Reaplica??o do Enem 2024: tema da reda??o é 'valoriza??o da arte de periferia' no Brasil; veja exemplo 'nota mil'
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 19h47)1 de 1 Reda??o do Enem é aplicada no primeiro dia de provas — Foto: Agência BrasilO tema da reda
Reaplica??o do Enem 2024: tema da reda??o é 'valoriza??o da arte de periferia' no Brasil; veja exemplo 'nota mil'
1 de 1 Reda??o do ??odoEnemtemadareda??oévaloriza??resultados que mais se repetiram na mega senaEnem é aplicada no primeiro dia de provas — Foto: Agência Brasil
O tema da reda??o na reaplica??o do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 é "Desafios para a valoriza??o da arte de periferia no cenário cultural brasileiro". Mais abaixo, leia um exemplo de disserta??o que tiraria nota mil.
Na aplica??o comum, em novembro, os candidatos tiveram de escrever sobre "Desafios para a valoriza??o da heran?a africana no Brasil”.
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Quem participa da reaplica??o do Enem?
A prova, aplicada em 10 e 11 de dezembro para cerca de 2 mil candidatos, é voltada para:
pessoas privadas de liberdade (Enem PPL);candidatos que n?o compareceram ao primeiro domingo (03/11) porque estavam com doen?as infectocontagiosas (tuberculose, coqueluche, difteria, doen?a invasiva por Haemophilus influenza, doen?a meningocócica e outras meningites, varíola, Mpox, influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela e Covid-19);participantes afetados por erros na aplica??o do exame ou por problemas logísticos (falta de energia elétrica no local de aplica??o do Enem, em novembro, ou enchentes e desastres naturais na regi?o).
No primeiro caso, as próprias unidades prisionais cuidam do processo de inscri??o dos detentos. Já nas duas últimas situa??es (problemas de logística ou de saúde), foi necessário justificar a ausência e solicitar, na Página do Participante, o direito à reaplica??o.
Modelo de reda??o nota mil
A pedido do g1, a professora Daniela Toffoli, do Curso Anglo, escreveu uma disserta??o com o tema "Desafios para a valoriza??o da arte de periferia no cenário cultural brasileiro". Veja abaixo:
O artigo 215 da Constitui??o Federal Brasileira assegura o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional, além de apoiar e incentivar a valoriza??o dessas manifesta??es. Contudo, mesmo com essa prote??o constitucional, a arte produzida nas periferias do Brasil enfrenta grandes desafios para obten??o de seu devido reconhecimento. Assim, a dificuldade para valorizar a arte periférica se manifesta, principalmente, devido à marginaliza??o histórica dessas produ??es e à falta de investimento em políticas públicas que promovam sua integra??o, e por isso medidas s?o necessárias para a mudan?a desse cenário.
Em primeiro lugar, é importante destacar a desvaloriza??o da arte produzida por essas comunidades dentro das dinamicas sociais brasileiras. Esse fen?meno ocorre devido ao fato de que as produ??es culturais das periferias, frequentemente associadas a contextos de pobreza e exclus?o social, s?o desvalorizadas e vistas como menos legítimas ou relevantes dentro do patrim?nio cultural nacional. Tal marginaliza??o é perpetuada por uma estrutura social que, tradicionalmente, privilegia express?es artísticas vindas de centros urbanos e classes sociais mais altas, relegando as manifesta??es periféricas a um plano secundário ou alternativo. Nesse sentido, cabe destacar o sociólogo Jessé Souza, o qual afirma que a estrutura social brasileira perpetua desigualdades que marginalizam as express?es das classes populares. Logo, como resultado, a arte periférica permanece fora dos circuitos culturais estabelecidos, limitando seu acesso à devida visibilidade e valoriza??o.
Em segundo lugar, outro fator relevante é a escassez de investimento em políticas públicas culturais que integrem devidamente a arte de periferia. Isso porque, historicamente, há uma tendência em alocar recursos voltados a produ??es consideradas mais convencionais ou de maior apelo comercial, produzidos, predominantemente, por artistas mais renomados e pertencentes a classe sociais mais abastadas, enquanto as express?es artísticas periféricas recebem menos aten??o e apoio. A ausência de um apoio financeiro e estrutural adequado impede que artistas das periferias possam desenvolver plenamente seus trabalhos, o que resulta em uma circula??o restrita de suas obras e uma consequente menor valoriza??o. Nesse contexto, s?o raros os reconhecimentos a talentos como Emicida, que emergiu da periferia de S?o Paulo e que, frequentemente, aponta a falta de apoio estatal e infraestrutura adequadas para a dissemina??o dessas obras. Consequentemente, isso limita a capacidade de desenvolvimento dos artistas periféricos, perpetuando um ciclo de invisibilidade.
Portanto, para superar esses desafios, é necessária a implementa??o de propostas concretas. Sendo assim, o Ministério da Cultura, órg?o responsável pela consolida??o do artigo 215, deve estruturar um programa de fomento específico para produ??es culturais periféricas, por meio da cria??o de editais e concursos a fim de contemplar de maneira mais abrangente essas manifesta??es periféricas e garantir que o apoio chegue diretamente aos grupos. Além disso, governos estaduais podem incentivar a forma??o de redes para divulga??o e circula??o da arte periférica, ampliando seu acesso a novos públicos e fortalecendo a identidade cultural brasileira. Dessa forma, será possível construir um cenário mais inclusivo, representativo e de valoriza??o da arte de periferia no cenário cultural brasileiro.
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