Polícia resgata mulher mantida em cárcere privado por mais de 10 anos pelo próprio marido no Paraná
wroppddt
13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h51)Uma mulher de 36 anos foi resgatada pela Polícia Civil na ter?a-feira (2) em Paranaguá, no litoral d
Polícia resgata mulher mantida em cárcere privado por mais de 10 anos pelo próprio marido no Paraná
Uma mulher de 36 anos foi resgatada pela Polícia Civil na ter?a-feira (2) em Paranaguá,íciaresgatamulhermantidaemcárcereprivadopormaisdeanospeloprópriomaridonoParanábrindes para bingo empresa no litoral do Paraná. Ela era mantida em cárcere privado pelo próprio companheiro há mais de dez anos.
O homem, de 66 anos, foi preso em flagrante. Segundo a corpora??o, as investiga??es come?aram após uma denúncia feita pela m?e da vítima.
Conforme os agentes, a vítima estava em panico, apresentava confus?o mental, dizia palavras sem nexo e n?o sabia diferenciar o espa?o temporal em que estava.
Segundo polícia, homem criava histórias fantasiosas para convencer mulher de que ela corria perigo se saísse de casa sozinha.
A Polícia Civil resgatou, na ter?a-feira (2), uma mulher de 36 anos que era mantida em cárcere privado pelo próprio companheiro há mais de dez anos em Paranaguá, no litoral do Paraná. O homem, de 66 anos, foi preso em flagrante.
Segundo a corpora??o, as investiga??es come?aram após uma denúncia feita pela m?e da vítima.
Uma equipe policial foi até o endere?o do casal e foi recebida pelo homem, que inicialmente se recusou a abrir a porta. Depois de insistência, o casal saiu de dentro da residência.
? Clique aqui para seguir o canal do g1 PR no WhatsApp
Conforme os agentes, a vítima estava em panico, apresentava confus?o mental, dizia palavras sem nexo e n?o sabia diferenciar o espa?o temporal em que estava.
Segundo a delegada Maluhá Soares, responsável pelas investiga??es, o suspeito criou cenários fantasiosos para convencer que a mulher corria risco de morrer caso saísse de casa.
Entre as histórias contadas, o suspeito afirmava que um homem estava atrás dela e queria matá-la e que ela estava com os documentos desatualizados e que, se saísse, poderia ser presa ou morta.
Após a vítima sair da residência, os vizinhos afirmaram que nunca tinham a visto no local.
Conforme a polícia, a casa onde a vítima estava tem condi??es precárias, n?o tem água encanada, nem sanitários, e a água é armazenada em baldes.
O advogado Luiz Illipronte, responsável pela defesa do suspeito, afirmou que n?o se trata de um caso de cárcere privado.
"Ele alega que eles viviam em comunh?o, que a decis?o de sair ou n?o de casa era uma decis?o em conjunto, dela também", defende.
Violência contra mulher: Veja os canais de denúncia disponíveis no ParanáVeja como solicitar: Mulheres vítimas de violência no Paraná podem pedir medida protetiva pela internet
1 de 1 Vítima morava em uma casa de dois c?modos, sem água encanada — Foto: Ana Zampier/RPC
'Forte vínculo de dependência emocional'
A vítima passou por atendimento psicológico.
Segundo a polícia, a mulher apresentou um forte vínculo de dependência emocional com o suspeito, de quem precisava de permiss?o para realizar atividades, inclusive sair de casa, o que só era autorizado se estivesse acompanhada dele.
Durante interrogatório, o suspeito confirmou que a mulher n?o saia de casa desacompanhada, alegado que era "perigoso".
Disse também que o isolamento da vítima se deve por conta de um medo que ela tem de ser morta por conta de problemas nos documentos, narrativa que ele mesmo admitiu ter repassado para ela.
"O que se percebe é que ela também passou a acreditar que ela n?o podia sair de casa. Muito provavelmente, o companheiro dela incutiu na mente dela essas situa??es fantasiosas de que ela n?o podia sair, e ela foi acreditando nisso. Ela também tinha medo de sair, tanto que, quando ela foi convidada a comparecer na delegacia, tinha um receio muito grande de colocar o pé para fora de casa. Dá para ver que é um controle psicológico muito grande que ela sofria", detalha a delegada.
O homem foi indiciado pelo crime de cárcere privado qualificado pelo fato de a vítima ser c?njuge do agente. Se condenado, o suspeito pode pegar até cinco anos de pris?o.
LEIA TAMBéM:
Entenda: Candidatos relatam irregularidades em prova para concurso do Tribunal de Justi?a do ParanáPolícia: Marido encontra esposa com amante ao chegar em casa e mata homem a facadas, em Foz do Igua?uVídeo: PM aposentado reage a assalto em posto de combustível e é baleado com três tiros em Curitiba
Família n?o tinha acesso à vítima
Segundo a polícia, a família n?o tinha acesso à vítima durante todo o período de cárcere.
à polícia, a m?e da mulher contou que tentou visitar a filha várias vezes, mas era impedida pelo suspeito.
Em alguns casos, a própria vítima, possivelmente coagida, se recusou a ver a m?e, afirmando que n?o a reconhecia e pedindo para que ela fosse embora, se comunicando apenas por uma pequena janela.
VíDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
50 vídeos
Leia mais notícias no g1 Paraná.
NEWSLETTER GRATUITA
BBC Audio Global News Podcast Nepal's prime minister resigns as protests grow.txt
GRáFICOS
ASMR How whispering took over the internet.txt
Navegue por temas