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Modelos mais enxutos elevam a rentabilidade Franquias Valor Econ?mico.txt
Especial franquia — Foto: Arte/Valor Depois de ultrapassar R$ 200 bilh?es em faturamento em 2022,doodle google roleta o mercado de franquias fechou o primeiro trimestre deste ano com crescimento nominal de 16,1% no acumulado de 12 meses, somando R$ 219 bilh?es. Embora os números representem a melhor performance do setor em um primeiro trimestre, os desafios se mantêm. “O mercado está mais competitivo e instável, o consumidor mais exigente e as redes precisam recuperar o tíquete médio impactado pelos descontos para manuten??o da demanda ao longo da pandemia”, afirma Tom Moreira Leite, presidente da Associa??o Brasileira de Franchising (ABF). “Somam-se a isso juros altos, que encarecem o crédito, e infla??o, que afeta o ritmo de crescimento.” window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Dispostas a ganhar esse jogo, as redes reviram seus modelos de negócios, investiram na transforma??o digital e enxugaram custos, a fim de garantir maior rentabilidade às opera??es e ganhar capilaridade. Nem mesmo a maior rede de franquias do país, a Cacau Show, com 4 mil opera??es e meta de chegar a 2025 com 5.500 unidades, escapou da li??o de casa. “Trabalhamos a estratégia do adensamento com o lan?amento do sexto modelo de opera??o, o contêiner modular, uma inova??o que levou mais de um ano para ser desenvolvida porque exige refrigera??o especial para n?o derreter o chocolate”, diz o vice-presidente da rede, Daniel Roque. “Com franquias que exigem investimentos de R$ 70 mil a R$ 1 milh?o, conseguimos ganhar capilaridade em cidades de todos os portes. Nos últimos três anos a rede triplicou de tamanho.” Segundo ele, 60% do crescimento de 2022 veio da base de franqueados, sendo que as vers?es em contêiner e smart responderam por 85% dos investimentos. A expectativa para este ano é seguir na mesma toada e alcan?ar um faturamento de R$ 5,7 bilh?es, 39% acima dos R$ 4,1 bilh?es de 2022. Segundo Sandra Chayo, sócia do Grupo Hope, com 270 franquias das marcas Hope, Hope Resort e Duo, é preciso investir n?o só em modelos de negócios mais enxutos, mas, também, em estratégias que aumentem a rentabilidade do franqueado. “Como somos uma indústria que atende a rede de franquias e 3.500 pontos de venda, enxergamos que era hora de trazer o básico para o estoque, com o propósito de fazer a cole??o girar mais na loja”, diz. “Reduzimos em 25% o volume de lan?amentos sazonais. Adotamos estratégia no início de 2023 e já registramos alta média de 7% da venda de básicos no total da rede e de 23% nas lojas que est?o testando um novo sistema de reposi??o automática.” Leia mais: Feira atrai estreantes e revela novos nichos de negócioExpans?o acelerada pode p?r em risco perenidade da redeSele??o do franqueado é essencial para o resultadoGest?o compartilhada e mentoria reversa conseguem bons resultadosAproxima??o com fornecedores aperfei?oa presta??o de servi?osBusca de qualidade de vida impulsiona área de saúde Com 14 marcas no portfólio e 4.500 unidades em opera??o, o grupo SMZTO - que movimentou R$ 7 bilh?es em vendas no ano passado - segue em busca de novos negócios, uma vez que o mercado apresenta boas oportunidades para quem está capitalizado. A holding finalizou o processo de capta??o de R$ 200 milh?es em fevereiro, iniciando um novo ciclo de investimentos. “Buscamos franquias que sejam escaláveis, com Ebitda acima de R$ 4 milh?es e entre 10 e 30 unidades em opera??o”, afirma José Carlos Semenzato, fundador da SMZTO. A primeira a ser investida este ano foi a Royal Face e duas outras est?o no radar, ligando o alerta de pelo menos cem franqueados do ecossistema SMTZO dispostos a diversificar o portfólio. As oportunidades se multiplicam nas áreas da economia circular e prateada (consumidor mais velho), além dos setores mais resilientes, como estética e beleza, tecnologia, servi?os e saúde, segundo Semenzato. é justamente nesse último segmento, com alta de 21,5% no faturamento, que atua a Ter?a da Serra, rede de residencial sênior com 80 unidades espalhadas pelo país e meta de chegar a 400 franquias nos próximos cinco anos. “Trata-se de um mercado promissor em raz?o do envelhecimento da popula??o e maior longevidade”, diz Pedro Moraes Pinto, sócio fundador. “O maior desafio é a barreira cultural para esse perfil de negócio, seja como usuário, seja como investidor.” Com faturamento estimado de R$ 120 milh?es para este ano, a Ter?a da Serra, aos poucos, vem inovando e vai testar em 2023 uma nova franquia: Hospital de Transi??o Revitare. O investimento inicial será de R$ 1,1 milh?o, enquanto no residencial é a partir de R$ 750 mil. Representante do segmento com maior crescimento em 2022, o de hotelaria e turismo (24,5%), Ana Virgínia Falc?o, CEO e co-fundadora da Clube Turismo, rede com 551 unidades, comemora a expans?o dos negócios. “A receita do primeiro semestre foi maior do que a de 2019, o que nos leva a ultrapassar a meta de R$ 156 milh?es de faturamento em 2023”, afirma. Apesar da alta procura - a rede tem uma base mensal de 400 interessados -, a empresária diz que o funil é estreito, apenas nove s?o aprovados. “é a partir de uma boa sele??o de franqueados, mesmo para os modelos de menor investimento, que garantiremos um crescimento sustentável”, afirma. O bom momento do setor tem atraído novas marcas para o sistema. Em 2021 eram 2.882, número que saltou para 3.077 em 2022. Entre as estreantes está a gigante Carrefour com o minimercado Carrefour Express, em três modelos de loja e investimento a partir de R$ 150 mil. A ideia é ocupar espa?o em setor que cresce gra?as à expans?o dos mercados aut?nomos. Com mais de 2 mil lojas, o Market4You se prepara para expandir seus domínios também na área comercial. “No Brasil, dos 10 mil mercados aut?nomos, cerca de 90% est?o em pontos residenciais. Na China, é o inverso, o foco é o comercial. é para esse perfil que estamos olhando”, afirma o CEO Eduardo Codova. “A ideia é crescer tendo menos franqueados à frente de mais unidades, o que melhora a performance.” Com sete lojas, a receita mensal média é de R$ 100 mil e a rentabilidade de 15% a 20%, diz ele. Com receita estimada de R$ 170 milh?es em 2023, a rede espera ter 50 mil opera??es até 2028. E n?o s?o só as marcas nacionais que est?o de olho no mercado brasileiro. No ano passado, 30 redes estrangeiras desembarcaram no Brasil, totalizando 236 marcas internacionais de 35 países operando no Brasil. “Houve um aumento de 12% em 2022 com rela??o ao ano anterior, o que é bastante positivo”, diz Bruno Amado, gerente internacional da ABF. Segundo ele, o tamanho do mercado, ao mesmo tempo que desperta interesse, intimida. Luis Felipe Jaramillo, vice-presidente da Camara Colombiana de Franquicias, concorda. “O Brasil ainda é um mercado fechado, que necessita de um operador local, uma estrutura robusta e experiência”, diz. Independentemente do desafio, há quem encare. Como a japonesa Bariuma, especializada em ramen, com 75 opera??es em oito países, que está em busca do primeiro operador local, de preferência, em S?o Paulo.