Ped\u00f3filos adoram capa de cordeiro', diz influenciadora crist\u00e3 que ensina preven\u00e7\u00e3o de abusos
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 19h42)A psicóloga Leiliane Rocha, 38, conquistou mais de 1 milh?o de seguidores online falando de um assun
Ped\u00f3filos adoram capa de cordeiro', diz influenciadora crist\u00e3 que ensina preven\u00e7\u00e3o de abusos
A psicóloga Leiliane Rocha,jogos online de bingo 38, conquistou mais de 1 milh?o de seguidores online falando de um assunto que muitos preferem evitar: abusos sexuais contra crian?as e adolescentes.A pernambucana, que se especializou em sexualidade humana e costumava dar cursos presenciais sobre o tema, criou um perfil no Instagram há quatro anos, quando nem sabia o que era essa rede social, por sugest?o de uma amiga.Dois meses depois, viralizou o primeiro post: no conteúdo, ela desaconselhava os casais a fazerem sexo no mesmo ambiente que os filhos, mesmo quando est?o (ou parecem estar) dormindo, argumentando que pode gerar consequências semelhantes às de um abuso sexual. Desde ent?o, a especialista já publicou mais de 1800 posts —fora lives e stories— com títulos como "aluno se masturbando na escola", "a crian?a inventa o abuso?", "beijar na boca da crian?a pode?", "crian?a acessando pornografia", ou "‘namoro’ entre crian?as: o que os pais n?o devem fazer".Ela também já organizou cursos online para aconselhar pais e profissionais a prevenir abusos e a falar sobre sexualidade e limites corporais com as crian?as.
A psicóloga pernambucana Leiliane Rocha, que se especializou em educa??o sexual, ao perceber que suas pacientes tinham problemas sexuais derivados de abusos na infancia - Divulga??o Em seus vídeos, Leiliane se comunica de forma assertiva, didática e até bem-humorada —uma abordagem que, em sua opini?o, ajudou seu canal a fazer sucesso."Eu falo de um tema pesado, difícil, porém com leveza. Entrego coisas práticas para que a pessoa veja um vídeo meu, aplique com o filho e tenha resultado", afirma. "Se eu falar a realidade do abuso sexual e n?o trouxer uma forma de combatê-la, vou estar só assustando todo mundo."A influenciadora também possui uma peculiaridade que a ajuda a chegar a um público que pode ter receio desse assunto por raz?es religiosas. Adventista desde crian?a, ela fala de Deus e de sua fé em alguns dos conteúdos que produz, e muitos alunos que procuram seus cursos s?o crist?os.Algumas orienta??es, inclusive, s?o especificamente dirigidas ao público evangélico. é o caso de uma postagem sobre a "vara da disciplina" e a orienta??o de alguns pastores de que bater é bíblico, o que ela condena: "Bater em crian?a n?o é ordem divina", escreveu.Leiliane n?o vê contradi??o entre religi?o e educa??o sexual, tanto que ela utiliza trechos da Bíblia em seus cursos e alerta fiéis a ficarem atentos a possíveis abusos em cultos e outros rituais. "Pedófilos adoram capa de cordeiro", diz. "A gente n?o pode baixar a guarda porque está na igreja." O que te motivou a postar conteúdo sobre sexualidade infantil e preven??o de abusos? Fiz pós-gradua??o em sexualidade e, quando comecei a atender mulheres, percebi que muitas delas n?o tinham orgasmo e que a gênese desses problemas era a falta de educa??o sexual. Eu ouvia o tempo todo "Eu fui abusada" e percebi que tudo come?a na infancia.Decidi montar um curso presencial de educa??o sexual infantil para pais e, para minha surpresa, as vagas esgotaram rapidamente. Na época eu nem sabia o que era Instagram, mas uma amiga me incentivou a publicar conteúdo nas redes sociais e resolvi tentar. Entre meus seguidores, mais de 90% s?o mulheres porque a maioria maci?a foi abusada na infancia de alguma forma. Outras descobriram que sofreram abuso depois de me seguirem.Como você ultrapassou 1 milh?o de seguidores falando de um assunto que ainda é um tabu para tanta gente? Se eu falar a realidade do abuso sexual e n?o trouxer uma forma de combatê-la, eu vou estar só assustando todo mundo, portanto, eu n?o digo só o que é, mas como fazer para evitar.Entrego coisas práticas para que a pessoa veja um vídeo meu, aplique com o filho e tenha resultado —tanto que é comum pais ou professores comentarem que descobriram que o filho ou um aluno foram abusados por causa de uma dinamica que eu sugeri.Eu fa?o um post de estatística por mês, mas o