MP pede pris?o de homem que agrediu e assaltou idoso que ia comprar p?o em Divinópolis
Saldo comercial cai com o empurr?o de tarifas de Trump Opini?o Valor Econ?mico.txt
— Foto: Wenderson Araujo/Trilux O saldo comercial brasileiro está em queda (20% até agosto),?odetarifasdeTrumpOpini?oValorEcon?jogos do csa 2019 e as megatarifas de 50% aplicadas pelos EUA em pouco mais da metade das exporta??es v?o piorar um pouco mais o resultado, mas n?o muito. O déficit com os Estados Unidos subiu para US$ 3,39 bilh?es. Houve queda de 18,5% nas vendas para o mercado americano em agosto, mês em que passou a vigorar a puni??o tarifária de Donald Trump. A redu??o das vendas para os EUA ocorre depois que houve um novo surto antecipatório de compras por empresas e importadores americanos. As tarifas "recíprocas" só come?aram a ser aplicadas em meados daquele mês, acrescidas dos 10% já vigentes para todas as importa??es. Assim, ainda que as compras preventivas n?o tenham subido tanto como ocorreu até mar?o, à espera da taxa??o, elas fizeram as importa??es crescer 10,9% em julho, último dado disponível, para US$ 257,5 bilh?es. O déficit comercial americano atingiu US$ 103 bilh?es. As exporta??es subiram 5,5%. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); No ano até julho, as importa??es americanas continuaram crescendo, mesmo com tarifas, enquanto as vendas externas seguiram em passo mais lento. A consultoria Oxford Economics observa que, excluindo-se as compras de ouro, que voltaram a acelerar, as importa??es em julho avan?aram 3,3%. De qualquer forma, se a tendência se mantiver ao longo do terceiro trimestre, o setor externo deverá pesar negativamente com mais for?a no PIB do período. No primeiro trimestre, foi suficiente para fazer com que a economia americana tivesse desempenho negativo de 0,2%. Pelos dados comerciais oficiais americanos, houve aumento generalizado das importa??es em julho, espalhadas por todas as categorias, com exce??o de automóveis, nas quais as vendas brasileiras s?o irrisórias. Essas compras preventivas tendem a derrubar as importa??es nos meses seguintes, o que pode estar acontecendo com boa parte das exporta??es brasileiras. Isto é, as antecipa??es pioraram a queda das vendas no início do cerco tarifário de 50%. A redu??o das vendas brasileiras pode n?o ser t?o drástica nos próximos meses. Mas a investiga??o contra produtos brasileiros pela se??o 301 ainda pode produzir efeitos muito desfavoráveis ao Brasil. A balan?a comercial americana de julho mostrou aumento generalizado das importa??es da maioria dos países relevantes, inclusive do Brasil. Nos setores onde n?o há avan?o da importa??o americana no mês, o desempenho de agosto deixa claro o efeito direto da tarifa. é o caso de avi?es, por exemplo. Em julho, os EUA diminuíram suas compras externas em US$ 56 milh?es no mês e US$ 3,1 bilh?es no ano. A estatística inclui n?o só Embraer, mas seus concorrentes também. Em outras categorias de mercadorias que o Brasil exporta e que aumentaram em julho, o mercado americano já vem se retraindo. A aquisi??o americana de celulose subiu em julho, mas caiu no ano. As vendas brasileiras em agosto foram 22,7% menores que no mesmo mês de 2024. Algo semelhante ocorreu com o a?úcar, do qual o Brasil vendeu 88,4% menos. As compras do mercado americano do produto caíram US$ 29,5 bilh?es no ano até julho. A mesma coisa ocorreu com os produtos de ferro ou a?o, cuja demanda no destino final reduziu-se em US$ 704 milh?es no período. O Brasil vendeu 23,4% menos em agosto. Com as carnes, foi possível continuar exportando aos EUA, ainda que as vendas tenham caído quase na mesma magnitude do aumento das tarifas, 46,2%. Houve compra antecipada do produto em julho e a demanda do país ainda cresce. N?o é fácil para os importadores americanos encontrarem substitutos capazes de oferecer imediatamente a quantidade necessária para o país. Os pre?os est?o sendo repassados aos consumidores, especialmente na carne moída para hambúrgueres, com aumentos iguais ou superiores a 40%. O peso semelhante do Brasil nas vendas mundiais de café (o maior produtor) torna a compra do gr?o brasileiro incontornável no curto prazo. A queda de importa??es americanas totais de café foi suave em julho, de US$ 2,866 bilh?es para US$ 2,647 bilh?es, e, ainda que haja vantagem competitiva de concorrentes, como Vietn? e Col?mbia, que pagam metade da tarifa imposta ao Brasil, possivelmente n?o ter?o a curto prazo volume suficiente disponível para atender os EUA. O saldo brasileiro cai por vários motivos e o mais óbvio deles é que, com o tarifa?o de Trump, o comércio mundial, que deveria crescer em volume 2,7% antes delas, avan?ará apenas 0,9%, segundo dados da Organiza??o Mundial do Comércio. A barreira americana às mercadorias brasileiras trará um estrago em divisas e outro, grande, qualitativo, pois foram grandes compradores de bens manufaturados. O risco de saldos menores é o aumento do déficit em conta corrente, que quase dobrou de 1,37% do PIB em julho de 2024 para 3,5% agora. Em um mundo tranquilo, esse déficit n?o é um grande problema em si, mas é uma fragilidade séria em caso de turbulências, e, com Trump no comando da maior economia do mundo, certamente mais ondas de instabilidade vir?o.