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Projeto para recuperar manguezais na Amaz?nia come?a a mostrar resultados

Um projeto para recuperar manguezais na Amaz?nia come?ou a mostrar resultados.

A Amaz?nia abriga a maior faixa contínua de manguezais do ?niacome?a onde foi os ganhadores da mega-senamundo. Bragan?a, no Pará, é parte dessa área. Peixes, aves e mamíferos se reproduzem na floresta de raízes. O pescador coleta caranguejo - menos as fêmeas - para garantir o futuro da espécie.

"Essa aqui a gente devolve, porque aí, futuramente, a gente tem bastante caranguejinho para gente trabalhar", diz o pescador Gessé Martins.

Manguezais protegem as comunidades mais vulneráveis às mudan?as do clima. S?o barreiras naturais contra enchentes e a eros?o. A miss?o dos pesquisadores do projeto Mangues da Amaz?nia é preservar essas áreas.

“Nós anotamos a temperatura do ar, a temperatura do solo, a hora, a quantidade de tempo que a gente vai deixar essa camara presa no ch?o... Nesse cálculo, a gente consegue exatamente estimar quanto de CO? está sendo emitido nessa área, nesse volume de camara”, explica Mayara Vieira, pesquisadora do projeto Mangues da Amaz?nia.

1 de 1 Projeto para recuperar manguezais na Amaz?nia come?a a mostrar resultados — Foto: Jornal Nacional/ Reprodu??o

O que a equipe quer saber é como esse mangue está respirando. Manguezal preservado respira sem pressa. é o que ajuda a manter grandes quantidades de estoque de carbono no solo - essencial para o equilíbrio do clima. Esse sequestro de carbono combate o aquecimento global.

"Apesar de o manguezal ser uma linha muito sutil, muito fina ao longo da costa, principalmente nas regi?es tropicais e subtropicais, ele como um sumidouro é quatro ou cinco vezes mais eficiente até que uma floresta de terra firme. Principalmente pela condi??o de solo alagado. Se você tem um período de estiagem, seca mais prolongada, esse solo também perde a capacidade de estocar carbono. Aí mais CO? é jogado para atmosfera”, diz Hudson Silva, pesquisador do projeto Mangues da Amaz?nia.

Em uma regi?o, parte do ecossistema foi devastado na década de 1970, com a constru??o da rodovia PA-458, para escoar a produ??o e incentivar o turismo na regi?o.

“Era um mal necessário passar por dentro do manguezal, mas n?o foi planejado de forma a minimizar os efeitos. N?o que a gente n?o tenha, n?o possa ou n?o deva construir, mas a gente sempre tem que construir pensando no ambiente”, afirma Marcus Fernandes, coordenador do Laboratório de Ecologia do Manguezal/UFPA.

Para recuperar áreas degradadas, mudas de árvores vêm sendo replantadas. A cobertura vegetal mantém os benefícios dos manguezais, e os sinais de regenera??o já come?am a aparecer.

“O nosso case de sucesso é quando a gente já vê os caranguejinhos por aqui, voltando para o território. Para gente, quando a gente observa isso, é que o ambiente está realmente se recuperando”, diz John Gomes, pesquisador - Mangues da Amaz?nia.

O mangue também sustenta a arte de produzir panelas de barro. A artes? Maria Nazaré Furtado é uma das guardi?s da tradi??o, mantida por mulheres há muitas gera??es:

“Tem que preservar, né? Sen?o acaba”.