Reforma muda cálculo de benefício da Previdência; veja quando você poderá se aposentar e quanto deve receber
Pará investe R$ 1,2 bi em bioeconomia e mira carbono neutro até 2036 Revista Sustentabilidade Valor Econ?mico.txt
Dulce Oliveira,áinvesteRbiembioeconomiaemiracarbononeutroatéRevistaSustentabilidadeValorEcon?resultado da loterias mega sena da comunidade Alto Jari, em Arapixuna PA,faz manejo da vitória-régia para a produ??o de geleias da Deveras Amaz?nia — Foto: Barbara Vale/STM/PA/Divulga??o No Pará está em curso o Plano Estadual de Bioeconomia (Planbio), que prevê investimentos de R$ 1,256 bilh?o entre 2023 e 2028 em a??es estruturantes para impulsionar a economia verde, como o fortalecimento da cadeia produtiva de negócios que preservam a floresta. Além de ampliar as vendas internas e externas de produtos florestais, o que possibilitaria adicionar R$ 171 bilh?es à sua economia no período, segundo proje??es da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a meta é atingir o status de carbono neutro a partir de 2036. Por causa do desmatamento, o Estado é atualmente o maior emissor nacional de gases de efeito estufa (GEE). window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Duas linhas de crédito foram criadas para financiar projetos de bioeconomia, ambas lastreadas por um fundo garantido de R$ 40 milh?es, revela Raul Protázio Rom?o, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Uma delas, que apoia a implanta??o de sistemas florestais, o reflorestamento e a recupera??o de áreas degradadas, já liberou R$ 22,5 milh?es para pequenos e médios produtores. A outra, de microcrédito, beneficiou 323 famílias de agricultores com cerca de R$ 9,4 milh?es. Iniciativas de preserva??o da floresta amaz?nica e de apoio às comunidades locais contar?o ainda com aporte financeiro internacional. Em setembro, o governo do Pará assinou, com países e corpora??es internacionais da Coaliz?o Leaf, acordo para a venda de 12 milh?es de crédito de carbono em decorrência da redu??o do desmatamento entre 2023 e 2026. Leia mais: Pauta da transi??o energética inclui salvaguardas para comunidadesPráticas tradicionais e sustentáveis no setor de petróleo e gásHidrogênio verde aguarda clareza regulatória e investimentos concretos ESG representa pequena parcela da indústria de fundos sustentáveis Governo aposta na concess?o de florestas públicas Taxonomia sustentável busca atrair recursos e combater 'lavagem verde'Acordos ajudam a cumprir metas de logística reversa No mercado de bioeconomia no Pará predominam pequenos e médios empreendimentos, que desenvolvem produtos a partir de ingredientes fornecidos por comunidades tradicionais. Apesar da estrutura enxuta e muitas vezes familiar, muitas delas fazem planos para expandir a opera??o. Processadora de ingredientes a partir de polpas de frutas e sementes, a 100% Amaz?nia, por exemplo, estima crescer 35% e faturar R$ 15 milh?es neste ano. Como destina a maior parte da sua produ??o ao exterior, estuda a abertura de uma unidade de estocagem na Fran?a, principal mercado consumidor de seus produtos. Um gargalo, entretanto, é o escoamento da produ??o no período de estiagem. “Quando os rios secam, n?o tem op??o de logística. é sentar e esperar”, relata Fernanda Stefani, CEO da empresa. Especializada em temperos e acompanhamentos, a Manioca decidiu ampliar a presen?a no varejo, canal que representa 70% de seus negócios. Uma parceria firmada em 2023 com a Ajinomoto tem ajudado no esfor?o de distribui??o de seus produtos. Segundo Joanna Martins, sócia-fundadora da empresa, a meta é triplicar o número de pontos de venda até 2025 (atualmente s?o 850). “Para que os sabores amaz?nicos sejam parte do dia a dia do brasileiro, precisamos estar nos supermercados”, explica. A reestrutura??o do layout da fábrica de Belém, para otimizar a produ??o, também está no radar. Mas a convic??o é de que, a partir de 2027, será necessário mudar a opera??o para uma instala??o fabril maior. Kamimura, da Funda??o Toyota: atuando para formar m?o de obra e agregar valor — Foto: Paulo Araujo/Divulga??o A Deveras Amaz?nia espera para este ano a libera??o de R$ 200 mil que captou em 2021 no edital Startup Pará, do governo estadual, para automatizar o processo fabril, a fim de ganhar escala comercial, e investir em a??es de marketing para divulgar suas marcas de geleias, licores, conservas agridoces e desidratados funcionais. A expectativa é faturar R$ 600 mil em 2024, ante a receita de R$ 450 mil registrada no ano passado. Produzidas a partir do manejo sustentável de vitória-régia, a linha de geleias representa 60% das vendas. Mas a grande aposta é a linha de desidratados, como o cupulate, produzido a partir da amêndoa de cupua?u. “Percebemos um interesse muito grande por esse produto”, conta Valéria Mour?o Moura, diretora-executiva da empresa, que estima investimento de R$ 800 mil na amplia??o fabril e no desenvolvimento da cadeia de suprimentos. As vendas pela internet ou pelo varejo físico garantem cobertura nacional à linha de cosméticos artesanais da Moma Natural, que surgiu em 2019. Um aporte de R$ 400 mil feito no início do ano pela aceleradora Amaz permitirá melhorias no site, nas embalagens e na estratégia de comunica??o, além de ampliar a equipe. “Neste ano estamos estruturando a casa”, revela Vivian Chun, fundadora da empresa, que planeja crescer 100% em 2025. A produ??o terceirizada em S?o Paulo ajuda a amenizar o custo logístico de escoamento da produ??o, mas os pre?os mais altos em rela??o aos produtos industrializados ainda s?o um desafio a ser superado para ganhar espa?o no mercado. “O consumidor precisa entender que os produtos sustentáveis s?o mais caros porque usam matéria-prima da floresta, envolvem trabalho artesanal, geram mais empregos e têm um impacto social muito maior”, ressalta. Além dos desafios relacionados à logística, ao alto pre?o e ao desconhecimento dos produtos da Amaz?nia, quem atua no mercado de bioeconomia lida ainda com a carência de m?o de obra. Para atenuar o problema, a Funda??o Toyota do Brasil apoia o Projeto Escola Floresta Ativa, que oferece cursos de qualifica??o profissional em Santarém e na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns para inser??o no mercado de trabalho. A a??o tem como alvo também a oferta de pessoal para as vagas que tendem a surgir com a Conferência das Na??es Unidas sobre Mudan?as Climáticas (COP30), que será realizada em 2025, em Belém. Por outro lado, faz parte do escopo do projeto transmitir conhecimentos que permitam agregar valor às matérias-primas que as comunidades tradicionais fornecem às empresas de bioeconomia. Segundo Luciana Kamimura, coordenadora de estratégia institucional da Funda??o Toyota, em Santarém funciona um espa?o de beneficiamento de castanha, oleaginosas, mel e outros produtos. “As comunidades poder?o aumentar a receita com a venda de itens com algum grau de beneficiamento”, acredita.