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Por que nem todos sentem a infla??o da mesma forma?

Em 2018,??bingo pra crian?as a infla??o vem passando os meses bem abaixo da meta do Banco Central. Mas, entre os consumidores, n?o é consenso de que é possível sentir algum alívio no bolso. Isso acontece porque, ainda que os índices de infla??o tenham o objetivo de medir a tendência da varia??o de pre?os na economia, nenhum detecta exatamente o consumo da sua família.

Veja abaixo 6 pontos para entender por que nem todo mundo tem a mesma sensa??o sobre o sobe e desce de pre?os:

1. índice considera cesta de compras padr?o

Há diferentes índices que mostram a varia??o de pre?os por faixas de renda, regi?es, itens e períodos distintos. Esses índices ponderam os bens e servi?os mais importantes para os consumidores e medem o crescimento desses pre?os.

Para identificar quais s?o os produtos mais comprados, os institutos que calculam a infla??o fazem a pesquisa com os consumidores. Eles identificam o que eles consomem e quanto do or?amento familiar é gasto em cada produto ou servi?o.

Os pesquisadores ent?o visitam os estabelecimentos comerciais mais procurados pelas famílias e coletam os pre?os dos produtos e servi?os.

A cesta de bens considerada pelo índice de infla??o pode n?o ser a mesma de determinado consumidor, por isso, ele pode ter a percep??o de que a “sua” infla??o é maior ou menor do que a medida pelos índices oficiais.

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2. Há diferen?as no or?amento das famílias

Para definir quanto cada item conta para a infla??o, os institutos também consideram a propor??o média de, por exemplo, gastos com alimenta??o, transporte, escola no or?amento familiar.

Mas a composi??o dos gastos de cada família varia muito. As famílias de menor renda, por exemplo, dedicam parcelas maiores dos gastos à alimenta??o. As com maior renda reservam boa parte do or?amento para educa??o, saúde e lazer. Quem tem carro, por exemplo, vai sentir mais no bolso a alta da gasolina. Quem come mais carne vai sentir mais se esse produto subir.

3. Ganhos para alguns e perdas para outros

E mesmo entre famílias que, proporcionalmente, têm um consumo parecido, a percep??o da infla??o pode variar.

Se o que o consumidor costuma comprar n?o subir mais que a média, o impacto para ele será menor em compara??o com aquele que está consumindo justamente a cesta de produtos e servi?os com maior varia??o de pre?os.

*Colaborou Karina Trevizan