Imposto de Renda 2025: o que acontece se eu n?o declarar?
O papel do conselheiro no terceiro setor Carreira Valor Econ?mico.txt
O terceiro setor n?o foi uma descoberta tardia na minha vida,casa de poker campinas mas uma constru??o gradual. Desde crian?a, sempre prestei aten??o nas diferen?as sociais ao meu redor. Cresci em uma casa onde as conversas sobre desigualdade social estavam sempre presentes: meu pai, um imigrante que construiu sua vida no Brasil, e minha m?e, com sua generosidade silenciosa, me ensinaram a olhar para as pessoas e suas dificuldades de maneira empática e solidária. Mas foi apenas mais tarde que comecei a entender como poderia contribuir para diminuir as desigualdades. O ponto de inflex?o, por incentivo do meu pai, foi o trabalho voluntário no Hospital A.C. Camargo, quando eu tinha cerca de 15 anos. Lá, conheci dona Carmem Prudente, uma mulher dedicada à causa da oncologia e que foi fundamental na cria??o do primeiro centro especializado em cancer em S?o Paulo, nos anos 50. Ela me ensinou a importancia do voluntariado e me mostrou a responsabilidade que envolve as causas sociais. Lembro-me de vê-la correr atrás de doa??es para evitar que o hospital falisse. Foi ali que a semente do terceiro setor foi plantada em mim. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); A trajetória profissional que segui me levou por outros caminhos antes de atuar em novos projetos sociais. Formada em psicologia, trabalhei sempre com o propósito de transformar realidades, mas percebi que o propósito social é um esfor?o coletivo, e n?o um desejo individual. Na última década, em um novo momento de vida, retomei a liga??o com o terceiro setor de forma mais ativa, buscando aplicar minha experiência em governan?a e gest?o. Hoje fa?o parte do conselho de quatro institui??es, com áreas de atua??o e níveis de maturidade e de governan?a diferentes. Aprendo diariamente com elas e sinto uma grande felicidade nesse trabalho. Cada institui??o - incluindo novamente o A.C. Camargo - me faz perceber o quanto a sociedade ainda subestima o papel crucial das ONGs no desenvolvimento do país. Se n?o fosse por elas, muitas lacunas que o Estado n?o preenche jamais seriam atendidas. O eterno dilema dos inconformistasO cansa?o moral dos líderes conscientesFrancisco e o poder da lideran?a servidora O terceiro setor enfrenta desafios imensos no Brasil, onde a cultura da filantropia ainda está em constru??o. Por isso, quem decide se envolver, especialmente na governan?a, deve entender que n?o está apenas exercendo um papel consultivo ou técnico, como em uma empresa. Sua dedica??o extrapola o papel de conselheiro tradicional: é necessário se envolver com a causa, estar próximo da gest?o, ser um parceiro estratégico que realmente se importa com o futuro da organiza??o e com o impacto que ela pode gerar. Conselheiro que atua no terceiro setor deve se envolver com a causa, estar próximo da gest?o, ser um parceiro estratégico que realmente se importa com o futuro da organiza??o e com o impacto que ela pode gerar. — Foto: Freepik A estrutura patrimonial dessas institui??es, muitas vezes fragilizadas, precisa ser fortalecida. Para quem decide contribuir, independentemente de ser pro-bono, a responsabilidade é grande, e o trabalho deve ser cumprido com seriedade. Além de compartilhar sua expertise, o conselheiro precisa colocar à disposi??o sua rede de relacionamentos e ajudar a abrir portas. Esse papel de “facilitador” é vital, pois, na maioria dos casos, as ONGs dependem de doa??es e parcerias externas para continuar suas opera??es. Por trás dessa atua??o precisa haver paix?o, propósito. Dedica??o genuína à causa. Recomendo a todos que pretendem seguir esse caminho que escolham institui??es que toquem sua alma, com as quais se identifiquem. Recomendo também que mergulhem para entender sobre filantropia, institutos, funda??es, sua legisla??o e seu propósito. Atuar no terceiro setor é uma escolha transformadora. Estamos no caminho, e ainda há muito a fazer, mas é impressionante como somos capazes de "contaminar positivamente" quando abra?amos com amor uma causa. Vicky Bloch é fundadora da Vicky Bloch Associados, professora do IBGC, da FIA e membro de conselhos de administra??o e consultivos