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Minerais críticos à descarboniza??o s?o ponte entre China e Brasil em busca da transi??o energética Revista Brasil-China Valor Econ?mico.txt
A China é o maior comprador do íticosàdescarboniza??os?oponteentreChinaeBrasilembuscadatransi??oenergéticaRevistaBrasilChinaValorEcon?paulinha leite ganhou na loteriaminério de ferro brasileiro. Em 2023, o Brasil exportou 259,38 milh?es de toneladas para o país asiático, um aumento de 9,7% em rela??o a 2022, no valor de US$ 19,58 bilh?es. A principal fornecedora é a Vale. O retrato mostra um negócio vigoroso – mas grandes oportunidades aguardam aten??o em outros segmentos. O Brasil tem potencial para fornecer minerais críticos à descarboniza??o e transi??o energética, uma prioridade estratégica da China. Isso pode impulsionar futuros investimentos diretos chineses, afirmam especialistas. Afonso Sartório, da EY, aponta que a exporta??o de minério de ferro continuará sendo o carro-chefe, mas que a explora??o de lítio e de outros minerais críticos deverá crescer. “N?o será equivalente em valor à exporta??o de minério de ferro, mas poderá se aproximar. O Brasil tem reservas significativas de bauxita, grafita, nióbio, cobre e níquel”, afirma. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); Empresas brasileiras podem aproveitar esse interesse também em negócios em outros países. Na Indonésia, a China liderou os investimentos em 2023, num total de US$ 6,8 bilh?es, e a minera??o representou metade disso. Um projeto de destaque, voltado à produ??o de materiais para baterias elétricas, tem a Vale e a chinesa Zhejiang Huayou como parceiras. Para o consultor Luís Fernando Madella, os minerais de terras raras s?o outro foco de interesse da potência asiática. Esses 17 elementos, de extra??o complexa, s?o fundamentais para as indústrias de baterias e energia. Minas Gerais, Goiás e Amazonas possuem jazidas relevantes. “A China já detém o maior depósito de terras raras do mundo, e o Brasil é o quarto maior. Há projetos de interesse no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, onde empresas enfrentam desafios de escoamento, e também no Pará”, diz Madella. A CBMM, líder global em níobio, atraiu o capital chinês — Foto: Divulga??o/CBMM Larissa Wachholz, senior fellow do Centro Brasileiro de Rela??es Internacionais (Cebri), afirma que as empresas chinesas, especialmente as estatais, n?o costumam iniciar muitos projetos a partir do zero. “Por quest?es regulatórias e de financiamento, olham mais para projetos em fases mais maduras e que têm viabilidade financeira comprovada”, afirma a executiva. Na minera??o, significa adquirir projetos já em fase de explora??o ou fatias de mineradoras. Exemplo disso foi a compra, em 2016, pela China Molybdenum Company (CMOC) dos ativos de nióbio e fosfato da Anglo American no Brasil por US$ 1,5 bilh?o. O fosfato é usado no processo de síntese de fertilizantes químicos, enquanto o nióbio tem aplica??es na indústria automotiva, na produ??o de a?os inoxidáveis e de superligas usadas na indústria aeronáutica e em turbinas de gera??o de energia. A CMOC opera minas e plantas industriais de processamento ou beneficiamento em S?o Paulo e Goiás. A gigante chinesa tem opera??es ainda na China (molibdênio e tungstênio), na Austrália (cobre) e no Congo (cobre e cobalto). Em 2011, um consórcio das chinesas Citic Group, Ansteel Group, China Baowu Steel Group, Shougang Group e Taiyuan Iron & Steel adquiriu 15% da Companhia Brasileira de Metalurgia e Minera??o (CBMM), líder global em nióbio, por US$ 1,95 bilh?o. A Sigma Lithium, dona do projeto Grota do Cirilo, no Vale do Jequitinhonha, tem buscado investidores e, até meados de novembro, havia a possibilidade da venda do controle da mineradora de lítio. Entre os interessados estavam a montadora BYD e a produtora de baterias CATL, ambas chinesas, além da alem? Volkswagen. “Uma parceria entre uma mineradora brasileira e uma indústria chinesa de ponta poderia criar um corredor de insumos do Brasil à China e possibilitar parcerias maiores”, destaca Sartório, da EY. Embora os chineses prefiram projetos maduros, também investem em novos ativos. A Companhia Sul Americana de Metais (SAM), subsidiária da Honbridge Holdings, desenvolve desde 2010 o projeto de minério de ferro Bloco 8, no norte de Minas Gerais, com US$ 2,1 bilh?es em investimentos, em fase de licen?a prévia. O projeto abrange os municípios de Gr?o Mogol, Padre Carvalho, Fruta de Leite e Josenópolis. A SAM afirma que o investimento é direcionado à obten??o de licen?a prévia e de implanta??o, que inclui a constru??o e estrutura do projeto. A produ??o anual seria de 27,5 milh?es de toneladas de concentrado de minério de ferro. O projeto está associado ao Lotus I, um minerioduto de 480 quil?metros até Ilhéus (BA), para exporta??o, principalmente à China, com investimento de US$ 1,4 bilh?o.