Os números que levaram OMS a decretar fim da emergência global de covid-19
bxam
16 Sep 2025(atualizado 16/09/2025 às 12h22)1 de 4 Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, declarou o fim da emergência global relaciona
Os números que levaram OMS a decretar fim da emergência global de covid-19
1 de 4 Tedros Adhanom Ghebreyesus,úmerosquelevaramOMSadecretarfimdaemergêcodigo blaze. diretor da OMS, declarou o fim da emergência global relacionada à covid — Foto: REUTERS
A Organiza??o Mundial da Saúde (OMS) acaba de anunciar o fim da emergência de saúde pública global relacionada à covid-19.
Durante uma coletiva de imprensa, o biólogo etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, anunciou que resolveu acatar as orienta??es de um comitê criado para analisar a situa??o da doen?a causada pelo coronavírus.
"Há 1.221 dias, a OMS ficou sabendo de um aumento de casos de pneumonia em Wuhan, na China. No dia 30 de janeiro de 2020, [...] eu declarei que estávamos numa emergência de saúde pública de importancia internacional, o mais alto nível de alarme", contextualizou ele.
"Em três anos, a covid-19 virou nosso mundo de cabe?a para baixo. Quase 7 milh?es de mortes foram registradas, mas nós sabemos que esse número é bem maior e chega pelo menos a 20 milh?es de óbitos."
Na sequência, Ghebreyesus explicou que, nos últimos 12 meses, a pandemia entrou numa "tendência de queda", gra?as "ao aumento da imunidade populacional por meio da vacina??o e das infec??es".
Ainda segundo o diretor-geral da OMS, essas estatísticas s?o analisadas de perto por um comitê de emergência da entidade. O órg?o decidiu, ent?o, "que era hora de diminuir o nível de alerta".
Mas que dados s?o esses? E o que eles indicam sobre as tendências recentes da covid-19?
Todas as semanas, a OMS divulga um relatório sobre a doen?a, com os números de casos, hospitaliza??es e mortes por regi?o do global. O mais recente desses documentos foi publicado na quinta-feira (4/5).
O primeiro gráfico mostra que os registros de casos e mortes por covid-19 têm se mantido relativamente estáveis desde abril de 2022.
A única exce??o na série aparece em dezembro do ano passado, devido à grande onda que acometeu a China e alguns outros países asiáticos — representada na coluna rosa em 12 de dezembro no gráfico a seguir.
2 de 4 — Foto: OMS/DIVULGA??O
Quando olhamos a situa??o das Américas, a tendência de estabilidade (ou até de queda) se mantém.
A última grande onda de casos e mortes por covid-19 na regi?o aconteceu entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 — e esteve relacionada ao espalhamento da variante ?micron do coronavírus.
Desde ent?o, os números até aumentaram ligeiramente entre maio e julho de 2022, mas voltaram a cair logo na sequência.
A situa??o é similar nas demais regi?es do planeta, com pequenas varia??es locais.
3 de 4 — Foto: OMS/DIVULGA??O
O cenário de estabilidade se repete, mais uma vez, nos trechos do relatório da OMS que analisam as interna??es ou a necessidade de colocar o paciente com covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Esses números ficaram cada vez menores e est?o no menor patamar desde que a doen?a virou uma emergência global.
No gráfico a seguir, a primeira parte reflete as hospitaliza??es, e a segunda foca especificamente nas interna??es em UTI.
4 de 4 — Foto: OMS/DIVULGA??O
Especificamente sobre as novas vers?es do coronavírus, a OMS n?o declarou nenhuma nova linhagem do patógeno como "variante de preocupa??o" desde a ?micron, em novembro de 2021.
No entanto, uma série de derivadas da ?micron s?o acompanhadas de perto pelas autoridades e ganharam a classifica??o de "variantes de interesse". é o caso da XBB.1.5 e da XBB.1.16.
Há outras sete que s?o "variantes sob monitoramento": BA.2.75, CH.1.1, BQ.1, XBB, XBB.1.9.1, XBB.1.9.2 e XBF.
N?o é o fim da covid
A OMS dava mostras que mudaria o status da covid-19 há algum tempo.
Na quarta-feira (3/5), a entidade publicou um outro relatório em que discutia a necessidade de transi??o de uma resposta de emergência para um cuidado de longo prazo da doen?a.
O texto alerta que, embora os registros de casos e mortes estejam no nível mais baixo desde o início da pandemia, milh?es de pessoas ainda se infectam e morrem todas as semanas por causa do coronavírus.
E, mesmo no anúncio sobre o fim da emergência global de covid-19, Ghebreyesus deixou claro que a doen?a continuará a ser um problema de saúde pública.
"Esse vírus chegou para ficar. Ele ainda está matando e continua a sofrer muta??es. O risco segue, pois novas variantes podem surgir e causar novas ondas de casos e mortes", alertou o diretor-geral.
"A pior coisa que qualquer país pode fazer agora é usar essa notícia como uma raz?o para baixar a guarda, desmantelar os sistemas que foram construídos ou falar às pessoas que a covid-19 n?o gera mais preocupa??es", continuou.
"O que nosso anúncio significa é que as na??es devem fazer uma transi??o do 'modo emergência' para lidar com a covid-19 junto com as demais doen?as infecciosas."
Por fim, Ghebreyesus declarou que esse é um "momento de celebra??o, pois chegamos aqui gra?as às habilidades e à dedica??o dos profissionais de saúde, da inova??o dos pesquisadores de vacinas, das duras decis?es tomadas por governos e pelos sacrifícios que todos fizemos como indivíduos, famílias e comunidades".
"Mas, por outro lado, esse é um momento de reflex?o. A covid-19 deixou — e continua a deixar — cicatrizes profundas no nosso mundo", disse ele.
"E essas cicatrizes precisam servir como um lembrete permanente do potencial de novos vírus surgirem, com consequências devastadoras", concluiu o diretor-geral da OMS.
NEWSLETTER GRATUITA
TradersClub em parceria com a Webull leva cobertura ao vivo das bolsas dos EUA para investidores brasileiros PressWorks Valor Econ?mico.txt
GRáFICOS
Terceiro setor turbina desenvolvimento de negócios de impacto G20 no Brasil Valor Econ?mico.txt
Navegue por temas