Vídeo mostra rea??o de empresário preso por matar gari em BH ao saber que ficaria preso por tempo indeterminado
Para especialistas, transi??o energética deve ser inclusiva Glocal Valor Econ?mico.txt
Nicole Oliveira,??oenergéticadeveserinclusivaGlocalValorEcon?próximos jogos do cruzeiro na libertadores do Instituto Ayara: críticas aos planos de construir termelétricas a gás, que geram energia mais cara — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo Sol forte, bons ventos, biomassa abundante e m?o de obra qualificada, entre outros atributos, colocam o Brasil em condi??es favoráveis para se tornar uma potência energética. Contudo, o país tem ainda diversos obstáculos a superar, como as políticas públicas erráticas, a desigualdade social, o corte de recursos para pesquisa e a pouca participa??o das comunidades na tomada de decis?es. Esta constata??o foi um consenso entre especialistas dos campos empresarial, acadêmico e de organiza??es n?o-governamentais que, na sexta (15), debateram os rumos para uma transi??o energética justa durante a Glocal Experience. “Precisamos de uma nova vis?o econ?mica que promova mudan?as intencionais, para que as pessoas desfavorecidas ao longo da história n?o fiquem para trás no acesso à energia”, defende o diretor executivo da Revolusolar, Eduardo ávila. No ano passado, a ONG criou a primeira cooperativa de energia solar em favela no país, envolvendo 34 famílias das comunidades Babil?nia e Chapéu Mangueira, no Rio de Janeiro. “Estamos sistematizando a experiência com projetos-piloto dos últimos seis anos pra propor aos candidatos a cargos eletivos a inclus?o, nas políticas públicas, de técnicas de gera??o solar em comunidades”, relata o economista. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); A diretora executiva do Instituto Internacional Arayara, Nicole Oliveira, faz críticas à concess?o de subsídios públicos aos combustíveis fósseis. “O governo tem um plano de constru??o de 70 novas termelétricas a gás, que geram energia muito mais cara”, argumenta. “Outra problema é que o combustível, gás de xisto, será importado dos Estados Unidos, onde é extraído por fraturamento hidráulico (‘fracking’), que apresenta grandes riscos ambientais.” Ela também defende a importancia de amplia??o dos investimentos em eficiência energética, que poderiam reduzir o consumo em 40% sem a necessidade de novas obras. “Existe a possibilidade de fazer negócios, e bons negócios, de maneira sustentável”, diz Francisco Scroffa, responsável pela opera??o brasileira da Enel. A multinacional italiana de energia tem um plano de descarboniza??o das atividades que prevê o fechamento de todas as suas usinas de carv?o até 2027 e emiss?es zero até 2040. Para isso, coloca entre as prioridades a eletrifica??o do transporte e as solu??es para cidades inteligentes. A Enel é líder mundial em ilumina??o pública, área em que as novas tecnologias resultam na economia de até 50% de energia. No Brasil, a companhia está iniciando um projeto em Angra dos Reis (RJ). “Há consenso sobre a necessidade de avan?ar em dire??o à energia renovável, mas temos vis?o de portfólio, para atender as necessidades de diferentes tipos de consumidores”, informa Scroffa. Segundo ele, “há todo um cardápio de a??es de curto, médio e longo prazo que precisam ser encaminhadas com um olhar integrado”. A presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudan?as Climáticas, Suzana Kahn, alerta para os riscos da redu??o drástica de investimentos públicos em ciência, tecnologia e inova??o. “Esses recursos s?o fundamentais para que o país avance na explora??o de fontes renováveis e se torne soberano”, diz. “Faltam planejamento e determina??o para que a gente se torne um grande produtor e se industrialize pra atender essa cadeia”. Para a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a perda de talentos é preocupante: “Temos excelentes centros de pesquisa, mas a pessoa passa por anos de forma??o e acaba deixando o país porque n?o tem emprego aqui”. “A transi??o precisa ser muito bem planejada, tanto para o setor de óleo e gás quanto para os veículos”, comenta o diretor técnico da Associa??o Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Sandro Yamamoto. “Estamos levando o conhecimento sobre a explora??o eólica offshore [em alto mar] à indústria de óleo e gás para chamar a aten??o dos prestadores de servi?os e fabricantes de pe?as e componentes”, conta. “Temos um trabalho de longo prazo: identificar quais s?o as necessidades da eólica offshore e a sinergia existente com as empresas do Brasil.” Na avalia??o do gerente de inova??o e sustentabilidade da Camara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio), Ansgar Pinkowski, é papel dos governos criar incentivos para que a transi??o energética fa?a sentido economicamente. Ele lembra que o Brasil tem muito a contribuir com a Alemanha na área energética. Por quest?es climáticas e geográficas, o país europeu n?o tem energia renovável suficiente para gerar hidrogênio verde, e já come?a a olhar com quais países poderá se alinhar no futuro.