Open banking: entenda por que quem tem 'nome sujo' terá mais chances de conseguir crédito com o novo sistema
oguudak
13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h29)Ter o “nome sujo”, no Brasil, é sin?nimo de ser mau pagador. O consumidor assim classificado tem ace
Open banking: entenda por que quem tem 'nome sujo' terá mais chances de conseguir crédito com o novo sistema
Ter o “nome sujo”,ámaischancesdeconseguircréroulette evolution no Brasil, é sin?nimo de ser mau pagador. O consumidor assim classificado tem acesso restrito a crédito no mercado, ou seja, dificilmente consegue contratar um empréstimo, fazer uma compra parcelada ou adquirir um cart?o de crédito. Todavia, especialistas apontam que a implementa??o do open banking tende a flexibilizar a situa??o dos inadimplentes.
Open banking é o novo sistema do Banco Central (Bacen) que permite o compartilhamento de dados bancários dos consumidores entre as institui??es financeiras. é o próprio consumidor que define quais dados autoriza compartilhar, além de definir o prazo no qual essas informa??es ficar?o disponíveis.
A restri??o ao crédito n?o integra a lista de informa??es que podem ser compartilhadas no open banking. Isso porque os bir?s de crédito, como s?o chamados os bancos de dados de “nomes sujos” no país, n?o fazem parte das institui??es participantes do novo sistema.
“Só podem participar do open banking as institui??es reguladas pelo Banco Central. Os bir?s n?o s?o institui??es financeiras, nem institui??es de pagamento, por isso est?o fora desse novo sistema”, explicou Leonardo Enrique, head de open banking da Serasa Experian, um dos principais bancos de dados de restri??o ao crédito no Brasil.
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Os bir?s s?o alimentados por bancos e empresas dos mais variados segmentos que enviam a eles os dados dos clientes inadimplentes. O envio da informa??o de inadimplência faz com que o Cadastro de Pessoa Física (CPF) do consumidor seja negativado até que a dívida seja paga. Se o débito n?o for quitado, o registro é mantido pelo prazo de cinco anos.
O open banking n?o altera em nada o funcionamento dos bir?s, incluindo o prazo de negativa??o do CPF inadimplente. Segundo Enrique, essa informa??o continuará sendo usada pelos bancos e institui??es financeiras na hora de analisar a concess?o de crédito ao consumidor.
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O especialista da Serasa aponta, porém, que a transparência dada às informa??es bancárias por meio do open banking permitirá uma análise mais profunda da capacidade de pagamento da pessoa, ampliando as chances dela conseguir dinheiro emprestado no mercado.
“O open banking oferece mais uma camada de informa??es que as institui??es financeiras v?o ter para analisar aquele cliente. Ele traz a oportunidade de olhar a capacidade financeira da pessoa como um todo. Ela pode estar com o nome sujo, mas tem uma movimenta??o bancária satisfatória, por exemplo, para ter acesso àquele crédito que solicita”, apontou Enrique.
Rogério Cardozo, diretor executivo da Simplic – fintech norte-americana dedicada à concess?o de empréstimos no Brasil desde 2014 – também aponta que o novo sistema do Bacen tende a permitir que os consumidores inadimplentes consigam crédito no mercado, seja por meio de um cart?o de crédito com limite pré-aprovado ou, até mesmo, de um financiamento habitacional.
“Eu n?o vejo o open banking impactando negativamente a situa??o de quem nem nome sujo. Ao contrário, o que eu vejo é valor agregado com acesso às informa??es transacionais do consumidor, já que as institui??es poder?o consultar desde o extrato bancário à movimenta??o do cart?o de crédito dele”, diz.
Cardozo enfatiza que “essa camada transacional vai permitir modelos mais aderentes por parte de quem oferta o crédito”. Ou seja, as institui??es financeiras ter?o informa??es adicionais sobre a capacidade de pagamento de cada cliente e poder?o, a partir delas, oferecer modalidades de crédito diferenciadas para cada perfil.
“Toda informa??o adicional sempre ajuda na tomada de decis?o. Tem institui??es que querem tomar mais riscos, outras que querem tomar menos. Ent?o, com o open banking se consegue botar mais gente neste mercado de crédito”, destacou Cardozo.
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'Mapa da inadimplência'
Levantamento da Confedera??o Nacional do Comércio (CNC) apontou que, em agosto, a inadimplência atingiu novo recorde no Brasil. Ao final do oitavo mês do ano, 72,9% das famílias possuíam alguma dívida. Trata-se do maior percentual é o maior desde 2010, quando teve início a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). O recorde anterior (71,4%) havia sido registrado em julho.
Já os dados mais recentes da Serasa Experian mostram que, até julho, cerca de 62,2 milh?es de brasileiros estavam com o nome sujo, contingente que corresponde a aproximadamente 30% de toda a popula??o do país, estimada em 213 milh?es na última proje??o divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento da Serasa, entre janeiro e abril a inadimplência aumentou em cerca de 2%, atingindo cerca de 63 milh?es de brasileiros. Desde ent?o esse número vem se reduzindo mensalmente, acumulando queda de 1,2% no período - entre junho e julho a varia??o foi de -0,46%. Já na compara??o com julho do ano passado, houve queda de 2% no número de consumidores com o CPF negativado no país.
O "Mapa da Inadimplência" tra?ado pela Serasa em julho revela que:
as mulheres s?o maioria (50,1%) entre os brasileiros inadimplentes;elas também s?o maioria (54%) entre aqueles que negociaram a dívida;a maioria (35,5%) dos inadimplentes tem entre 26 e 40 anos de idade;a 2a maior propor??o de inadimplentes (35,3%) tem entre 41 e 60 anos;a maior parte das dívidas (29%) s?o com bancos ou cart?es de crédito;servi?os básicos (água, luz e gás) representam 23,59% do total de dívidas;a inadimplência no varejo (13,09%) aparece em terceiro lugar no ranking;SP concentra o maior número de inadimplentes (14,75 milh?es, 23,7% do total);RJ aparece no 2o lugar do ranking, com 6,09 milh?es, ou 9,6% do total;MG ocupa a 3a posi??o, com 5,76 milh?es de inadimplentes, ou 9,2% do total;BA (3,98 milh?es ou 6,4%) e PR (3,24 milh?es ou 5,2%) ocupam a 4a e a 5a posi??o;
Como limpar o nome
Quem tem o nome sujo só tem duas op?es para regularizar a situa??o: pagar o que deve, ou esperar o prazo de prescri??o da dívida, a partir do qual ela n?o pode mais ser cobrada – o que pode levar até 10 anos.
Para quitar a dívida, é preciso procurar diretamente a empresa a credora da dívida e tentar renegociar o pagamento. Muitas empresas oferecem facilidades para os inadimplentes regularizarem a situa??o, como o parcelamento do débito ou até a retirada de juros.
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