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'Cacha?a, cerveja, cesta básica, tudo eu mando': como empresário fantasma recrutava moradores de rua como laranjas

Jobson Antunes Ferreira,?acervejacestabásicatudoeumandocomoempresásorteio lotofácil 1826 de 63 anos, é apontado como chefe de uma das maiores organiza??es criminosas de fraude bancária do país.

Com dezenas de identidades falsas, Jobson acumulava pelo menos 334 empresas fantasmas registradas em seu nome ou no de terceiros.

Para dar aparência de legalidade aos negócios, ele recrutava pessoas humildes em troca de favores.

Os investigadores afirmam que muitos desses laranjas eram pessoas em situa??o de rua. Outros recebiam apenas uma quantia inicial e depois ficavam sem retorno.

Um esquema de estelionato que movimentou mais de R$ 2 bilh?es em 25 anos usava até moradores de rua como laranjas para abrir empresas de fachada. Segundo a Polícia Federal, o responsável é Jobson Antunes Ferreira, de 63 anos, apontado como chefe de uma das maiores organiza??es criminosas de fraude bancária do país. (Veja o vídeo acima.)

Com dezenas de identidades falsas, Jobson acumulava pelo menos 334 empresas fantasmas registradas em seu nome ou no de terceiros. Para dar aparência de legalidade aos negócios, ele recrutava pessoas humildes em troca de favores.

Em uma das grava??es obtidas pela PF, o empresário detalha como atraía laranjas. "é Deus no céu e eu na Terra. Porque t?o muito f..., coitados. A gente ajuda, eu pago dentadura, extra??o de dente. Cacha?a, cerveja, cesta básica, tudo eu mando.", disse.

Os investigadores afirmam que muitos desses laranjas eram pessoas em situa??o de rua. Outros recebiam apenas uma quantia inicial e depois ficavam sem retorno. “Logo no come?o me deram R$ 1 mil. Até hoje, já vai fazer três meses”, reclamou um deles em áudio.

LEIA TAMBéM: Rei dos empréstimos: empresário fantasma abriu 334 empresas que só existem no papel e recrutava 'laranjas' entre moradores de rua

Jobson também usava gerentes e contadores para sustentar a rede de empresas fictícias. Em troca, oferecia propinas que variavam de dinheiro a presentes.

“O ideal é dinheiro, mas às vezes come?a com uísque, depois um celular…”, dizia em outro trecho.

Segundo a PF, os empréstimos obtidos de forma fraudulenta eram pagos parcialmente, para simular legalidade, e depois abandonados. O prejuízo ficava com as institui??es financeiras.

Na última quinta-feira (22), Jobson foi novamente preso com a esposa, Cláudia Márcia, em um condomínio de luxo em Niterói (RJ). A polícia afirma que o imóvel foi comprado com dinheiro dos golpes.

Eles v?o responder por estelionato qualificado, organiza??o criminosa, lavagem de dinheiro e financiamento fraudulento.

Em nota, o advogado Jair Pilonetto, que defende o casal, disse que os dois “n?o cometeram os crimes imputados” e que a inocência será provada no decorrer do processo.

A Febraban afirmou repudiar o envolvimento de funcionários de bancos em esquemas criminosos e disse que promove treinamentos periódicos para identificar e reportar transa??es suspeitas.

1 de 1 Rei dos empréstimos: empresário fantasma abriu 334 empresas que só existem no papel e recrutava 'laranjas' entre moradores de rua — Foto: Reprodu??o/Fantástico

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