Brasil perdeu território maior que a Bolívia de áreas naturais em 40 anos, mostra MapBiomas
tvbtuxr
13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h59)Ao longo das quatro últimas décadas, o Brasil perdeu anualmente uma média de 2,9 milh?es de hectares
Brasil perdeu território maior que a Bolívia de áreas naturais em 40 anos, mostra MapBiomas
Ao longo das quatro últimas décadas,óriomaiorqueaBolíviadeájogar mega-sena o Brasil perdeu anualmente uma média de 2,9 milh?es de hectares de áreas naturais, segundo estudo do MapBiomas divulgado nesta quarta-feira. O impacto deste cenário significa uma redu??o de 111,7 milh?es de hectares entre 1985 e 2024, total que corresponde a 13% do território nacional e supera o tamanho da Bolívia. Durante esse intervalo, o percentual de municípios brasileiros cuja agropecuária acumula a maior parte de sua extens?o subiu de 47% para 59%. Licenciamento ambiental: 70% das postagens nas redes criticam a flexibiliza??o do processo, mostra QuaestLicen?a Ambiental Especial: Como foi aprovada pelo Congresso? O que Lula vetou? Veja perguntas e respostas O levantamento destaca que o processo de transforma??es, que trazem impactos significativos nas áreas naturais e na expans?o da agropecuária, n?o se deu de maneira uniforme. A primeira década estudada é apontada como responsável pela expans?o do desmatamento no Brasil. No início da série histórica, em 1985, o país tinha 80% do território coberto por áreas naturais. Ao longo dos dez anos, foi registrado um aumento de 36,5 milh?es de hectares de áreas antrópicas, cenário impulsionado pela expans?o de pastagens e o crescimento da urbaniza??o, o que levou a redu??o da cobertura natural brasileira para 76%. O total de floresta suprimida foi superado na década seguinte, entre 1995 e 2004, quando a convers?o de vegeta??o nativa para a agropecuária totalizou 44,8 milh?es de hectares no Brasil. A expans?o esteve presente, sobretudo, na pastagem, com 35,6 milh?es de hectares, enquanto o crescimento da agricultura no período foi de 14,6 milh?es de hectares. Na Amaz?nia, houve a apropria??o humana de 21,1 milh?es de hectares e a consolida??o do chamado “arco do desmatamento”. Até 2005, o percentual de cobertura natural era de 72%. A década que transcorreu de 2005 até 2014 foi marcada por apresentar o menor incremento de área antrópica em 40 anos, com crescimento de 17,6 milh?es de hectares, além de registrar redu??o da perda de vegeta??o nativa. No período, a perda líquida ficou em 17,1 milh?es de hectares — também o menor valor em quatro décadas. Desse total, 15,4 milh?es de hectares eram de florestas. — Há a concentra??o do desmatamento no Cerrado, principalmente na regi?o conhecida como Matopiba, que abrange os estados do Maranh?o, Tocantins, Piauí e Bahia. A pesquisa mostra que 80% dessa perda de vegeta??o para a agricultura ocorreu nestes territórios — aponta Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas. Também foi nesta década que ocorreu a maior expans?o da agricultura temporária (12,5 milh?es de hectares) e 20,9 milh?es de hectares de vegeta??o nativa foram convertidos para pastagem. O período, no entanto, foi quando a área de pastagem parou de crescer no Brasil. O MapBiomas destaca também o crescimento da silvicultura nestes dez anos, com acréscimo de 2,5 milh?es de hectares. A década mais recente, entre 2015 e 2024, teve a expans?o da minera??o como destaque. O crescimento de 58% foi concentrado, sobretudo, na Amaz?nia (66%). Foi neste período também que o Pampa registrou a maior taxa de supress?o de campos — perda de 1,3 milh?es de hectares — de modo que a área agrícola passou a superar os campos nativos usados para pecuária. No ano passado, eram 7,9 contra 5,8 milh?es de hectares. Estes dez anos também tiveram uma desacelera??o da expans?o agrícola em