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Mais de R$ 20 mil por quilo: o que justifica a trufa negra argentina valer tanto?

N?o é caviar,jogo do galo assistir agora nem foie gras, nem champanhe francês. O produto que está revolucionando o mundo da alta gastronomia é uma joia obscura e underground, t?o cobi?ada quanto rara: a trufa negra. 2,72 m de gentileza: Guinness divulga imagens inéditas do homem mais alto da históriaEntre corsets e cartolas: conhe?a alfaiate que só usa moda do século XIX e conquistou as redes sociais Conhecida como o "diamante negro da gastronomia", a trufa negra (Tuber melanosporum) é um fungo que cresce no subsolo em simbiose com árvores como o carvalho-europeu e a azinheira. Sua colheita é artesanal, seu aroma é inconfundível e seu pre?o pode chegar a US$ 4.000 por quilo, cerca de R$ 21.830. A novidade é que esse luxo, antes restrito à Fran?a, Espanha e Itália, agora tem seu epicentro na Argentina. Com isso, surge uma oportunidade n?o só para os paladares mais exigentes, mas também para produtores, investidores e entusiastas da sustentabilidade. Um quilo de trufas frescas pode custar entre US$ 1.300 e US$ 1.800 e, em mercados como os Estados Unidos, chegar a US$ 4.000. Apenas 20% da demanda global é atendida, tornando esse produto uma op??o de investimento atraente para exporta??es agrícolas. Trufa argentina: da terra ao prato Por trás desse fen?meno local está Agustín Lagos, pioneiro do cultivo de trufas na Argentina e gerente técnico no desenvolvimento das principais fazendas do país. Há quase 20 anos, ele come?ou a pesquisar quais regi?es poderiam ser adequadas para esse cultivo exótico. Depois de percorrer centenas de quil?metros, encontrou condi??es ideais no sudoeste de Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e na Patag?nia. Planta??es como Espartillar e Chillar foram orientadas desde o início por Agustín, que cuidou da sele??o de terras, planejamento de cultivos, produ??o de plantas micorrízicas e dire??o agron?mica nos primeiros anos. “Mais do que um consultor, fui o arquiteto desses projetos. Selecionei talh?es, montei equipes, orientei outros produtores e acompanhei todos os processos desde o início. Hoje, posso oferecer suporte técnico a novos investidores e abrir portas para parcerias mais profundas”, afirma. Agustín n?o se dedicou a isso a vida toda. Natural de San Isidro, foi jogador de rúgbi, trabalhou no setor financeiro e em um restaurante. Até 2008, encontrou sua verdadeira paix?o no cultivo artesanal de trufas. "N?o havia ninguém fazendo isso no país. O que me atraiu foi o desafio, a possibilidade de criar algo do zero e me conectar com a natureza. No início, n?o tínhamos respostas, apenas perguntas. Foi isso que me impulsionou", lembra. Em 2014, conquistou a primeira colheita bem-sucedida de trufas negras argentinas. Desde ent?o, dedica-se a ajudar outros a encontrar uma paix?o t?o intensa quanto a sua. “Realizamos estudo de pré-viabilidade do terreno, fornecemos as plantas e supervisionamos todo o processo, da irriga??o ao treinamento dos c?es e manejo da colheita. Trabalho com cada fazenda como se fosse minha; se os produtores v?o bem, a truficultura argentina cresce”, explica. Como parte de sua miss?o, publicou o livro Desenvolvimento e Cultivo de Trufas na Argentina, uma Nova Op??o Agroflorestal, reunindo duas décadas de experiência e oferecendo um guia prático para iniciantes. Mais do que um manual técnico, é um convite para descobrir o potencial do país em se tornar líder regional na truficultura e desenvolver uma nova forma de viver e produzir no campo. Uma experiência única Trufas n?o podem ser vistas; precisam ser procuradas. Acompanhados por c?es treinados que detectam seu aroma intenso, os ca?adores escavam a terra com precis?o até encontrá-las. é um trabalho paciente e detalhado, e talvez por isso cada trufa tem um valor especial. N?o é apenas um ingrediente, é uma experiência. “O mais fascinante”, diz Agustín, “é cultivar algo que n?o pode ser visto. Você trabalha com dois seres vivos: uma árvore e um fungo subterraneo. Há algo quase romantico em sair para 'ca?ar' trufas no inverno com seu cachorro. N?o se trata apenas de produzir, mas de criar um novo ecossistema.” O cultivo exige solos bem drenados e arejados, com pH adequado, e um clima com esta??es definidas. "N?o podemos mudar o clima, mas podemos corrigir o solo. Idealmente, chuvas concentradas no outono e primavera, complementadas por irriga??o por microaspers?o", explica Lagos. As maiores fazendas est?o em Buenos Aires, mas há muitos solos adequados em todo o país. A cultura permite desenvolver pequenas áreas inviáveis para a produ??o tradicional. O investimento inicial pode come?ar com apenas um hectare, e a primeira colheita ocorre entre três e cinco anos. O rendimento médio é de 40 quilos por hectare, mas algumas fazendas europeias já ultrapassam 100 quilos. "é verdade que a primeira década é lenta", alerta Agustín, "mas depois vêm os frutos. Com 80% da demanda global insatisfeita e pre?os variando de US$ 1.300 a US$ 4.000 por quilo, o negócio se torna t?o sofisticado quanto lucrativo." Pense em um fim de semana em uma fazenda de trufas: colhendo com c?es, aprendendo a cozinhar com chefs, degustando vinhos locais e produtos trufados. Essa experiência está ganhando forma em diferentes regi?es do país, unindo gourmet, natureza, artesanato e sustentabilidade. “Sonho com uma Argentina produtora de trufas”, confessa Lagos. “Que meus filhos e netos viajem por um país onde todos saibam o que é uma trufa, como cozinhá-la, sentir seu aroma. Que existam fazendas oferecendo experiências gourmet, ecoturismo e trabalho com animais. é mais que um negócio: é um estilo de vida.” Mais recente Próxima Valle Nevado: saiba como é a experiência numa das maiores esta??es de esqui do Chile Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px 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