O cliente v\u00ea valor agregado em im\u00f3veis com certificados de sustentabilidade', diz Bianca Setin
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 22h28)No mercado de alto padr?o, onde cada metro quadrado conta e a concorrência é acirrada, a Setin apost
O cliente v\u00ea valor agregado em im\u00f3veis com certificados de sustentabilidade', diz Bianca Setin
No mercado de alto padr?o,festa cassino provencal onde cada metro quadrado conta e a concorrência é acirrada, a Setin aposta em se diferenciar pelo valor agregado de seus empreendimentos. Para Bianca Setin, que divide a lideran?a da incorporadora com o pai, Ant?nio Setin, e se prepara para assumir a sucess?o, o cliente de alta renda escolhe além de localiza??o e metragem, quer "o que oferece propósito, experiência e identidade".As certifica??es de sustentabilidade s?o parte do diferencial estratégico. Empreendimentos com selos ambientais e de bem-estar, afirma Bianca, n?o só atendem a uma demanda crescente do cliente de luxo, como também agregam valor tangível ao produto."Hoje o cliente ainda n?o paga mais, mas ele vê valor. Eu acredito que se eu tiver lado a lado o meu produto com o produto de um concorrente que n?o tem esse valor agregado, o cliente vai escolher pelo meu", afirma Bianc Setin.
Bianca Setin, vice-presidente da Setin Incorporadora e responsável por iniciativas como mulheres no canteiro e a idealiza??o do Alma Brasileira, que faz empreendimentos com materiais brasileiros - Bruno Santos/Folhapress O posicionamento se traduz para a linha Alma Brasileira, que se tornou o DNA da empresa, presente desde a escolha dos terrenos até os detalhes de arquitetura e design dos empreendimentos, com um forte pilar de sustentabilidade e valoriza??o da cultura nacional. Programas de forma??o profissional, em especial o da inclus?o de mulheres no canteiro de obras de empreendimentos Minha Casa, Minha Vida da Setin, também est?o nas m?os de Bianca. Ela enxerga o investimento como uma das saídas para enfrentar a escassez de m?o de obra na constru??o civil."Eu n?o quero formar essas mulheres para p?r no mercado, eu quero formar essas mulheres para formar times nossos da nossa construtora", afirma. Confira os principais trechos da entrevista.A Setin se posicionou como referência no mercado de alto padr?o em S?o Paulo. Como a empresa chegou a essa decis?o de foco?A Setin sempre teve um viés muito grande para o médio alto, que era nosso carro-chefe, além dos estúdios no centro. No momento, porém, nosso foco é alto padr?o e luxo.Obviamente que a gente tem que ficar bastante atenta ao mercado, porque é um setor de de ciclo longo. E vai ter uma demanda reprimida no segmento de médio alto quando as taxas de juros de financiamento bancário diminuírem.Estamos focados nas zonas sul e oeste de S?o Paulo, em bairros como Itaim, Paraíso e Pinheiros. Buscamos terrenos que ofere?am mobilidade, cultura, gastronomia e saídas estratégicas, como a regi?o do Ibirapuera e Jardim Paulista.Quais s?o os principais desafios que a Setin identifica no mercado imobiliário brasileiro?Um dos maiores desafios é a taxa de juros, principalmente para a classe média e média alta, nas quais a parcela do financiamento pode chegar a dobrar de valor. Há também a dificuldade em conseguir o crédito e comprovar renda, já que o normal é dar 20% de sinal e financiar o restante. Ent?o eles n?o conseguem comprovar a renda.Outro desafio é a quest?o da m?o de obra. Programas como o Bolsa Família e a ascens?o de trabalhos informais —como motoristas de Uber e entregadores de iFood— acabam tirando trabalhadores do setor formal, que exigem mais esfor?o físico e exposi??o. Acho que é um desafio do Brasil trazer essa m?o de obra ativa novamente. N?o estou falando que sou contra [programas sociais], eu só acho que deveria ser transitório. A gente de um jeito ou outro vai ter que achar métodos construtivos que supram essa falta de m?o de obra. Mas tem uma quest?o estrutural no Brasil que precisa ser vista também.A escassez de m?o de obra é uma preocupa??o antiga. Além da industrializa??o, que outras frentes a Setin está explorando para mitigar esse problema?A industrializa??o é um caminho mais fácil para o Minha Casa, Minha Vida devido à padroniza??o, mas complexa para o alto padr?o onde cada terreno tem características únicas. No entanto, temos outras frentes.Já possuímos o programa Mestres da Obra, que oferece subsídio educacional e transforma resíduos em arte. Agora, somos pioneiros no lan?amento de um programa de forma??o de mulheres em canteiro de obra na Mundo Apto, empresa do grupo focada no Minha Casa, Minha Vida. Eu mesma acompanho de perto. Folha Mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para n?o assinantes. Carregando... Come?aremos com forma??o para assentamento de piso e instala??es. O objetivo n?o é apenas formar para o mercado, mas criar times internos para a nossa construtora. Essa iniciativa conta com parceria da ONG Mulheres em Constru??o, que nos auxilia no monitoramento por um ano e na designa??o de padrinhos ou madrinhas nas obras, considerando quest?es como assédio e necessidades específicas das mulheres.Minha inten??o é expandir o treinamento para fun??es menos bra?ais, como operadoras de cremalheira e maquinário, para que o ambiente de obra se habitue à presen?a feminina em outras áreas além da limpeza e opera??o de elevadores. O Alma Brasileira se tornou o DNA institucional da Setin. Como surgiu esse conceito?Surgiu organicamente e de forma natural. Percebemos isso após a entrega do nosso oitavo empreendimento de estúdios no centro de S?o Paulo, que tinha uma cara brasileira nas cores e na integra??o do verde, e no sucesso do Hi Pinheiros, que valorizou a produ??o local. Meu pai, Ant?nio Setin, e eu nos demos conta de que fazíamos empreendimentos com tanta raiz, paix?o pelo design, arte e natureza brasileiros, que decidimos elevá-los a um pedestal.A ideia é que o Alma Brasileira remeta a memórias afetivas, seja por um detalhe, um cheiro ou uma comida, valorizando o que o Brasil tem de melhor. Isso se traduz nos empreendimentos de diversas formas: nos estandes de vendas, temos arquitetas que acolhem os clientes e contam a história do empreendimento, dos designs e artistas.Na arquitetura e design, por exemplo, o Ibiat?, no Paraíso, evoca a terra, com ladrilhos e palha, remetendo às nossas raízes e com pe?as de Hugo Fran?a. Já o Te?á, no Itaim, se adapta ao perfil mais cosmopolita do bairro, com fachada em concreto aparente, vidro e linhas retas. Incluímos móveis garimpados de Sérgio Rodrigues, obras de arte de Jader Almeida e uma escultura exclusiva de Artur Lescher para o lobby, com espelho d'água. O designer baiano Nildo José desenhou painéis de madeira exclusivos.
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