'Ataques diários': a vida dos jovens trans sob Trump nos EUA
fo
13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 21h29)1 de 2 Lorelei Crean, de 17 anos — Foto: AFPLorelei Crean, de 17 anos, passa seu tempo visitando
'Ataques diários': a vida dos jovens trans sob Trump nos EUA
1 de 2 Lorelei Crean,mega sena concurso 1222 de 17 anos — Foto: AFP
Lorelei Crean, de 17 anos, passa seu tempo visitando faculdades, concluindo projetos escolares e tentando aproveitar as férias de primavera como qualquer adolescente dos Estados Unidos.
Mas a repress?o do presidente americano, Donald Trump, aos direitos LGBTQIAPN+ em seus primeiros 100 dias no cargo for?ou Crean, que é trans, a se tornar ativista em tempo integral.
"Tem sido demais. Sinto como se tivesse que ir a alguma coisa toda semana", afirma, listando a longa lista de comícios e eventos organizados para protestar contra Trump, que governa por decretos presidenciais.
Em pouco mais de três meses, o republicano reverteu os modestos progressos nos direitos das pessoas trans e nas prote??es que essa pequena comunidade havia conquistado no local de trabalho, no mundo acadêmico e nas institui??es federais.
No mês passado, Trump emitiu uma ordem executiva que exigia que institui??es que recebem subsídios federais para pesquisa e educa??o encerrem os tratamentos de mudan?a de gênero para menores de 19 anos, e ordenou que seu novo secretário da Saúde fa?a todo o possível para acabar com essa prática.
Uma das primeiras medidas de Trump foi suspender a emiss?o de documentos com um "X" na caixa de gênero neutro. Em janeiro, Trump decretou que "existem apenas dois gêneros: masculino e feminino".
Crean recebeu recentemente sua nova certid?o de nascimento pelo correio "com um 'X' no passaporte de gênero". "Ent?o agora todos os meus documentos legais têm um X", observa.
"Minha existência está, de certa forma, em desacordo com a declara??o de Trump", diz Crean, em um parque perto de sua casa no bairro de Washington Heights, em Manhattan.
Trump tentou proibir as pessoas trans de servir no exército, apagar referências a pessoas trans em conselhos oficiais de viagem e punir estados que permitem competidores trans em esportes.
2 de 2 Lorelei Crean, de 17 anos — Foto: AFP
Todo mundo é afetado
"Todo mundo tem essa sensa??o de odiar o que vê no noticiário. Você recebe uma nova notifica??o: 'Notícia de última hora, Trump fez algo maluco ou ilegal'", diz Crean.
"é algo que afeta a todos nós, n?o apenas a mim, como jovem trans, mas a todos os meus amigos, pessoas negras e outras pessoas queer. é um ataque diário às pessoas", afirma.
às coisas habituais da sua idade, como conciliar os estudos com as visitas à universidade e sua agenda lotada de protestos, soma-se "o fardo de viver como uma pessoa trans nos Estados Unidos de hoje".
Para o pai de Crean, Nathan Newman, de 57 anos, "foi bom que eles conseguiram canalizar isso, n?o para se sentir sem esperan?a, mas para ver que podem fazer algo".
Decidir qual universidade visitar e em quais se inscrever n?o é fácil hoje em dia.
"As atuais leis contra as pessoas trans s?o um fator nas minhas decis?es sobre a faculdade porque, dependendo do estado, n?o terei direitos", explica.
As pessoas trans enfrentam um emaranhado de leis e regulamenta??es locais que v?o do acesso a cuidados de saúde para a transi??o ao uso dos banheiros.
Mesmo na profundamente democrata Nova York, pelo menos uma rede hospitalar cumpriu a proibi??o de Trump de oferecer uma transi??o sob controle médico para menores de 19 anos, o que Crean vê como um "primeiro sinal" de que o governo atual será "diferente de tudo o que veio antes".
No entanto, Crean n?o se deixa intimidar e promete manter seus protestos.
"Há pessoas que est?o indo às ruas e que n?o teriam feito isso antes", afirma, na esperan?a de se adaptar à nova realidade.
NEWSLETTER GRATUITA
BBC Audio Jill Scott’s Coffee Club Close contests, dream debuts & transfer records.txt
GRáFICOS
BBC World News business headlines News.txt
Navegue por temas