resto é dinamica, métodos, técnicas. Se eu mostro o problema em um post, eu fa?o 29 posts com solu??es. Eu acho que tudo é Deus quem faz, mas humanamente falando, o que fez meu perfil crescer é que eu falo de um tema pesado, difícil, porém com leveza, com praticidade, com humor. A psicóloga Leiliane Rocha se tornou influencer ao criar perfil nas redes sociais com postagens com dicas sobre preven??o de abuso sexual - Divulga??o é possível falar de abuso sexual infantil com leveza e humor? Cientificamente, qual é a principal ferramenta da aprendizagem infantil? A ludicidade. O humor é uma das principais energias psíquicas, temos que trazer o lúdico para promover o aprendizado da crian?a e até do adulto.Quais s?o as dúvidas mais comuns de seus seguidores? Eles gostam muito de aprender como falar sobre sexualidade com as crian?as, como responder perguntas cabeludas, lidar com masturba??o na infancia, com jogos sexuais entre crian?as. Eles também gostam de saber como identificar se uma crian?a, se um bebê está sendo abusado.Os pais ficam surpresos de ver como os abusadores agem de maneiras inesperadas, impensáveis, dizem: "n?o é possível que isso aconte?a". Mas aí é só ler os comentários porque sempre tem pessoas dizendo que passaram por aquilo naquele tipo de situa??o.é comum grupos religiosos serem contrários à educa??o sexual nas escolas. Você vê contradi??o entre religi?o e ensino de sexualidade? Muito pelo contrário. Inclusive, quando fa?o palestras e cursos em escolas confessionais crist?s, eu uso muito a Bíblia. Por exemplo, eu falo que Deus fez o nosso corpo importante, especial, com tantas partes que nos protegem… A pele protege os órg?os, a sobrancelha protege nossos olhos —e aí eu chego na quest?o da prote??o das partes íntimas e da preven??o do abuso.Por que há tanta resistência das famílias à inclus?o do assunto no currículo? As pessoas n?o entenderam o que é a educa??o sexual. Quando elas entendem, as resistências caem. Eu nunca enfrentei resistência, seja em escola pública, privada, confessional crist?, n?o crist?, porque eu fa?o uma prepara??o, eu chamo as famílias para apresentar o projeto de educa??o sexual, emocional e de preven??o abuso que eu vou fazer ali.Geralmente o medo desses pais é achar que crian?a vai ficar sexualizada, aprender coisas que n?o deveria, porque eles pensam que a educa??o sexual é só sobre sexo. Eu acho legítima essa preocupa??o, as pessoas n?o aderem ao que n?o conhecem. O problema é que muitas escolas n?o têm uma metodologia, n?o preparam os professores para isso, porque nosso problema é estrutural.Minha grande luta é que as faculdades incluam uma disciplina de forma??o nesta temática n?o só para professores, mas para médicos, juízes, qualquer profissional que vá lidar com famílias e crian?as.Por que você acha que a escola precisa tratar desse assunto? A educa??o sexual na escola vai acontecer de qualquer maneira, só que nem sempre com uma metodologia ou de maneira adequada. Todo dia os professores entram em contato com essa demanda: tem muitos casos de crian?as se masturbando na escola, crian?a falando palavr?es pesados, crian?a que vem comentar sobre pornografia que assistiu em casa, adolescentes que est?o transando com 12, 13 anos. O que eu falo para os pais é: n?o é melhor que exista um preparo para isso? Como você aborda os abusos sexuais praticados por líderes religiosos? Os pedófilos adoram uma capa de cordeiro, ent?o a religi?o é o cenário perfeito para eles. Eu sempre alerto que a igreja n?o é um clube de anjinhos; a igreja é um hospital, só tem doente, pecador, gente que vai atrás do médico dos médicos, que é Jesus. N?o é que a igreja seja um lugar perigoso —eu vou semanalmente e amo—, mas a gente n?o pode baixar a guarda porque está na igreja.Já atendi muitos casos de crian?as que foram abusadas em banheiros de igrejas, nos ensaios de coral, no acampamento, quando acaba o culto e os pais ficam conversando lá fora enquanto o filho brinca nas salas. O abuso é muito rápido. Ent?o eu conclamo as igrejas a aderirem a uma cultura protetiva, porque n?o existe outra institui??o, no Brasil, que tenha mais influência sobre a família. Os pais acreditam muito nos religiosos, ent?o a igreja tem a responsabilidade social de promover essa conscientiza??o.
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