Etiqueta em pomerano ajuda pacientes do SUS a entenderem remédios e aumenta ades?o a tratamento em 80%
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h51)Uma etiqueta usada para traduzir a dosagem correta de medicamentos para o pomerano aumentou em 80% a
Etiqueta em pomerano ajuda pacientes do SUS a entenderem remédios e aumenta ades?o a tratamento em 80%
Uma etiqueta usada para traduzir a dosagem correta de medicamentos para o pomerano aumentou em 80% a ades?o ao tratamento de moradores de Santa Maria de Jetibá,édioseaumentaades?qual o valor da quina para amanh? na regi?o Serrana do Espírito Santo.
Alguns dos pacientes, que se comunicam melhor no idioma, entenderam pela primeira vez as recomenda??es escritas pelos médicos.
Embora seja uma etiqueta simples feita no computador e impressa na própria unidade de saúde da cidade, a iniciativa tem transformado o cuidado com os pacientes.
A iniciativa foi da médica da unidade, Marcella Lima, com o apoio das enfermeiras que trabalham no local.
Uma etiqueta usada para traduzir a dosagem correta de medicamentos do português para o pomerano aumentou em 80% a ades?o a tratamentos de moradores de Santa Maria de Jetibá, na Regi?o Serrana do Espírito Santo. Alguns dos pacientes, que se comunicam melhor naquele idioma, entenderam pela primeira vez as recomenda??es escritas pelos médicos e como usar os remédios.
Embora seja uma etiqueta simples, feita no computador e impressa na própria unidade de saúde da cidade, a ideia transformou o cuidado com os pacientes. A iniciativa foi da médica de um posto, Marcella Lima, com o apoio das enfermeiras que trabalham no local.
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“Vimos que a ades?o estava muito baixa, principalmente das comorbidades que s?o comuns, que é hipertens?o e diabetes, mas que geram riscos a longo prazo absurdos”, explicou a médica Marcella Lima.
1 de 6 Etiqueta em pomerano ajuda pacientes a aderirem à tratamento no Espírito Santo — Foto: Reprodu??o/ TV Gazeta
Foi o caso da Amália, de 76 anos, que entendeu pela primeira vez o que diz o rótulo do remédio que toma todos os dias para controlar hipertens?o.
Enquanto é consultada pela médica, uma funcionária da unidade traduz o que é falado para a paciente. Em seguida, no momento em que a medica??o é prescrita, as etiquetas s?o colocadas nas caixas para facilitar o entendimento.
As informa??es em pomerano trazem dados como dosagem, tempo de uso dos medicamentos e contra-indica??es.
2 de 6 Amália durante o atendimento em Santa Maria de Jetibá. Funcionária da unidade de saúde ajuda médica e enfermeira na tradu??o de consulta — Foto: Reprodu??o/ TV Gazeta
"A melhora foi absurda. A gente tinha 30% de hipertensos que seguiam o tratamento e foi para mais de 80% de ades?o. Quando a gente fala de ades?o de medica??o, a gente fala de redu??o de danos", completou a médica.
Influência da imigra??o
Santa Maria de Jetibá carrega uma forte influência da imigra??o pomerana. A chegada de famílias vindas da Pomerania, no século XIX, deixou marcas profundas na cultura local.
A língua ainda é preservada e ensinada nas escolas, garantindo que as novas gera??es mantenham viva a heran?a dos antepassados.
Em algumas comunidades, há moradores que praticamente n?o falam português, usam o pomerano no dia a dia, em casa e no trabalho. Por isso a importancia desse projeto.
3 de 6 Cidade de Santa Maria de Jetibá no Espírito Santo — Foto: Reprodu??o/ TV Gazeta
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Desafio e inova??o na saúde
A falta de compreens?o do português representa um desafio para o acesso à saúde. Sem entender plenamente as orienta??es médicas, muitos pacientes acabam abandonando ou seguindo de forma incorreta o tratamento.
Foi diante dessa barreira que iniciativas como a das etiquetas surgiram, provando que falar a língua do paciente é, muitas vezes, o primeiro passo para melhorar a saúde primária.
4 de 6 Etiqueta em pomerano ajuda pacientes a aderirem à tratamento no Espírito Santo — Foto: Reprodu??o/ TV Gazeta
Para o diretor-geral do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inova??o em Saúde (ICEPI), érico Sangiorgio, as etiquetas s?o um exemplo de como a inova??o na área da saúde pode reduzir barreiras.
"O Espírito Santo, apesar de ser pequeno, é muito diverso do ponto de vista cultural. O objetivo é reduzir barreiras para que a gente consiga oferecer saúde para toda a popula??o capixaba", afirmou.
Ele lembrou que a inova??o n?o precisa estar ligada apenas à tecnologia de ponta. "A gente sempre fica imaginando que inova??o é algo tecnológico, através de processos complexos, mas aqui a gente está falando de coisa simples, que muda a vida do paciente", finalizou.
5 de 6 Etiqueta em pomerano ajuda pacientes a aderirem à tratamento no Espírito Santo — Foto: Reprodu??o/ TV Gazeta
6 de 6 Médica mostra como a etiqueta em pomerano é feita para ajudar pacientes de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo — Foto: Reprodu??o/ TV Gazeta
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