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Metodologia 'lean construction' reduz desperdícios e otimiza prazos em empreendimentos imobiliários Gest?o & Resultados Valor Econ?mico.txt
De um lado,ícioseotimizaprazosemempreendimentosimobiliáriosGest?oampResultadosValorEcon?quantas vezes o deputado joao de deus ganhou na loteria juros em patamares de dois dígitos, os mais altos desde 2017. De outro, custos de insumos e matérias-primas ainda bastante pressionados. Mas sempre há a proverbial luz no fim do túnel. No caso do atual cenário da constru??o civil, ela atende pelo nome de lean construction, metodologia que possibilita maior eficiência de processos e redu??o de desperdícios, que quase sempre se traduzem na forma de ‘estouros’ de custos e de prazos. N?o à toa, lean construction é um termo cada vez mais ouvido – e adotado - entre construtoras e incorporadoras no Brasil. Levantamento realizado pela Falconi, maior consultoria brasileira de gest?o, revelou que cerca de 65% das obras apresentam algum “estouro” de custos. Com track record de mais de 20 anos orientando empresas na ado??o dessa abordagem, a Falconi revela no estudo que esses custos ficam entre 5% e 10% acima das previs?es iniciais. Por outro lado, a estimativa é de que 89% dos empreendimentos apresentem algum atraso - na maioria das situa??es, eles representam de 10% a 20% a mais nos prazos estabelecidos inicialmente. A situa??o acende um sinal amarelo nos balan?os. Sobretudo em períodos como o atual, quando construtoras e incorporadoras est?o pressionadas por uma taxa Selic de 13,75% ao ano - após um nível historicamente baixo de juros (2% ao ano) até janeiro do ano passado – e pelos pre?os de matérias-primas e materiais de constru??o ainda em eleva??o. Para se ter ideia, o índice Nacional de Custos da Constru??o (INCC), da Funda??o Getúlio Vargas, registra alta de 11,57% no período de 12 meses até junho passado. Mas alguns produtos e insumos fundamentais para a indústria, como elevadores, argamassa e instala??es hidráulicas, chegaram a apresentar altas de 21,6%, 27,05% e 16,62%, respectivamente André Chaves, Diretor de Indústria de Base e Infraestrutura da Falconi — Foto: Divulga??o “Em momentos como este, a ado??o do lean construction pode representar uma grande diferen?a na saúde financeira de construtoras e incorporadoras. Para além do momento presente, seus benefícios acabam constituindo um legado de eficiência para as empresas que adotam a metodologia”, afirma André Chaves, diretor responsável pela unidade de negócios da Falconi que reúne projetos para empresas nos segmentos de Indústria de Base, Infraestrutura e Constru??o Civil. Ainda que o lean construction n?o seja exatamente uma novidade em termos de gest?o, certamente é fato novo a atual acelera??o no número de empresas que em busca da metodologia. Pressionadas por fatores econ?micos e logísticos, as empresas do setor cada vez mais buscam caminhos para ganhar eficiência e combater o desperdício. é exatamente a que se prop?e o lean construction, que atua alguns dos principais problemas que afetam o setor. Entre eles est?o materiais defeituosos, produ??o superestimada e o atraso na entrega de materiais e equipamentos, o que faz com que equipes inteiras fiquem paradas, com grande desperdício de horas de trabalho. Também est?o na lista o mau uso de recursos humanos por desvios de fun??o, com desperdício de tempo pelo deslocamento de equipes para resolver quest?es fora do seu escopo original, bem como o mau dimensionamento de estoque, sin?nimo de capital parado. Transporte desnecessário de material, movimenta??o de pessoas em atividades repetitivas e, finalmente, retrabalho, reconstru??o e redesenho, s?o outras dos problemas endere?ados pela metodologia. Desde mar?o implantando a metodologia lean construction em 66 canteiros de obras apenas na Grande S?o Paulo, o diretor de opera??es da Cyrela Flavio Cuperman diz, contudo, que ela só deve ser adotada com conhecimento do processo e levando em considera??o as particularidades de cada empreendimento. “N?o basta acessar um livro sobre lean construction e seguir um passo a passo, como receita de bolo. é preciso planejamento e análise profunda de cada caso”, ensina. De modo geral, a Falconi diz que apenas 41% dos desvios de custos ocorrem durante a execu??o da obra. Os outros 59% ocorrem em fases como as de formata??o do projeto, planejamento, or?amento e compras. Todas com gargalos a serem atacados a partir de diagnóstico em profundidade que serve de base para a elabora??o de solu??o específica para cada caso. Mas é fundamental que também seja feito treinamento das lideran?as que ir?o conduzir a implanta??o do lean construction. Na metodologia da Falconi, s?o seis os pilares fundamentais: planejamento de médio e longo prazos, produ??o, reuni?es gerenciais, foco nas áreas de processo e apoio, equipamentos, foco em qualidade e foco em padroniza??o. Implantado o sistema, a opera??o costuma apresentar resultados positivos já a partir do segundo ciclo completo de constru??o. “A taxa de retorno é elevada: para cada real investido, há um retorno de cinco reais em forma de lucro ou mais”, diz André Chaves. Na Cyrela, mesmo com o processo ainda em fase de implanta??o, Cuperman já enxerga os primeiros resultados. “Percebemos que há um maior engajamento. A cultura do lean construction entrou no ‘sangue’ das equipes e isso nos permite antever que, mesmo depois da implanta??o, os princípios continuar?o sendo observados.” Atuando nos segmentos de alto padr?o, médio padr?o e de entrada com diferentes marcas, a Cyrela instituiu inicialmente programa de testes inicial em nove obras, três em cada perfil. Com o sucesso dessa etapa, a metodologia passou a ser implantada em todos os canteiros de obras, com o objetivo de reduzir em 50% o ‘estouro’ de prazos. Uma meta que Flavio Cuperman acredita que será cumprida, contribuindo para que o investimento na ado??o do lean construction se pague. “A recupera??o do valor investido vai ser rápida”.
