Fato ou Fake: O que você precisa saber sobre fake news e elei??es
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 22h59)Com o início da campanha eleitoral nesta ter?a-feira (16), mais mensagens falsas deste tema circulam
Fato ou Fake: O que você precisa saber sobre fake news e elei??es
Com o início da campanha eleitoral nesta ter?a-feira (16),êprecisasabersobrefakenewseelei??resultado da loteria do dia 24 de setembro 2015 mais mensagens falsas deste tema circulam na internet.
Na elei??o presidencial de 2018, por exemplo, o Fato ou Fake desmentiu 114 mensagens relacionadas ao pleito. Se considerarmos também as informa??es ditas pelos próprios candidatos, o número de fakes é ainda maior: 700.
A maioria delas colocava em dúvida a legitimidade do processo eleitoral ou disseminava dados mentirosos sobre os políticos.
Mas qual o impacto das fake news nas elei??es? Como a Justi?a Eleitoral lida com esse tema no Brasil?
Para responder a essas perguntas e entender o que tem sido feito por parte das plataformas digitais no combate à desinforma??o, o Fato ou Fake lan?a, no g1 e no YouTube, uma nova série de vídeos focada em elei??es, redes sociais e urna eletr?nica.
Na temporada anterior, publicada em mar?o, especialistas explicaram: como os criadores de fake news tentam enganar as pessoas; se é crime ou n?o compartilhar mentiras; e por que as pessoas acreditam nelas.
1a TEMPORADA - EPISóDIO 1: Por que as pessoas acreditam em fake news?1a TEMPORADA - EPISóDIO 2: Por que as pessoas criam fake news?1a TEMPORADA - EPISóDIO 3: Criar e compartilhar fake news é crime?1a TEMPORADA - EPISóDIO 4: Como os criadores de fake news tentam enganar você?1a TEMPORADA - EPISóDIO 5: Como combater as fake news?
Processo eleitoral e desinforma??o
Segundo o cientista político Vitor Marchetti, as fakes sobre política tentam atingir a legitimidade do sistema eleitoral.
“A fake tenta lidar com a ideia, a hipótese de que há interesses que manipulam os processos eleitorais a favor de algum candidato e em desfavor de outro”, explica Marchetti.
1 de 3 Vitor Marchetti, cientista político — Foto: Arquivo pessoal
“Desacreditar o processo eleitoral passa por desacreditar a urna eletr?nica como possibilidade de manipula??o do voto. As fake news relacionadas à urna eletr?nica tentam minar essa confian?a do eleitor de que a verdade eleitoral vai ser traduzida na hora do voto. [...] Boa parte das fakes têm a ver com um discurso mais geral contra o sistema”.
O professor também refor?a uma dica-chave para n?o ser enganado por esse tipo de mensagem. “Um caminho seguro é sempre tentar identificar a fonte daquele conteúdo, a origem da notícia. Geralmente, a imprensa já apurou e tem os mecanismos de checagem. Ent?o, [...] tende a ser uma notícia mais confiável”.
2 de 3 Sabrina Almeida, pesquisadora e cientista política — Foto: Reprodu??o/g1
Segundo a pesquisadora e cientista política Sabrina Almeida, quando uma mensagem falsa é compartilhada por um político ou uma personalidade, o dano no processo democrático é maior, porque há quem use a desinforma??o como estratégia de campanha.
“Muito do que a gente pesquisa é que parte dessas mensagens [falsas] s?o difundidas pelas [próprias] autoridades políticas. E, ao mesmo tempo, isso é utilizado como uma estratégia de manter a sua base engajada, e de muitas vezes deslegitimar o processo democrático”, diz a pesquisadora.
Crime eleitoral e perda de mandato
O candidato e o partido político têm a obriga??o de confirmar que as informa??es usadas durante a campanha s?o verdadeiras, mesmo aquelas produzidas por terceiros. Se usarem dados falsos, podem responder por crime eleitoral, com pena de pris?o ou multa.
