BRB diz que vai definir próximos passos da compra do Master só após ter acesso à decis?o do BC
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15 Sep 2025(atualizado 15/09/2025 às 03h16)O Banco de Brasília (BRB) informou na noite desta sexta-feira (5) que ainda n?o teve acesso ao proce
BRB diz que vai definir próximos passos da compra do Master só após ter acesso à decis?o do BC
O Banco de Brasília (BRB) informou na noite desta sexta-feira (5) que ainda n?o teve acesso ao processo que embasou a decis?o do óximospassosdacompradoMastersóa(chǎn)pósteracessoàdecis?baixar jogo de moto gratis para celularBanco Central do Brasil (BC) de reprovar a compra do Banco Master.
Em comunicado ao mercado, o banco estatal afirmou que só depois de ter acesso integral aos documentos poderá "avaliar, de forma técnica e fundamentada, as alternativas cabíveis".
O novo documento foi divulgado após notícias de que o BRB teria desistido de recorrer da decis?o do BC de vetar a compra do Banco Master.
Na quarta-feira (3), o BRB já havia informado que solicitou ao Banco Central a íntegra da decis?o para "analisar as alternativas cabíveis". Na ocasi?o, defendeu a compra do Banco Master como estratégica.
A reprova??o pelo BC foi anunciada após mais de cinco meses de análise, embora a autoridade monetária ainda tivesse quase um ano de prazo para concluir a avalia??o da opera??o.
O Banco de Brasília (BRB) informou na noite desta sexta-feira (5) que ainda n?o teve acesso ao processo que embasou a decis?o do Banco Central do Brasil (BC) de reprovar a compra do Banco Master.
Em comunicado ao mercado, o banco estatal afirmou que só depois de ter acesso integral aos documentos poderá "avaliar, de forma técnica e fundamentada, as alternativas cabíveis".
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"Deste modo, a Companhia reitera que, t?o logo tenha acesso às informa??es necessárias e delibere sobre o assunto, manterá o mercado e seus acionistas devidamente informados", escreveu a institui??o.
O novo documento foi divulgado após notícias de que o BRB teria desistido de recorrer da decis?o do BC de vetar a compra do Banco Master.
Na quarta-feira (3), o BRB já havia informado que solicitou ao Banco Central a íntegra da decis?o para "analisar as alternativas cabíveis". Na ocasi?o, defendeu a compra do Banco Master como estratégica.
"O BRB reitera seu posicionamento de que a transa??o representa uma oportunidade estratégica com potencial de gera??o de valor para o BRB, seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional", declarou.
Em nota enviada ao g1, o Banco Master também afirmou que aguardava ter acesso à íntegra do documento "para avaliar seus fundamentos e examinar as alternativas cabíveis".
"O banco continua confiante na sua estratégia e na sua opera??o, que fizeram com que se destacasse num mercado altamente concentrado", disse a institui??o.
Até a última atualiza??o desta reportagem, o Banco Central n?o havia se manifestado publicamente sobre a decis?o.
A reprova??o pelo BC foi anunciada após mais de cinco meses de análise, embora a autoridade monetária ainda tivesse quase um ano de prazo para concluir a avalia??o da opera??o.
O acordo entre as partes, anunciado em mar?o, previa que o BRB adquirisse 49% das a??es ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master — banco que preocupou o mercado por sua estratégia de capta??o arriscada. (leia mais abaixo)
O BRB é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal (71,92%). A institui??o atua em todo o DF e também está presente no Rio de Janeiro, S?o Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Paraíba.
A aprova??o pelo BC seria o último passo para a conclus?o do negócio, já que o Conselho Administrativo de Defesa Econ?mica (Cade) havia dado o aval à opera??o em junho.
A negocia??o vem sendo acompanhada pelo Ministério Público do DF. Após questionamentos do MP, a Justi?a determinou que a compra fosse aprovada pela Camara Legislativa do DF. No mês passado, o governador do DF, Ibaneis Rocha, sancionou o aval da Casa à aquisi??o do Banco Master pelo BRB.
Press?o sobre o BC
A decis?o do BC ocorreu um dia após líderes do Centr?o na Camara dos Deputados apresentarem um pedido de urgência para um projeto de lei que permitiria ao Legislativo demitir diretores da autoridade monetária. O requerimento foi feito pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA).
A medida foi interpretada como uma forma de press?o de parlamentares para aprovar o negócio. O dono do banco Master, interessado na opera??o, é bem relacionado com os líderes do Centr?o, analisou Miriam Leit?o, e o aspecto político também estaria influenciando o caso.
Nesta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou preocupa??o com o projeto.
"[Vejo] com preocupa??o, porque n?o foi conversado conosco, com o governo de uma maneira geral. E eu imagino que nem com o Banco Central [...] Eu realmente n?o vejo nenhuma raz?o para esse projeto, n?o vejo nenhum motivo para ele caminhar", disse.
Haddad defendeu que o Banco Central passe a ter autonomia administrativa, mas que n?o passe a ser uma pessoa jurídica de direito privado, conforme consta na Proposta de Emenda à Constitui??o (PEC) 65, de 2023.
"Penso que o BC tem de ter or?amento próprio para fazer frente a despesas que hoje ele n?o tem or?amento para fazer, dentre as quais o fortalecimento da parte regulatória", acrescentou.
A estratégia arriscada do Banco Master
O Banco Master cresceu nos últimos anos, mas com uma estratégia de capta??o de recursos considerada arriscada por analistas do mercado.
O banco oferecia CDBs (Certificado de Depósito Bancário) com taxas muito acima das praticadas por outras institui??es, atraindo investidores com base na prote??o do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
?? O FGC, que protege até R$ 250 mil por investidor, oferece garantia em caso de falência de um banco associado. O fundo é formado pelas próprias institui??es financeiras — ou seja, trata-se de um fundo privado que assegura os recursos dos investidores.
Portanto, o FGC torna o investimento mais seguro para quem aplica dinheiro em uma institui??o associada, enquanto a própria institui??o consegue atrair mais recursos gra?as a esse mecanismo.
A prática, considerada de alto risco, levou o BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) a aprovar, no mês passado, novas regras sobre o FGC. (leia mais aqui)
Na ocasi?o, o Banco Central informou à TV Globo que o objetivo das novas regras é “reduzir risco moral ocasionado por institui??es que adotam estratégias de capta??o excessivamente alavancadas e baseadas em capta??es asseguradas”.
A norma entra em vigor em 1o de junho de 2026, com um período de adapta??o.
O modelo de negócio do Master, que inclui ainda investimentos em ativos de baixa liquidez, como precatórios e participa??es em empresas, gerou dúvidas no mercado sobre a saúde financeira do banco.
1 de 1 Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. — Foto: Banco Master/Divulga??o e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
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