todos os biomas, principalmente no Cerrado e na Mata Atlantica, onde a expans?o foi 2,7 milh?es de hectares e 3 milh?es de hectares menor que na década anterior, respectivamente. Entretanto, o levantamento alerta para o surgimento de uma nova fronteira de desmatamento na Amaz?nia, a Amacro — composta pelos estados do Amazonas, Acre e Rond?nia. Os pesquisadores também identificaram que os ciclos de inunda??o no Pantanal têm reduzido a cada década, e o ano de 2024 foi o mais seco nos 40 anos. A Amaz?nia também enfrentou secas severas no período, com oito dos dez anos de menor superfície de água da série histórica registrados entre 2015 e 2024. O Brasil chega, ent?o, a 2024 com 65% do território coberto por vegeta??o nativa e 32% pela agropecuária. — Há um cenário de desafios. Precisamos evitar o retrocesso do avan?o legislativo de prote??o da natureza conquistado nessas quatro décadas, além de termos que lidar com o controle de queimadas derivadas das mudan?as climáticas e a diminui??o do ciclo de cheias no Pantanal — afirma Marcos Rosa. — Por outro lado, temos oportunidades com a melhoria do manejo da área de pastagem, o que garante melhor prote??o do solo e produtividade. Transi??o para a agropecuária Nestas quatro décadas, a forma??o florestal foi o tipo de cobertura que mais perdeu área no Brasil, com uma redu??o de 15% ou 62,8 milh?es de hectares — total ligeiramente superior ao território da Ucrania. A forma??o savanica vem em seguida, com uma diminui??o de 25% ou 37,4 milh?es de hectares, uma área maior que o território da Alemanha. Por outro lado, a pastagem e a agricultura foram os usos da terra que mais se expandiram no período. A área ocupada com pastagem cresceu 62,7 milh?es de hectares (+68%) e a agricultura, 44 milh?es de hectares (+236%). Se em 1985 420 municípios tinham predomínio de agricultura, em 2024 esse número saltou para 1.037. Já as cidades cuja pastagem é predominante n?o se expandiram na mesma velocidade, passando de 1.592 para 1.809 no período. Proporcionalmente ao tamanho dos territórios, os estados com maior área de agricultura s?o Paraná (34%), S?o Paulo (33%) e Rio Grande do Sul (30%). Os dados mostram também um crescimento da silvicultura de 7,4 milh?es de hectares, ou 472%. No ano passado, mais da metade destas áreas estavam no bioma Mata Atlantica (50,6%), seguido do Cerrado (37%) e do Pampa (8%). O MapBiomas também mostra que o período de 1985 a 2004 anos foi marcado por taxas de ganho de pastagem que superavam a área de perda. Nos períodos seguintes, no entanto, foi observada uma estabilidade no valor. Os pesquisadores observam uma maior perda destas áreas na Caatinga, Mata Atlantica e Cerrado, enquanto a Amaz?nia lidera o ganho de novas áreas de pastagem, seguida de perto pelo Pantanal. Quase sete em cada dez (67,5%) das áreas convertidas em pastagem por década ocorreram sobre áreas de forma??o florestal e savanica. Na contram?o, 25% das terras que deixaram de ser pastagem voltaram a ser florestas ou savanas, Secas mais recorrentes Os pesquisadores apontam que as áreas úmidas brasileiras ocupavam 84 milh?es de hectares, ou quase 10% do território nacional, em 195. Já em 2024, eram 74 milh?es de hectares, ou 8,8% do tal brasileiro. Ao longo dos 40 anos, todos os biomas perderam superfície de água, com exce??o da Mata Atlantica, por conta da cria??o de reservatórios e hidrelétricas a partir dos anos 2000. Os dados mostram que as redu??es mais drásticas ocorreram no Pantanal, cuja superfície de água em 2024 esteve 73% abaixo da média registrada nas quatro décadas. Dinamica nos biomas Amaz?nia: O bioma perdeu 52,1 milh?es de hectares de áreas naturais nos 40 anos, uma redu??o de 13%;Três em cada cinco (60%) hectares de agricultura surgiram nos últimos 20 anos;O maior aumento de área antrópica nesse bioma se deu