Da Praia Grande aos novos eixos: pequenos negócios impulsionam crescimento de S?o Luís nos 413 anos
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13 Sep 2025(atualizado 13/09/2025 às 22h01)Comércio da Praia Grande imprime uma dinamica à cidade e ao território, onde está o acervo reconheci
Da Praia Grande aos novos eixos: pequenos negócios impulsionam crescimento de S?o Luís nos 413 anos
Comércio da Praia Grande imprime uma dinamica à cidade e ao território,óciosimpulsionamcrescimentodeS?oLuíresultado do bol?o da quina do dia onde está o acervo reconhecido pela Unesco como Patrim?nio da Humanidade.
Atualmente, no lugar dos entrepostos comerciais, surgiram na Regi?o Metropolitana, nove shopping centers e um crescente número de galerias e centros comerciais espalhados por uma cidade que se moderniza, sem perder o encanto e a beleza acolhedora.
Dados mostram a face econ?mica da cidade aos 413 anos e os pequenos negócios formais representam quase 95% do total, ocupando o lugar dos grandes comerciantes, e o setor de servi?os substitui o comércio como for?a mais relevante.
Para especialistas, fortalecer os pequenos negócios e fazê-los vetores de desenvolvimento efetivo, inclui desafios parecidos com as demais cidades brasileiras.
1 de 5 Praia Grande: patrim?nio e nascedouro do comércio de S?o Luís — Foto: Divulga??o/Ariosvaldo Baeta
Foi na Praia Grande que floresceu o comércio de S?o Luís nos séculos XVIII e XIX. O Largo do Comércio e o Mercado das Tulhas eram os principais centros de venda de gr?os, produtos maranhenses e mercadorias. O local reunia comerciantes da Pra?a de S?o Luís, conectados com as rotas de comércio para o Velho Continente. Caixeiros viajantes ajudavam a espalhar esse fluxo Maranh?o adentro. E os pregoeiros davam o tom da propaganda, conquistando a clientela no “gogó”.
Desde ent?o, o comércio da Praia Grande imprime uma dinamica à cidade e ao território, onde está o acervo reconhecido pela Unesco como Patrim?nio da Humanidade. Mas, o processo de ocupa??o urbana para além do Rio Anil, o crescimento da popula??o, o surgimento de novos bairros com a abertura de novos trajetos urbanos, entre outros fatores, explicam a emergência de novos eixos comerciais importantes que marcam atualmente.
Atualmente, no lugar dos entrepostos comerciais, surgiram na Regi?o Metropolitana, nove shopping centers e um crescente número de galerias e centros comerciais espalhados por uma cidade que se moderniza, sem perder o encanto e a beleza acolhedora.
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Empreendedores como Neide Baldez, da Tok Africano, têm raízes que guardam semelhan?as com esse movimento. Ela já empreendeu na Praia Grande, na Galeria 66, espa?o colaborativo na escadaria Humberto de Campos.
Criativa e talentosa, hoje ela divide espa?o e sonhos com 20 outras empreendedoras da economia criativa, na Loja Colaborativa Feira MA Preta, no Shopping Rio Anil. Sua história revela tendências no crescimento econ?mico de S?o Luís, que celebra 413 anos de funda??o, neste dia 8 de setembro.
2 de 5 Neide Baldez, empreendedora de S?o Luís, refor?a confian?a no futuro — Foto: Divulga??o
Entre os motivos para o aumento desta tendência, está a presen?a cada vez maior de mulheres empreendedoras na economia da capital (líderes de 47,4% dos empreendimentos da capital); o crescimento do afroempreendedorismo e da economia criativa; o surgimento de novas modalidades de comércio, como lojas colaborativas sobre as quais n?o se tem dados precisos, mas cujo crescimento é visível como alternativa para compartilhamento de espa?os e de custos.
Além disso, novidades como presen?a digital e vendas pela Internet, que fazem dos pregoeiros personagens do passado. Mas, além disso, a história dela ilustra o movimento de comércio da Praia Grande para eixos como Cohab/Anil/Forquilha.
“Vejo essa S?o Luís dos 413 anos como uma cidade rica em cultura, tradi??o e criatividade. Isso inspira muito quem empreende de forma criativa, como eu. Por outro lado, ainda enfrentamos muitos desafios para empreender aqui — desde a falta de incentivo até a valoriza??o dos nossos produtos e trabalhos. Mas, acredito que, mesmo com as dificuldades, S?o Luís é um solo fértil: nossa história, nossas raízes e nossa gente s?o for?as que nos motivam a resistir e a criar. é um lugar que pode e deve ser cada vez melhor para seus empreendedores”, diz ela.
A for?a dos pequenos negócios na capital
Dados obtidos pelo Sebrae em agosto de 2025, mostram a face econ?mica da cidade aos 413 anos. Os pequenos negócios formais representam quase 95% do total, ocupando o lugar dos grandes comerciantes, e o setor de servi?os substitui o comércio como for?a mais relevante.
S?o 112.145 empresas ativas. Nesse universo, os pequenos negócios somam 100.591. As microempresas s?o a maioria, com 42,8% do total, seguidas dos MEI’s, com 39,6%, e das empresas de pequeno porte, com 7,21%. O restante s?o médias e grandes empresas, empresas da administra??o pública e outras, em um total de 10,8%.
A distribui??o por setor da economia aponta o setor de servi?os como o mais destacado, com 53,6%; em seguida vem o comércio, com 33,6%; após, a indústria e constru??o civil, que, somadas, representam 12,4% e, por fim, a agropecuária, com 0,22% das empresas.
