O avan?o da blindagem de políticos - O Assunto #1543
Especialistas defendem maior discuss?o sobre precifica??o no mercado de carbono Glocal Valor Econ?mico.txt
Especialistas defenderam neste sábado maior discuss?o sobre precifica??o no mercado de carbono no país. Na prática,?osobreprecifica??onomercadodecarbonoGlocalValorEcon? a precifica??o é atribui??o de custo a impactos negativos gerados por aumento de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera em um item produzido. Ou seja: o custo de produ??o de um produto, em valor, pode ser maior do que outro, em dinheiro; mas talvez seja menor em termos de impacto danoso ao meio ambiente. A defesa pelo maior debate sobre o tema foi feita em painel sobre mercado de carbono durante Glocal Experience, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. O evento discute os caminhos do mundo na trajetória da sustentabilidade, e da transi??o energética, com participa??o de representantes do governo, iniciativa privada, institui??es, academia e líderes da sociedade. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); No evento, a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, comentou a importancia de que se discuta mais a precifica??o de mercado de carbono no país. Conferência - Créditos de carbono: que papo é esse, eu quero saber? — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo Também integrante do comitê de dire??o do Carbon Price Leadership Coalition (CPLC), organiza??o internacional que reúne líderes do governo, setor privado, academia e a sociedade civil para expandir globalmente o uso de políticas de precifica??o de carbono, a especialista disse que o assunto já era discutido em workshops desde 2016. No entanto, a presidente do CEBDS pontuou que, atualmente, com o desenvolvimento maior do mercado de carbono no Brasil e no mundo, discutir o assunto é muito mais necessário. Segundo números citados pela especialista, o mercado de crédito de carbono voluntário movimenta cerca de US$ 1 bilh?o no mundo, sendo que o regulado ultrapassa os US$ 800 bilh?es. Ela lembrou ainda o Artigo 6o do Acordo de Paris, que estabelece linhas para que países possam negociar créditos de carbono uns com os outros, e assim garantir redu??es de emiss?es de gases de efeito estufa, por meio da venda de créditos de emiss?es excedentes, caso já tenham cumprido seus compromissos. Nesse contexto de possibilidade de negocia??o global no mercado de carbono, a especialista comentou que o Brasil ocupa uma posi??o com vantagens. "Veja, se você colocar pre?o nessa garrafa de vidro fabricada aqui", disse, apontando para o objeto. "Essa garrafa pode ser mais cara do que a fabricada na China. Mas a da China é [fabricada] de uma 'energia suja'", explicou, lembrando que o Brasil usa majoritariamente gera??o de energia via hidrelétricas. "Se colocarmos pre?o [precifica??o via mercado de carbono] ganhamos [o Brasil]", ponderou. Também presente no mesmo evento, o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ?mico e Social (BNDES), Bruno Aranha, concordou. "Esse exemplo da garrafa de vidro é muito bom", disse ele, concordando com a presidente do CEBDS sobre o potencial brasileiro em crescer no mercado de carbono, ao se intensificar precifica??o. No entendimento do diretor do BNDES, o país tem uma "oportunidade gigantesca" de crescimento no mercado mundial de carbono. "Produzir no Brasil é muito mais 'limpo' do que produzir na ásia", afirmou. Ele comentou que, na ótica do BNDES, é conversado com empresários brasileiros de como empresas ao redor do globo já tomam decis?es de negócios, parcerias com outras companhias, levando em conta a responsabilidade ambiental de seu parceiro empresarial. "Estamos recomendando ao empresariado a fazer inventariado de carbono", afirmou ele. O Inventário de Emiss?es de Gases de Efeito Estufa, conhecido pela sigla GEE ou simplesmente Inventário de Carbono, é um documento que permite o mapeamento, quantifica??o e registro das fontes de emiss?o de GEE de uma atividade, setor, organiza??o ou local. No entendimento de Aranha, também há um novo olhar dos investidores, nesse sentido, de avaliar nas empresas em que têm aloca??o de recursos, e direcionar esfor?os para que a companhia ocupe maior protagonismo em preservar o meio ambiente. Dentro do BNDES, também há a??es próprias para fortalecer o mercado de carbono, observou o diretor. Ele lembrou que, neste ano, o banco lan?ou edital de chamada pública para aquisi??o de créditos de carbono no mercado voluntário. Na prática, a institui??o de fomento fará aquisi??o de créditos de carbono no mercado voluntário de projetos realizados no Brasil e que gerem redu??o de emiss?o ou remo??o comprovada e adicional de gases de efeito estufa, para investimento da BNDESPar, bra?o de participa??es societárias do banco, com or?amento total de até R$ 10 milh?es. A Glocal Experience é uma iniciativa da Dream Factory, com a correaliza??o da Editora Globo, que edita o Valor Econ?mico; e os parceiros oficiais de mídia “O Globo”, “Extra”, Valor e CBN.