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Um homem com Alzheimer narra sua jornada nos palcos

Como qualquer paciente que recebe um diagnóstico sombrio,numa roleta há números de 0 a 36 supondo que a roleta n?o seja viciada a vida de Samuel Simon virou de cabe?a para baixo quando, em 2021, descobriu que se encontrava no estágio inicial da Doen?a de Alzheimer. No entanto, o que aconteceu com ele desde ent?o revela um roteiro surpreendente.

1 de 1 Samuel Simon encena “Dementia man, an existential journey” (“Homem com demência, uma jornada existencial”) sobre o desafio de viver com a Doen?a de Alzheimer — Foto: Divulga??o

Simon criou uma história autobiográfica que passou a encenar em teatros, hospitais e centros comunitários. Em “Dementia man, an existential journey” (“Homem com demência, uma jornada existencial”, em tradu??o livre), leva para o palco perguntas difíceis: o que esperar depois da notícia de que o declínio cognitivo é inevitável?

“Cheguei à marca de cinco anos do diagnóstico. Apesar de as pesquisas estarem sempre avan?ando, já sinto uma mudan?a para pior, o que me leva a pensar: o que fazer agora? Tenho alguma chance? Prefiro lutar para que o mundo n?o me exclua”, afirma em entrevistas, dizendo que se encontra na “quarta idade”.

Com a dire??o de Thadd McQuade, que nos últimos quatro anos tem trabalhado para expandir a participa??o de neurodivergentes (termo utilizado para descrever indivíduos cujo funcionamento cerebral difere do padr?o típico) no teatro, e dramaturgia de Gabrielle Maisels, a pe?a estreou em 2023. No palco, Simon desafia estereótipos e inspira a plateia. Maisels, que é atriz e dramaturga, foi fundamental para a montagem do espetáculo, servindo de coach para Simon, que n?o tem forma??o de ator – ele sempre trabalhou como advogado.