entre 1995 e 2004 (+21,1 milh?es de hectares), superando o total desmatado até 1985 (13 milh?es de hectares);Todos os estados com maior propor??o de vegeta??o nativa no Brasil ficam no bioma: Amapá (96%), Amazonas (95%) e Roraima (94%). Pantanal: Houve perda de 1,7 milh?o de hectares (-12%) de áreas naturais nos 40 anos; A superfície de água se estendia por 24% do bioma em 1985, e em 2024 a água cobriu apenas 3%, do bioma, resultado de uma seca extrema, parte do processo de diminui??o das cheias e aumento dos períodos de seca no bioma. Cerrado: 40,5 milh?es de hectares de vegeta??o nativa foram suprimidos entre 1985 e 2024 (-28%). Caatinga: Redu??o de vegeta??o nativa no período foi de 9,2 milh?es de hectares (-15%). Mata Atlantica: Perda de vegeta??o nativa nas três décadas foi de 4,4 milh?es de hectares (-11%). Todos os estados com menor propor??o de vegeta??o natural ficam total ou parcialmente na Mata Atlantica: S?o Paulo (22%), Alagoas (22%) e Sergipe (23%). Pampa: Foi o bioma com a maior perda proporcional de vegeta??o nativa nos últimos 40 anos (-30%, que equivale a 3,8 milh?es de hectares). Essas redu??es se intensificaram na última década (2015 a 2024), quando foram suprimidos 1,3 milh?o de hectares de forma??es campestres. Mais recente Próxima Licenciamento ambiental: relator do texto na Camara vai propor derrubar quatro vetos nesta quarta-feira Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ vertical-align:middle}.bstn-aovivo-label{ background:red;border-radius:3px;color:#fff;display:inline-block;font:700 11px Arial,sans-serif;margin:0 8px 0 0;padding:3px 8px 2px;position:relative;text-transform:uppercase}.feed-post-body-title{ font:700 20px/24px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.72px;margin-top:8px;word-wrap:break-word}.feed-post-body-title:first-child{ margin-top:0}.bstn-related .feed-post-body-title{ display:block;font-size:16px;line-height:20px;letter-spacing:-.48px;margin-top:24px}.feed-post-body-resumo{ color:#555;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px;margin-top:8px}.feed-post-metadata{ align-items:center;color:#555;display:block;font:12px/12px Arial,sans-serif;justify-content:flex-start;letter-spacing:0;margin:24px 0 0}.feed-post-metadata:last-child{ margin:24px 0}.feed-media-wrapper+.feed-post-metadata{ margin:16px 0}.bstn-related .feed-post-metadata{ margin:16px 0 0}.feed-post-datetime{ white-space:nowrap}.feed-post-metadata>:after{ content:"— ";margin-left:4px}.feed-post-metadata>:last-child:after{ display:none}.feed-post-metadata-section:before{ content:"Em "}.bstn-related{ margin:24px 0}.feed-media-wrapper~.bstn-related{ margin:16px 0 24px}.bstn-relateditems{ list-style-type:none}.bstn-relateditem{ color:#999;border-top:1px solid #ddd;margin-top:16px;padding:0;background-color:#fff}.bstn-relateditem+.bstn-relateditem{ margin-top:24px}.bstn-face-temporeal .bstn-aovivo-label{ background-color:#06aa48}.label-tempo-real,.scoreboard-bastian-feed{ display:none}.highlight-bastian-feed{ display:none;color:#555;font-size:16px;letter-spacing:-.32px;line-height:20px;display:block;margin:8px 0 0}.highlight-bastian-feed .time{ font-size:12px;line-height:16px;margin-bottom:8px}.highlight-bastian-feed .text{ margin-bottom:4px}.load-more{ margin:16px 24px 0;text-align:center;text-transform:uppercase}.load-more a{ overflow-anchor:none;color:#fff;display:block;font:700 14px Arial,sans-serif;padding:15px 0}@media (max-width:539px){ body{ background-color:#eee}.areatemplate-showtime,body{ margin:0}.regua-apuracao~main .areatemplate-showtime{ margin-top:16px}.areatemplate-esquerda{ float:left;margin-top:16px!important;padding-left:12px;padding-right:12px;width:100%}.regua-apuracao~main .areatemplate-esquerda{ margin-top:0!important}.regua-apuracao~main>.row+.row>.areatemplate-esquerda{ margin-top:16px!important}}@media (min-width:540px){ .bstn-fd .bstn-item-shape{ box-shadow:none;background-color:transparent;border-radius:0;margin:32px 0 0}.bstn-fd .bstn-item-shape:after{ background-color:#c8c8c8;content:"";display:block;height:1px;margin-top:32px}#bstn-rtcl .bstn-item-shape{ background-color:#fff;contain:layout paint style;overflow:hidden}.no-image .feed-post{ min-height:auto}.feed-post-body{ align-items:start;column-gap:16px;grid-column-gap:16px;display:grid;grid-template-columns:repeat(auto-fit,minmax(45%,-webkit-max-content));grid-template-columns:repeat(auto-fit,minmax(45%,max-content));grid-template-rows:repeat(5,auto);padding:0}.feed-post-header{ letter-spacing:-.75px;grid-column:2;padding-bottom:8px}.feed-post-body-title{ font-size:24px;letter-spacing:-1.25px;line-height:28px;grid-column:2;margin:4px 0 0}.feed-post-body-title:first-child{ margin-top:0}.bstn-related .feed-post-body-title{ font-size:14px;font-weight:400;letter-spacing:-.3px;line-height:normal}.feed-post-body-resumo{ grid-column:2;letter-spacing:-.3px;margin:10px 0 7px}.feed-media-wrapper{ margin:0;grid-column:1;grid-row:1/span 5}.feed-post-metadata{ grid-column:2;margin:6px 0 0}.feed-media-wrapper+.feed-post-metadata,.feed-post-metadata:last-child{ margin:6px 0 0}.bstn-related .feed-post-metadata{ display:none}.bstn-related~.feed-post-metadata{ margin-top:6px}.bstn-related{ display:block;grid-column:2;grid-row:3}.bstn-related,.feed-media-wrapper~.bstn-related{ margin:6px 0 0 1px}.scoreboard-bastian-feed~.bstn-related{ grid-row:4}.bstn-relateditems{ list-style-type:disc;padding:0 0 0 16px}.bstn-relateditem{ border:0;margin:2px 0;background-color:transparent;padding:4px 0}.bstn-relateditem+.bstn-relateditem{ margin-top:2px}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-fd .tag-manager-publicidade-container--visivel,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ box-shadow:none;background-color:transparent;border-radius:0;margin:32px 0 0}.bs-home .areatemplate-direita,.bs-home .areatemplate-esquerda{ margin-top:40px}}'Depositam fé na Casa Branca': como a imprensa internacional viu os atos bolsonaristas de 7 de setembroJornais estrangeiros destacaram mobiliza??o de apoiadores de Bolsonaro e men??es elogiosas aos EUAHá 9 minutos Política Após causar atraso na final do US Open, Trump 'cochila' na arquibancadaEsquema de seguran?a atrasou jogo em quase uma horaHá 13 minutos época Mulher se perde em floresta nos EUA durante desafio do YouTube e é resgatada por helicópteroParticipante de 36 anos se perdeu na Floresta Estadual de Pigeon River e foi encontrada horas depois pela políciaHá 20 minutos época Mexicano morre sob custódia da agência de imigra??o dos EUA em centro de deten??o Lorenzo Antonio Batrez Vargas, de 32 anos, foi declarado morto em hospital próximo a PhoenixHá 30 minutos Mundo Ataque a tiros em ponto de ?nibus em Jerusalém deixa ao menos cinco mortos; bairro tem maioria palestinaDois atiradores abriram fogo em RamotHá 42 minutos Mundo ‘O gringo está com o dedo no gatilho para investir no Brasil’: a vis?o do UBS BBHá 52 minutos Capital Administra??o de conhecido shopping carioca pede o despejo das Casas BahiaShopping carioca reclama de dívida superior a R$ 1 milh?o Há 52 minutos Ancelmo Gois Provas usadas pela PGR no processo da trama golpista contrap?em argumentos das defesas dos réus Advogados rebateram, entre outros pontos, vincula??o com os atos de 8 de janeiro e a minuta golpistaHá 52 minutos Política Lula e o convite praticamente irrecusável para o desfile de 7 de setembroHá 58 minutos Lauro Jardim Após o 'BBB 25', Diogo Almeida estrelará curta-metragemHá 1 hora Play Veja mais
NEWSLETTER GRATUITA
Angus_graveyard_visitors_told_not_to_leave_alcohol.txt
GRáFICOS
BBC InDepth - In depth and expert analysis from BBC News.txt
Navegue por temas