N\u00e3o sou l\u00edder de escrit\u00f3rio', diz a primeira CEO brasileira da Anglo American
Petrobras impulsiona inova??o aberta no setor público com modelo de venture clienting Impacting the future Valor Econ?mico.txt
Por Clarisse Gomes,??oabertanosetorpúblicocommodelodeventureclientingImpactingthefutureValorEcon?sortei da mega sena 1769 sócia de Inova??o e Ventures da Deloitte, e Jo?o Carlos Matsuzaka Costa, gerente de inova??o aberta corporativa da Petrobras Inovar no setor público sempre foi um desafio, especialmente diante da rigidez dos processos licitatórios e da dificuldade de incorporar tecnologias emergentes nos sistemas tradicionais. Diante desse cenário, o conceito de venture clienting — em que grandes organiza??es atuam como clientes iniciais de startups, testando solu??es ainda n?o consolidadas comercialmente — emerge como uma resposta estratégica para fomentar a inova??o aberta. No contexto brasileiro, esse movimento se fortaleceu com o Marco Legal das Startups, que introduziu o Contrato Público para Solu??o Inovadora (CPSI). Criado a partir de uma modalidade especial de licita??o, o CPSI permite a contrata??o ágil de produtos e servi?os inovadores, viabilizando sua experimenta??o, desenvolvimento e valida??o em ambiente real dentro dos órg?os públicos. O processo geralmente ocorre em duas etapas. Primeiramente, estabelece-se um acordo de até 12 meses, prorrogável por mais 12, para testar a solu??o inovadora no ambiente da organiza??o. Se aprovada, surge a possibilidade de contrata??o em escala por até dois anos, também prorrogáveis, dispensando uma nova licita??o. Essa dinamica reduz riscos, acelera a ado??o de inova??es e posiciona o órg?o público como um cliente estratégico — impulsionando startups enquanto resolve desafios internos de grande impacto. Desde 2019, a Petrobras, com o apoio da Deloitte, tornou-se referência nacional ao adotar, de forma pioneira, o CPSI como ferramenta de inova??o aberta. Por meio do Programa Conex?es para Inova??o, estruturado para aproximar startups, universidades e institui??es tecnológicas, a companhia passou a lan?ar desafios públicos para atrair solu??es inovadoras direcionadas a demandas específicas de suas áreas de negócio. Ao contrário das compras públicas tradicionais, nas quais o servi?o é previamente especificado pelo órg?o público, o CPSI parte da identifica??o de um problema real. Startups e empresas de base tecnológica têm liberdade para propor solu??es diversas, promovendo um ambiente em que a criatividade e a expertise do ecossistema empreendedor s?o protagonistas. Além disso, o rito do CPSI é mais ágil e flexível do que o de licita??es convencionais, permitindo que tecnologias inovadoras sejam testadas e validadas em poucos meses — um fator fundamental para acompanhar a velocidade dos avan?os tecnológicos. Outro diferencial importante do programa da Petrobras é a segmenta??o do processo seletivo em duas rotas: Fast Track, indicada para solu??es maduras e prontas para implanta??o, e Inception, destinada a desafios mais complexos e com maior risco tecnológico, contemplando etapas estruturadas de mentoria. Essa distin??o permite que o rito de sele??o seja ajustado ao nível de inova??o exigido, acelerando a contrata??o de tecnologias de imediata aplica??o e oferecendo suporte adicional para propostas disruptivas. A experiência da Petrobras evidencia um conjunto de boas práticas replicáveis por outros órg?os públicos: defini??o clara de desafios e foco no problema, processos eficientes e ágeis, flexibilidade contratual, valoriza??o da propriedade intelectual e avalia??o voltada à gera??o de valor e à escalabilidade das solu??es implementadas. Quando órg?os públicos atuam como venture clients, eles impulsionam todo um ecossistema de inova??o, criando pontes entre o setor público e startups capazes de transformar a realidade com solu??es criativas e eficazes. Inscreva-se para conhecer mais conteúdos e solu??es sobre a transforma??o digital e de negócios.
