Jornal The Guardian anuncia decis?o de n?o publicar mais no X: 'conteúdo perturbador'
Espa?o para crescer Brasil-EUA Valor Econ?mico.txt
Há espa?o e oportunidades para crescer. Esta é a percep??o do ?oparacrescerBrasilEUAValorEcon?lado de cá na rela??o comercial entre Brasil e Estados Unidos, o segundo maior parceiro de negócios do país, atrás apenas da China. O perfil das exporta??es brasileiras nessa corrente bilateral revela o protagonismo da indústria de transforma??o, com produtos de maior valor agregado. A expectativa de aumentar essa rela??o, que completa 200 anos em 2024, é refor?ada pela posi??o privilegiada do país na corrida para a transi??o energética. De acordo com o Monitor do Comércio Brasil-Estados Unidos, da Camara Americana de Comércio (Amcham), as exporta??es brasileiras de bens industriais para os EUA responderam por 81% do total e alcan?aram o recorde de U$ 29,9 bilh?es no ano passado. é o principal mercado para o Brasil no setor, superando vendas para Uni?o Europeia (US$ 23,6 bilh?es) e o Mercosul (US$ 19,4 bilh?es). window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); O comércio entre Brasil e EUA atingiu U$ 74,8 bilh?es, o segundo maior valor da série histórica, abaixo apenas de 2022 (U$ 88,7 bilh?es). O déficit comercial do país nessa rela??o foi o menor em seis anos. As exporta??es totais brasileiras para os EUA atingiram um pico de US$ 37,4 bilh?es em 2022, com uma oscila??o para US$ 36,9 bilh?es em 2023. Mas, apesar do protagonismo dos produtos de maior valor agregado, os EUA foram destino de apenas 10,9% das exporta??es brasileiras. Para a China, foi embarcado quase o triplo disso: US$ 104,3 bilh?es (30,7%). Leia mais: Acordo tributário discutido há anos está mais próximoCorpora??es devem mirar energia e saneamentoEUA s?o o principal destino de exporta??o financiada pelo BNDESPara analistas, elei??o de Trump jogaria o Brasil 'no colo' da ChinaAutonomia da política externa incomoda Washington Brasil pode liderar em hidrogênio verde As importa??es dos EUA pelo Brasil totalizaram US$ 38 bilh?es em 2023, uma queda expressiva em rela??o ao ano anterior, quando esse valor foi de US$ 51,3 bilh?es. Para o CEO da Amcham, Abr?o Neto, mais importante do que a posi??o brasileira nessa rela??o s?o o volume e a diversifica??o das exporta??es. “A qualidade e a magnitude do fluxo comercial entre Brasil e EUA s?o mais importantes”, afirma. “Estamos falando de um comércio bilateral altamente diversificado e composto majoritariamente por produtos de maior valor agregado e intensidade tecnológica.” Desempenho do agronegócio esbarra em recorrentes alega??es de protecionismo Oito dos dez principais produtos exportados pelo Brasil s?o da indústria de transforma??o, e o mercado norte-americano é o maior destino para sete deles. Os três itens mais vendidos: produtos semiacabados de ferro e a?o, óleos brutos de petróleo e aeronaves, este último um caso de sucesso da indústria brasileira sem paralelo, resultado da história e do desenvolvimento da Embraer, que, dizem os especialistas, dificilmente voltará a ocorrer. A análise mostra o peso dessa rela??o para o Brasil na balan?a comercial e as dificuldades que um sistema tributário que reduz a competitividade externa pode representar. Uma das apostas para desatar esse nó repousa na Reforma Tributária aprovada no Congresso. “O sistema tributário brasileiro pune as exporta??es, ao contrário do resto do mundo, que tem incentivos”, diz Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Servi?os (Mdic). “Há muita expectativa de que isso [o sistema tributário] possa ser corrigido. Fa?o uma série de críticas, mas ela [a reforma] é mais do que necessária e pode ser muito relevante para a evolu??o das exporta??es brasileiras, inclusive para os EUA”, afirma. Apesar de ser um dos motores da economia brasileira, o setor agropecuário fica atrás das indústrias de transforma??o e extrativa. Seu desempenho esbarra em recorrentes alega??es de protecionismo. Um dos exemplos mais conhecidos dessa prática foi a disputa de dez anos, encerrada em 2014, na Organiza??o Mundial do Comércio (OMC), entre Brasil e EUA, em torno dos incentivos dados pelo governo americano aos produtores de algod?o. Dez anos depois, a reclama??o ressurgiu, desta vez na boca do ex-presidente Donald Trump, que será candidato à Casa Branca na disputa com Joe Biden. No fim de abril, o republicano listou os países “difíceis de lidar” no comércio internacional - o Brasil estava entre eles. Trump, assim como Biden, n?o visitou o Brasil na presidência. A última visita presidencial americana ao país aconteceu em 2011, com a vinda de Barack Obama. O sistema tributário brasileiro pune as exporta??es, ao contrário do resto do mundo O protecionismo, no entanto, n?o é a única explica??o para o desempenho modesto do agronegócio brasileiro nessa pauta. Os dois países s?o líderes mundiais nas exporta??es de diferentes produtos agrícolas e disputam mercados internacionais. “Isso induz a menos comércio nesse setor, um exemplo é o mercado da soja. Obviamente o Brasil n?o importa nem exporta soja para os EUA porque tem uma produ??o muito forte, é um exportador mundial, assim como s?o os EUA”, diz Abr?o Neto. O CEO da Amcham vê um outro aspecto nessa rela??o. “Além da concorrência, existe também uma dimens?o de trabalho conjunto e coordenado entre os dois para a abertura de mercados na área agropecuária em outros países”. Nesse cenário, surgem oportunidades para o Brasil n?o apenas na rela??o de trocas comerciais, mas também como destino de investimentos. A maior delas está ligada à transi??o energética. A necessidade de descarboniza??o da economia mundial coloca o país, com sua imensa potencialidade de gera??o de energia limpa, no centro do mapa de negócios verdes. Em 2023, Brasil e EUA, ao lado da índia, trabalharam para a cria??o da Alian?a Global para Biocombustíveis. A iniciativa foi anunciada durante a Cúpula do G20. “O agro e o setor de energia se destacam. A transi??o energética na América Latina atrai muitas oportunidades e mais investimento americano”, diz o ex-secretário Barral. O tempo presente dessa rela??o mostra que há espa?o, e o futuro, novas oportunidades para o Brasil.