantida se o título for carregado até o vencimento. Caso contrário, ele está sujeito a marca??o a mercado.
A marca??o a mercado é um mecanismo que faz com que o título tenha o valor que o mercado aceita pagar por ele no momento em que o investidor quer se desfazer do investimento. A depender das perspectivas de juros e infla??o, ele pode variar para cima ou para baixo.
Quando há um aumento das taxas de referência, o título se desvaloriza;Quando há uma redu??o, ele se valoriza.
Veja, no infográfico abaixo, como isso funciona na prática:
2 de 2 Renda fixa: saiba como funciona a marca??o a mercado — Foto: Arte g1
Ent?o, os analistas indicam que o investimento em um título do Tesouro IPCA+ pode ser interessante no momento, porque as taxas est?o muito elevadas. Mas esse é o risco do investimento: elas podem subir ainda mais.
Por isso, é importante que o investidor que queira seguir por esse caminho n?o precise de liquidez diária, pois o momento de resgate de um título Tesouro IPCA+ é determinante para separar o lucro do prejuízo.
Devo vender meu título antes do prazo para aproveitar as taxas maiores?
? Renda fixa isenta
Na mesma linha dos títulos do Tesouro e CDB, há ativos de renda fixa emitidos por bancos ou outras institui??es financeiras que est?o isentas do Imposto de Renda. Algumas delas s?o as Letras de Crédito Imobiliárias (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).
Em geral, os títulos de renda fixa est?o sujeitos à tributa??o, já retidos na fonte. Os descontos s?o feitos em cima do lucro que o investidor teve com o investimento. Veja abaixo as alíquotas:
Até 180 dias: 22,5%;De 181 a 360 dias: 20%;De 361 a 720 dias: 17,5%;Mais que 720 dias: 15%.
A vantagem das LCIs e LCAs é que est?o isentas dessa tabela de recolhimento do Imposto de Renda. Os riscos, contudo, s?o os mesmos da renda fixa privada:
Liquidez: em geral, elas n?o oferecem a liquidez diária, e o investimento fica congelado até o prazo de vencimento, que pode ser consultado na hora da compra do título;Prazo de vencimento: quando o investimento n?o tem liquidez diária, o investidor precisa estar organizado para n?o precisar daquele dinheiro antes do prazo. Um outro risco é o rendimento ficar aquém do esperado, já que n?o é possível mover aquele dinheiro para outro título;Emissor: o momento é de taxas mais altas para o investidor, mas é de mais risco para as empresas. é preciso conhecer bem o banco ou institui??o antes de comprar o título, para saber se n?o há algum risco de calote quando chegar o vencimento.
? Cuidados a tomar
?? Títulos prefixados
Além dos pós-fixados (como o Tesouro Selic e o IPCA+), existem títulos de rentabilidade prefixada. O Tesouro ou CDB Prefixado pagam uma taxa fixa, prometida ao investidor na data da compra.
Um CDB, por exemplo, pode render 10% ao ano. E aquela será a rentabilidade no fim do prazo do investimento, independentemente da varia??o da infla??o ou da taxa Selic.
Por conta dessa inflexibilidade, os especialistas consideram que esse n?o é um título t?o interessante em um período em que os juros podem subir muito mais — e, assim, o retorno do prefixado fica inferior ao oferecido por um título que acompanha a Selic.
Além disso, os títulos prefixados também est?o suscetíveis à marca??o a mercado. Se, de fato, os juros subirem, o título se desvaloriza e só atinge a rentabilidade prometida se for carregado pelo investidor até o final do prazo.
álvaro Frasson, especialista em renda fixa do BTG Pactual, comenta que os títulos prefixados podem até fazer parte da carteira de investimento neste momento, mas que devem ocupar uma pequena parte, visto que a tendência é que a taxa Selic continue subindo.
?? Prazo do investimento e liquidez
As incertezas na economia interna e externa deixam o cenário ainda mais difícil de prever. Por isso, o investidor (especialmente o iniciante) deve contar com títulos de prazos mais curtos na carteira, para que seja possível ter alguma previsibilidade sobre o retorno dos investimentos.
Um prazo de investimento "mais curto" é de menos que cinco anos. O investidor pode n?o aproveitar oportunidades de retornos maiores com a marca??o a mercado, mas correria menos riscos.
Os especialistas refor?am que a marca??o a mercado pode ser um risco grande para o investidor que ainda n?o tem tanto conhecimento deste universo, já que ele pode comprar ou vender o título em um momento errado.
Além do prazo, é importante ter aten??o à liquidez do investimento. Um ativo com uma liquidez alta significa que o investidor terá mais facilidade ao resgatar o dinheiro. Já a liquidez baixa representa uma demora a mais no retorno do dinheiro.
?? Emissores privados
Por fim, os especialistas refor?am o alerta em rela??o aos riscos dos investimentos na renda fixa privada. Como s?o emitidos por empresas privadas, o nível de endividamento precisa ser analisado.
Com as taxas de juros elevadas e podendo subir mais, essas dívidas das empresas podem crescer ainda mais, aumentando o risco de que n?o consigam arcar com seus compromissos financeiros — inclusive devolver o dinheiro do investidor no tempo correto.
As debêntures, por exemplo, s?o boas alternativas de investimento. S?o títulos de dívida que empresas privadas emitem no mercado para financiar investimentos. Mas, em momentos de juros altos, esse endividamento pode ser tornar cr?nico ou o investimento da empresa pode n?o se pagar.
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