A desinforma??o também pode ser entendida como abuso de poder midiático, que inclui a perda de mandato, como explica Victor Andrade, analista jurídico do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"A desinforma??o já é tratada como uma discuss?o jurídica hoje, n?o afeta só a moral. Nós temos a resolu??o que trata da propaganda eleitoral e que já traz, inclusive, previs?o de puni??o, deixando claro o caráter ilícito da desinforma??o em campanhas eleitorais", diz.
"Essa responsabiliza??o pela desinforma??o pode ser entendida como um abuso de poder midiático, que se encaixa na lei complementar 64/90, no artigo 22, que inclui a perda de mandato."
3 de 3 O Código Penal brasileiro prevê san??es ligadas a boatos e mentiras: s?o os chamados crimes de honra (calúnia, difama??o e injúria). — Foto: Getty Images
Além dessas puni??es específicas, o Código Penal brasileiro também prevê san??es ligadas a boatos e mentiras: s?o os chamados crimes de honra (calúnia, difama??o e injúria). Esse é o caso das fakes.
Comitê permanente do TSE
Além de responsabiliza??o e puni??o, o TSE criou em 2021 um comitê permanente para combater as fakes, construir processos de inova??o e criar um diálogo com parceiros. O grupo desenvolve a??es focadas na educa??o digital do eleitor.
"A nossa preocupa??o em rela??o à desinforma??o é que já se percebe que ela tem uma capacidade de influenciar na vontade do eleitor, que a partir desses das informa??es equivocadas e descontextualizadas, toma uma decis?o política que n?o tomaria se tivesse [acesso a] informa??es legítimas”.
TSE decide 'turbinar' comiss?o de combate a fake news e mirar ataques ao processo eleitoral
5 vídeos
O que fazer para evitar cair em fake news?
Os especialistas d?o uma série de dicas simples de como evitar cair nas armadilhas das mensagens falsas. Veja abaixo as principais:
Procurar informa??es e opini?es contrárias às nossas: “Você vai votar no candidato 1? Legal. Entra no candidato 2 e vê o que ele está falando também. Tenha contato com informa??es que s?o aparentemente incompatíveis, pois isso vai lhe dar uma opini?o mais sensata e equilibrada”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da USP.Reler as informa??es: “Sempre que eu leio alguma coisa que eu sinto que fiquei muito irritado, que me deixou indignado, eu falo: ‘Opa, est?o atuando em cima de mim. Vamos devagar. Vamos ler isso de novo. Será que isso é verdade? Isso que está escrito é factível? Será que, de fato, esse candidato ou essa pessoa falaria isso?'"Checar as informa??es em várias fontes: "Cruzar informa??es, buscar a origem e ter certeza", diz Nabuco. "Fa?a uma leitura lateral. Abra uma aba do lado e pesquise. Será que algum jornal falou isso?", diz Yurij Castelfranchi, professor da UFMG.Jogar um trecho da mensagem em um buscador: "Veja se aquele trecho já aparece em outras fontes. Eu sei que a maioria das pessoas que acredita em fake news n?o confia nos jornalistas, mas a mídia é diversa. Se ninguém fala n?o é porque todo mundo esconde, é porque é mentira", diz Castelfranchi.N?o compartilhar caso tenha dúvida: "Na dúvida, n?o passar adiante, pois você também faz parte desse processo”, diz Nabuco.Manter-se informado: Nabuco afirma que estar por dentro dos acontecimentos também ajuda a desconfiar e a n?o cair em informa??es falsas.
Veja como identificar se uma mensagem é falsa
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FATO OU FAKE: ENTENDA O MUNDO DA DESINFORMA??O Por que as pessoas acreditam em fake news? Por que as pessoas criam fake news? Criar e compartilhar fake news é crime? Como os criadores de fake news tentam enganar você? Como combater as fake news?
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