3 de 5 Rua do Giz, entre as mais bonitas do país, abriga exemplares do acervo colonial que fizeram de S?o Luís Patrim?nio da Humanidade. — Foto: Divulga??o/Embratur
Na capital, ocupam os cinco primeiros lugares como segmentos e atividades com maior presen?a de pequenos negócios, o comércio varejista de artigos de vestuário a acessórios; servi?os de cabeleireiros, manicure e pedicure; promo??o de vendas, restaurantes e similares, além de lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, com expressivo crescimento nos últimos anos.
Os bairros com maior presen?a de pequenos negócios s?o o Renascen?a, Turu, Centro, Calhau, Cidade Operária, Cohama, S?o Cristóv?o, S?o Francisco, Vinhais e Olho D’água e importante concentra??o no eixo Itaqui-Bacanga, influenciado pela dinamica do Complexo Portuário de S?o Luís.
Com rela??o ao perfil dos sócios, na capital, 54,6% s?o homens e 47,4%, mulheres. O setor de servi?os tem predominancia feminina, com 50,8% de mulheres à frente dos negócios. Relativamente à faixa etária, entre MEIs, em S?o Luís, predomina a idade de 39 anos; nas ME, de 44 anos, e nas EPPs, de 45, em média.
Quando se fala entre jovens empreendedores, S?o Luís tem, entre os pequenos negócios, 65,6% sócios na faixa de 18 a 46 anos, sendo 55,6% homens e 44,4% de mulheres, segundo dados levantados pelo Sebrae.
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Empreendedores apostam no futuro e pedem ambiente mais favorável
Atuando no setor de servi?os, Hugo Goulart, do Complexo Salvatore, avalia as boas perspectivas para o futuro econ?mico de S?o Luís. Hugo é parte de uma gera??o com menos de 45 anos, que ganha espa?os cada vez maiores na cena econ?mica da capital.
“Vejo perspectivas muito boas para a economia de S?o Luís. Temos potencial grande em diversos vetores, como o turismo em várias vertentes; uma dinamica portuária ímpar e a economia de servi?os. Além disso, temos também um povo aguerrido e empreendedor que vai conseguir aproveitar esse potencial, com certeza”, analisa ele.
“Como desafio, ainda precisamos facilitar a vida do empreendedor, com um ambiente de negócios mais favorável, com a gest?o pública sendo mais ágil e cumprindo seu papel social. Com isso, conseguiremos estimular mais o empreendedorismo, que vai movimentar, por sua vez, toda a economia”, acrescentou ele.
4 de 5 Nilma Marinanto simboliza luta das mulheres líderes de negócios de S?o Luís — Foto: Divulga??o
Com o marido, Nilma Marinanto lidera a Soar Autope?as. Ela enfatiza quest?es ligadas à logística como desafios. “Nossa principal dificuldade vem da logística, pois as mercadorias chegam em Fortaleza-CE e precisam chegar ao Maranh?o, elevando os custos e dificultando o envio para o interior do estado”, analisou.
Para ela, a situa??o deve melhorar com a expans?o do Porto do Itaqui, que permitirá a chegada direta de contêineres, melhorando o fluxo de abastecimento e a oferta de mercadorias.
“Ao completar seus 413 anos, vemos que S?o Luís evoluiu e vem melhorando e isso é maravilhoso. Como empreendedora, que já precisou se refazer e reinventar, tenho esperan?a sempre. Queremos crescer, nos desenvolver e nada de desistir, porque a vida sem luta, é uma vida vazia”, complementa.
Claudia Martins, da Innovaeco, atua em um campo com relevancia crescente em S?o Luís: os negócios inovadores
"Hoje, temos negócios que ganham mercado no Maranh?o e fora do Brasil. Isso é bonito de ver aqui em S?o Luís. Atuando na área ambiental, queria ver S?o Luís mais sustentável, com uma economia circular funcionando. Um dia, espero ver S?o Luís como exemplo de economia circular”, reflete ela.
5 de 5 Cláudia Martins, da Innovaeco: empreendedorismo que une inova??o e compromisso com o futuro — Foto: Divulga??o
Onde est?o as oportunidades?
Para o economista e analista técnico do Sebrae, José Cursino Moreira, fortalecer os pequenos negócios e fazê-los vetores de desenvolvimento efetivo, inclui desafios parecidos com as demais cidades brasileiras.
“O apoio e o tratamento diferenciado das políticas públicas para estes negócios ajudam a estimular um ambiente pró-empreendedorismo”, disse ele.
Além disso, a aplica??o da Lei Geral das MPEs; a inclus?o das MPEs como fornecedoras de bens e servi?os ao poder público; a simplifica??o de procedimentos e uma política tributária mais justa, ajudam a elevar a capacidade contributiva desses negócios no desenvolvimento local.
Com rela??o às oportunidades, o economista avalia que S?o Luís agrega perspectivas interessantes no comércio e servi?os em geral, em áreas como mercados, bares, restaurantes, nos servi?os de educa??o, saúde, lazer, cultura, beleza, alimentos fora do lar, servi?os de cuidadoria, higiene pessoal e tantos outros.
“Com seu patrim?nio histórico, cultural e arquitet?nico, a cidade oferece oportunidades na Economia Criativa, com o turismo, o artesanato, a culinária, as artes em geral, as ligadas à logística e ao Complexo Portuário, em uma ampla cadeia com potencial para gerar empregos e negócios, que ser?o tanto mais concretizadas à medida que se estimule o empreendedorismo”, completa.
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