‘Vamos trabalhar sem saber se voltaremos para casa’: como brasileiros s?o afetados pela política anti-imigra??o nos EUA
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 20h03)A nova onda de endurecimento da política anti-imigra??o nos Estados Unidos tem mudado drasticamente
‘Vamos trabalhar sem saber se voltaremos para casa’: como brasileiros s?o afetados pela política anti-imigra??o nos EUA
A nova onda de endurecimento da política anti-imigra??o nos Estados Unidos tem mudado drasticamente a vida de milhares de brasileiros. Desde a posse de Donald Trump,?oafetadospelapolíticaantiimigra??esports jogos o número de pris?es diárias saltou de 300 para 1.200, com meta de chegar a 3 mil.
O Profiss?o Repórter esteve em quatro cidades americanas para retratar, de perto, o impacto dessas medidas. Veja a íntegra do programa no vídeo acima.
Deportados sem aviso
Alisdete e a família s?o do interior de Minas Gerais. Eles viviam há três anos no Estados Unidos, onde tinham uma empresa de constru??o civil. Eles entraram pelo México e ainda aguardavam a decis?o do pedido de asilo quando foram deportados.
“Fomos deportados só com a roupa do corpo, sem dinheiro, sem nada”, contou.
Mesmo após gastar cerca de 15 mil dólares com advogados, a família foi surpreendida pela deporta??o.
“Todas as cortes eu compareci, compareci tudo da maneira que eles pedem nos Estados Unidos, mas, em seguida, a gente já come?ou a gastar muito com advogado, gastei 15 mil dólares com advogado, mas para manter legal, mas chega um certo tempo que você n?o consegue mais guardar esse dinheiro”.
1 de 1 Novas leis anti-imigra??o em Portugal afetam amplamente os brasileiros — Foto: Reprodu??o
'A tens?o é permanente'
Gilderlei, pedreiro em Massachusetts, vive há cinco anos nos EUA. Ele relata o medo constante de ser preso.
“A tens?o é permanente. Infelizmente, a gente sai para trabalhar, mas n?o sabe se vai voltar para casa”, disse.
Sonho interrompido
Fernando, bailarino com mais de 10 anos de carreira nos EUA, teve o visto negado mesmo com convite para integrar a renomada Escola de Balé do Harlem. De volta ao Brasil, ele tenta manter a forma em casa, longe das condi??es ideais.
“Essa carreira é curta, e pode ser que a gente n?o consiga mais voltar”, lamenta sua m?e.
Pris?o no Dia dos Pais
Conhecido como o “Cowboy de Rond?nia”, um brasileiro foi preso por agentes do ICE (Servi?o de Imigra??o e Controle de Alfandega) enquanto trabalhava em sua fazenda. Ele a família vivem nos Estados Unidos cerca de 20 anos e mantém uma planta??o na regi?o Framingham.
“Faz 10 dias que estou preso. Fui preso no Dia dos Pais aqui nos Estados Unidos. Um present?o que eu ganhei”, ironizou.
Sua esposa agora cuida do rancho sozinha e relata o medo que tomou conta da comunidade.
"A gente nunca tinha visto o que está acontecendo agora. Esse ano está muito difícil, está muito complicado. Na hora que eles levaram ele, eu travei, porque eu n?o imaginava ver ele passando por aquilo".
Jovem detido a caminho da escola
Marcelo, de 18 anos, foi abordado por três carros da imigra??o a caminho da escola, onde jogaria v?lei.
“Eu pensei que tinha cometido um crime. Fiquei seis dias preso, sem poder tomar banho, com mais de 30 homens em uma cela”, contou.
Seu treinador, Andrey, lamenta:
“S?o jovens incríveis. Isso muda toda a nossa vis?o sobre o que está acontecendo”.
Comércio brasileiro em queda
Em Framingham (MA), cidade com cerca de 8 mil brasileiros, o comércio local sente os efeitos da repress?o.
“Tem semana que some todo mundo. O movimento caiu 40%”, relatou uma comerciante.
A deputada estadual Priscila Sousa, brasileira eleita em Massachusetts, acompanha de perto a situa??o.
“O povo está sendo ca?ado”, afirmou.
Protestos e resistência
Em Los Angeles, manifestantes tomaram as ruas contra as a??es do ICE. Filha de imigrantes mexicanos, uma jovem declarou:
“Somos uma comunidade unida. N?o vamos deixar isso continuar”.
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